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Chegou mais cedo
Oct 30th, 2012 by M.J. Ferreira

Ouvir a discussão do Orçamento na Assembleia da República é ter a sensação que o Halloween chegou um dia mais cedo. É um autêntico culto pagão que cheira a mortos-vivos da festa das bruxas o que se passa por lá. Estão amortalhados os políticos, sejam os do Governo, os da coligação ou os da oposição. Mostram-nos um diálogo surdo, sem ressonância, onde não se consegue perceber, por um lado, o benefício anunciado em alguns campos(sectores) e, por outro, onde não se vislumbra, na oposição, qualquer política de relevância que seja minimamente capaz de fazer diferente e melhor.

Uma autêntica festa Halloween cheia de vampiros, fantasmas e monstros. “Vampiros, fantasmas e monstros” de antigos governos (hoje deputados, administradores ou simplesmente a estudar) que nos levaram ao estado em que estamos hoje e outros de espécies semelhantes que não souberam até hoje sair do coma, ligados a uma deficiente “máquina” que não comunica eficazmente, que se engana na informação, que vai tapando buracos destapando precipícios. Infelizmente, esta parceria de zombies persiste teimosamente numa máquina emperrada sem energia ou coragem para inverter a situação.

Os deputados e todo o barulho pestilento que as intervenções nos trazem bem parece aquelas festas de druidas sapientes (pseudo, no nosso caso) mas pouco eruditos em soluções sábias que estejam à altura das circunstâncias, a que se alia o cinismo e a hipocrisia demagógica de quem anseia pelo poder.

O Halloween chegou mais cedo e, se Hollywood fornece vários filmes de terror que criam angústia e ansiedade, esta discussão do Orçamento consegue criar no espectador uma aflitiva comoção do espírito (que receia o que pode suceder a curto/médio prazo) e uma enorme impaciência, a que se juntará um enorme sofrimento (cumprindo o que é certo por aí vir).

Que mais nos irá acontecer?

Bolo de Natal
Oct 29th, 2012 by M.J. Ferreira

Hoje, a manhã foi dedicada à confecção do Bolo de Natal. Costumo cozinhá-lo no início de Outubro mas este ano só aconteceu agora. Terá dois meses quando chegar ao Natal. Até lá, de quinze em quinze dias, vai ser “borrifado” generosamente com Brandy.

Este ano, optei por fazer um bolo mais pequeno e, assim, a massa deu para três. Um, de certeza, vai ser para abrir no dia de Natal. Os outros, desde que convenientemente “regados” com o método acima descrito, provavelmente, irão ser abertos mais tarde. Ainda não têm a data de abertura marcada 🙂

A opção deste ano de um bolo mais pequeno também tem a vantagem de poder ser consumido mais depressa e não contribuir para os muitos restos de doces que a época natalícia costuma proporcionar. Só vantagens nos tempos que correm.

Agora que os bolos estão feitos e devidamente acondicionados. só resta esperar pelo grande dia para ser(em) decorados a preceito. Até lá… vão ficar bem bebidos! Olá, se vão!!!

Bom fim de semana
Oct 26th, 2012 by M.J. Ferreira

Há tanto tempo que não coloco um “som” antes de ir para fim de semana. Hoje, ando com este tema na cabeça e, já que chove lá fora, nada como lembrar “our sunshine”…

Licor de Canela
Oct 25th, 2012 by M.J. Ferreira

Aproxima-se o Natal e este ano as habituais prendas que se distribuem são muito bem pensadas face ao orçamento familiar.

É claro que a melhor das decisões é passar por esta época com o verdadeiro espírito natalício; isto é, perceber que tipo de festa é mesmo o Natal. Ao contrário daquilo em que tem sido transformado, o Natal não é uma festa de consumos desenfreados, prendas obrigatórias ou estreias de roupas ou viagens a lugares paradisíacos ou destinos quentes. O Natal celebra o nascimento de Jesus e para quem Jesus significa alguma coisa, este é um tempo de família, de alegria e reflexão sobre o papel que aquele menino-Homem desempenhou na História da Humanidade e em cada um de todos aqueles que o têm seguido e confessado, desde então, como o Messias Salvador.

Em tempos de poupança é bom voltar às coisas simples feitas por nós. Lembrei-me de um Licor de Canela que, se for começado a preparar já, ficará muito bem na mesa de Natal.

Licor de Canela

Ingredientes:
– 0, 5 l de aguardente
– 0, 5 l de água
– 400 grs de açúcar branco
– 100 grs de açúcar amarelo
– 6 paus de canela

Preparação:
Coloque os paus de canela e a aguardente num frasco de vidro e deixe repousar durante um mês, agitando de vez em quando. Findo este tempo faça a calda. Para isso, junte a água com os dois tipos de açúcar e deixe ferver durante 15minutos.
Deixe arrefecer por completo. Junte a calda obtida à aguardente, misture bem e filtre com o auxilio de um funil de pano. Coloque num licoreiro ou numa garrafa de vidro. Para poder oferecer, use garrafinhas muito fáceis de conseguir nas lojas dos chineses a preços muito acessíveis que, depois, podem ser decoradas a preceito.

Chuva
Oct 24th, 2012 by M.J. Ferreira

Há quem prefira o Verão. Eu gosto das estações onde o calor dá tréguas.
Gosto do Outono, das cores da Natureza, das primeiras chuvas.
Gosto do Inverno, do cheiro da lenha na lareira, do quentinho dos lençóis, dos doces da época.
Gosto da Primavera, do renascer da vida nos campos, dos sons dos pássaros.

Hoje chove e após as tarefas do dia, que agradável poder relaxar um pouco com o som das gotas que caem na vidraça e escorrem em ruas que foram desenhando e seguem disciplinadamente até esbaterem no chão pintalgado e húmido.

Ploc… ploc… ploc… ploc…

Olh’ó “Pitrólino”
Oct 23rd, 2012 by M.J. Ferreira

Fiquei agradavelmente surpreendida ao ver uma carrinha do “Pitrólino” parada à minha porta. Confesso que há anos largos que não via nenhuma e nem sabia que ainda existiam estes supermercados ambulantes que vendem mesmo um pouco de tudo.
Não resisti e tive que tirar uma fotografia a esta visão da minha meninice.

Foi mesmo bom!
Oct 22nd, 2012 by M.J. Ferreira

Na sexta feira passada entrámos no fim de semana da melhor forma. Não. Não nos saiu o Totoloto, o Euromilhões nem nada desse género. Simplesmente, tivemos um jantar de amigos cá em casa.

Há muito que estava pensado mas, a realidade, é que foi sucessivamente adiado por razões diversas. O telefonema que disse que se fazia e ficou no esquecimento… A neura que ataca de vez em quando e faz esquecer a alegria da partilha dos momentos bem passados… O trabalho que nem sempre oferece a disponibilidade… O tempo de férias… O…

Na sexta-feira simplesmente aconteceu. Jantámos em família e com dois bons amigos: a Alzira e o Fernando. Há anos que os conhecemos e a amizade, porque não se escolhe, aconteceu simplesmente de maneira informal, simples, sem ornatos nem enfeites.

Não nos vemos todos as semanas, todos os meses e, às vezes um ano separa o contacto. Contudo, apesar da distância… no coração estão sempre por perto. São daqueles amigos do peito que, independentemente do local onde se encontram, sabemos que se precisarmos de um ombro, de um sorriso ou de uma mão… eles nos oferecem as duas.

Foi um enorme prazer tê-los cá em casa e, porque são especiais, tentámos que especial estivesse a mesa também. Foi a nossa forma carinhosa de mostrar o quanto apreciamos a sua companhia.

Nem sempre “arranjamos” tempo para estes momentos. Fazemos mal. Eles representam do melhor que temos nesta vida. Fazem-nos felizes. A felicidade é tão simples. Foi mesmo bom!

Engolir sapos
Oct 19th, 2012 by M.J. Ferreira

Vivemos tempos muito difíceis. A tão badalada catástrofe económico-financeira que se abateu sobre parte do planeta há poucos anos atrás tem-se agravado nos últimos tempos em Portugal e outros países da Europa.

Os tempos de “vacas gordas” onde o dinheiro rolava e se multiplicava em sucessivos créditos bancários que satisfaziam a gula de um consumo inebriante e egoísta deram lugar a um tempo de “vacas magras” onde as dívidas acumuladas durante aqueles tempos junto com um agravamento das condições económico-financeiras-sociais do próprio país têm dado lugar a uma conjuntura tão perigosa quanto decisiva para o que queremos do nosso futuro.

Veio a Troika e a tentativa de equilibrar as contas públicas com um aumento da receita e o decréscimo da despesa. Só que este último tem acontecido a conta gotas enquanto o primeiro tem sido feito à conta de sucessivos aumentos de impostos que têm apertado, e bem, o cinto a uma pseudo classe média endividada até às orelhas. Os pobres passaram a ser mais pobres e aqueles que ostentavam vida de ricos foram acareados com o próprio embaraço de estarem há longo tempo a viverem acima das suas reais possibilidades.

As sucessivas avaliações positivas que os nossos credores têm feito da forma como o Governo tem estado a gerir “a crise” tem libertado verbas avultadas que, apesar de tudo, são insuficientes para manter níveis sociais médios nas diferentes contexturas do enquadramento nacional. O povo, viciado em “Estado” tem tido dificuldade em perceber que é altura de mudar radicalmente o paradigma da dependência subsidiária e virar-se para alternativas autónomas que não resultem do consumo contínuo e repetido dos subsídios.

Não é fácil num país em recessão “arranjar” um emprego. Aliás, a sua falta e o aumento do número de desempregados tem aumentado a uma escalada acima das expectativas. No entanto, há sectores como a agricultura que precisa de ser dinamizada depois de anos a fio a cometer erros (in)voluntários de recebimentos de dinheiros europeus e “fingir” que se fazia o melhor para o país. O problema é que os trabalhos pesados e/ou mais físicos, nas últimas décadas, foram destinados a grupos de emigrantes que cá chegavam porque, nós, estávamos “acima” de tal labutação.

Vivemos iludidos e está a ser difícil a mudança de atitudes que nos permitam regressar a uma vida digna e humanamente merecedora desse nome. A falta de dinheiro é um problema mas a falta de valores morais e éticos não fica atrás.

Esta semana tem estado na praça pública o Orçamento que o Governo quer viabilizar para nos governar no próximo ano. Ainda antes da sua discussão e aprovação, os partidos da oposição já manifestaram as suas críticas que pecam por irresponsabilidade porque, infelizmente, não podemos mandar a troika lixar-se. Mas podemos mandar lixar tudo aquilo que tem inibido a nossa auto-estima e impedido de sermos proactivos, agindo antecipadamente, isto é, não esperando pelo tempo da reacção a algo, mas tomando iniciativas de acção preventivas e outras às nossas situações pessoais.

Podemos também mandar lixar todos aqueles que nos têm massacrado e ensaboado o juízo com críticas que nada têm de positivo porque não apresentam qualquer alternativa viável responsável. Nada tenho contra manifestações mas não são as manifestações que vão alterar o que quer que seja. Por outro lado, acredito que se essas mesmas manifestações se transformassem em voluntarismo junto de sectores a necessitar de voltarem da “morte” à “vida”; não só o exemplo dado seria significativo como mostraria um povo lutando pela sua soberania e que queria libertar-se do jugo estrangeiro.

Não quero com tudo isto dizer que “estou contente” com o Orçamento. Nunca “atacaria” vencimentos até cerca de dois mil euros e, de certeza, cortaria muito mais na despesa. O corte anunciado nas Fundações são apenas cócegas e eu acabaria com qualquer doação para cada uma delas. Defendo que têm de ser auto-sustentadas. Acabaria com a “mama” de empresas estatais e parcerias duvidosas que, com acordos ambíguos e suspeitos, têm perigado os dinheiros públicos. Até porque não “defendo” a vocação empresarial do Estado. Tinha, e face ao aumento proposto dos diversos impostos, de certeza, avançado com o alívio da TSU para as empresas e sem a penalização do trabalhador. Aplaudo a “contribuição” para o Subsídio de Desemprego e outros cuja ausência se tornava numa perfeita injustiça para quem trabalha. Aplaudo a penalização dos salários mais elevados. Aplaudo o pagamento do IVA ao Estado apenas aquando dos recebimentos efectivos se ele for para todas as empresas.

Ainda mantenho uma (apesar de ténue) esperança que vamos sair de tudo isto mais fortes. No entanto, tem sido necessário engolir sapos. Nós, tentando equilibrar as finanças privadas e o Governo de coligação com duas visões, por vezes opostas, de como fazer face ao grave momento que atravessamos. Sempre acreditei que a estadia do CDS-PP na coligação poderia significar o equilíbrio na governação e, não tenho muitas dúvidas, os “sapos” que Paulo Portas tem sido forçado a engolir (ou se forçou por alguma ausência motivada pelo cargo que ocupa) lhe têm provocado uma enorme indigestão.

Penso que é altura de o próprio Governo fazer uma avaliação do que têm sido as últimas semanas e pensar seriamente se não podia fazer mais e melhor. Nas negociações com a Troika mostrando a nossa realidade e exigindo os dividendos de estarmos a ser cumpridores. A baixa das taxas de juro é algo imperioso. Na necessidade de descobrir formas de dinamizar a economia (poderá estar relacionado com as negociações troikianas e um alívio das exigências daquela) e incentivar o investimento. No corte da despesa sem temer grupos, lobbies ou outros interesses.

É obrigatório que os empresários (pequenos, médios e grandes) consigam trabalhar. Seria deveras importante perceber, de uma vez por todas, que um sector tão importante quanto o do turismo deve ser acarinhado. Moral e eticamente relevante seria a responsabilização criminal de quem gastou milhões do nosso erário público de forma irresponsável e, quiçá, ilícita. Imperioso uma nova forma de comunicar e explicar o que se passa, o que se faz, o que se pretende, restaurando a esperança, motivando o futuro e recuperando a dignidade de viver sem ser apenas sobrevivendo.

Avaliações contínuas e responsáveis são necessárias e só há que emendar e corrigir o que não está a correr tão bem. Na falta daquelas ou na teimosia em peregrinar por caminhos que não têm qualquer saída que o Presidente da República assuma o papel que lhe compete.

É oficial
Oct 18th, 2012 by M.J. Ferreira

E pronto! Estou oficialmente no Outono! Hoje (re)comecei a usar meias!

Espanto
Oct 17th, 2012 by M.J. Ferreira

Espanto é mesmo a palavra adequada para a minha pessoa cada vez que vejo o anúncio da Linic protagonizado pelo Ronaldo.

Realmente fico pasmada por perceber que o menino usa Linic porque… tem comichão, caspa e cabelo oleoso (a finalidade do dito). Coitadinho. Não admira que estivesse tão triste aqui há algumas semanas atrás.

Um espanto como tanto dinheiro não lhe tira o seboso dos capilares nem aquelas escamas na cabeça. Que prurido insuportável deve de ser.

Já tinha percebido que o menino quando fala solta “bosta”. Agora quando o ver a mexer na cabeça já sei que está com comichão. Coce rapaz que o seu coçar Linic deve ter enchido um pouco mais a sua conta bancária.

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