Um dia especial que me faz dizer, gritar com todas as minhas forças: Eu amo o meu filho!
Oficialmente, hoje faz 4 anos que sou sogra 🙂
Digo oficialmente porque me senti sogra desde o primeiro dia em que conheci o meu genro. Quer isto dizer que vi nele o rapaz educado e trabalhador que qualquer mãe sonha para a sua filha.
Como sogra, e modéstia à parte, eu penso que sou uma sogra amiga.
Também acho que sou uma sogra tranquila. Sim, tranquila e em quem se pode confiar.
Embora, às vezes, os nervos andam um bocadinho à flor da pele. Tem a ver com o stress da tal idade (só pode!!!!)
Não sou intrometida nem abelhuda e não apareço sem ser convidada.
Por isso, penso que irei continuar a recordar, com muita alegria, o dia em que passei a ser sogra oficialmente e livro-me da reciclagem… 🙂
Palavras para quê? A família é mesmo o bem mais precioso!
Olhar, com olhos de leiga, para o resultado de um ECG (electrocardiograma) é perceber o próprio conceito da vida.
Altos e baixos, altos e baixos, altos e baixos, … Sempre, altos e baixos e se não há altos e baixos no ECG isso significa que o coração não está a funcionar. Altos e baixos fazem parte da nossa vida. A sua ausência significa que estamos mortos.
Aprender a aceitar a a lidar com cada uma dessas situações, só se pode traduzir numa vida mais agradecida, agradável e menos conflituosa.
Ainda bem, então, pelos altos e baixos que todos os dias percorro na caminhada que se chama vida. Estou viva. Bem viva!
Ela: Se eu ficar feia? Ele: Eu fico míope. Ela: Se eu ficar triste? Ele: Eu me torno um palhaço. Ela: Se eu ficar gorda? Ele: Eu tiro todos os espelhos de casa. Ela: Se eu ficar velha? Ele. Eu envelheço junto. Ela: Se eu ficar rouca? Ele: Eu fico surdo Ela: Se eu ficar chata? Ele: Eu te faço cócegas. Ela: Se eu ficar doente? Ele: Eu estou todos os dias ao teu lado.
(adaptado de autor desconhecido)
A ler as notícias agora dei conta que falta uma semana. Está tão perto. Confesso que a ansiedade pesa e a impaciência inquieta e desassossega. Não é vergonha dizer que tenho medo. Falta uma semana.
“Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo.” (Mark Twain)
Gosto muito dos meus cabelos brancos. Aparecem à medida que vou envelhecendo e significam o caminho que tem sido a minha vida. Recordações, risos, lágrimas, fé, esperança, certezas, ansiedades e medos,… um rol imenso intrínseco do meu “eu”. Mas a par do crescimento que têm por trás os meus branquinhos, há o outro crescimento natural que preciso ter em conta. De três em três meses, há corte e hoje foi dia de corte!
Perdi uns quilinhos, disse a cabeleireira – tal era o crescimento do pelo na carola 🙂 Estou toda bonita, pareço dez anos mais nova – foi o “piropo” que ouvi depois dos branquinhos se esconderem na tonalidade que recorda a cor que tiveram outrora.
Hoje, cá em casa, comemos salsichas cabeludas. Isso mesmo. Leram bem. Foram mesmo salsichas cabeludas. É melhor explicar antes que pensem que ainda tenho a boca cheia de cabelos. Pois, o que aconteceu é que, com uma criança cá em casa que adora fazer cozinhados com a avó, ainda que ela seja pequenina, é preciso dar asas à criatividade. Hoje, pegámos numa lata de salsichas e, depois de escorridas, cortei-as em três pedaços cada. Em cada um desses pedaços, espetámos fios de esparguete em todas as direcções.
Fizémos isso a todos os pedaços de salsicha. No fim, foi muito giro olhar para o efeito que elas tinham. Eu chamei-lhes salsichas cabeludas.
Pus água a ferver com um pouco de sal e um fio de azeite num tacho e, quando começou a ferver, coloquei lá dentro um pouco de esparguete e todas as salsichas cabeludas. Deixei cozer e escorri. No mesmo tacho de cozer o esparguete, coloquei um pouco de azeite com alho que aqueci para temperar a massa e as salsichas e, depois, ainda adicionei um ovo que tinha frito previamente e um restinho de legumes salteados que tinha no frigorífico.
Ficou uma delícia e foi muito giro o trabalho de dar cabelo a todas as salsichas.
É um horror ouvir tantos sábios, tantos comentadores, tantas opiniões, tanta vaidade, tanta veleidade, tanta hipocrisia e tanta futilidade nos nossos blocos informativos.
É um horror ouvir e ver o estilo de jornalismo que se faz hoje. Isto até parece um reality show.
As reuniões dos partidos do governo parece “a casa dos segredos”; os jornalistas parecem a Teresa Guilherme a “pôr” histórias onde elas não existem e a fazer perguntas com e sem trocadilhos para tirar nabos da púcara. A oposição são aqueles que não têm mais nada que fazer que estar a votar para as expulsões. Assim sentem-se poderosos e julgam que têm a faca e o queijo na mão.
Este povo está de tal forma vacinado com reality shows que nem se parece incomodar com este enorme “big brother” em que se está a transformar o nosso cenário político. Muita uva e pouca parra e não há hora que não debitem mais bitaites tendenciosos para subir as audiências. Nunca vi tanta gente sem pensar, sem exercitar a caixa dos pirolitos e a deixar-se embarcar de qualquer maneira.
Estou farta! É mau demais! Ainda bem que existem os canais do cabo!
Nota: sou uma cidadã consciente do que se passa à minha volta e no mundo; penso pela minha cabeça e não aprecio, nem lavagens ao cérebro, nem mau jornalismo. Cada um deles, juntos ou separados, só provocam ruído e aumentam o caos.
A Patrícia faleceu a semana passada. Era Bombeira. Não conseguiu fugir às chamas quando o carro em que seguia com mais companheiros se despistou. Chegou aos jornais o seu último post no Facebook:
Nos tempos que correm, pessoas assim marcam o nosso quotidiano. Pela disponibilidade e voluntarismo. Pela simplicidade com que encaram o dever. Pela humildade com que se movem. Pela perseverança nas acções e nobreza de atitudes. Pela força que encontram nas suas fraquezas. Pela sua entrega ao bem comum. Pelo exemplo de dedicação e serviço. Nos tempos que correm, são necessários, com urgência, políticos que façam pela nação o que os bombeiros fazem pela população.