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É Natal
Dec 10th, 2013 by M.J. Ferreira

Já por diversas vezes mencionei que o Natal não tem nada a ver com os consumismos desenfreados que outras épocas ajudaram a tornar tradição. Felizmente . e desculpem por escrever “felizmente”, os tempos chamados de crise vieram colocar um freio nesse tipo de despesismo, ajudando a revitalizar, se não, fazer renascer o verdadeiro espírito de Natal.

Porque o Natal não tem a ver com riqueza ou pobreza. Aliás, o menino cujo nascimento recordamos, não nasceu em berço de oiro nem teve uma vida fácil. Cresceu como qualquer criança da sua época e, em adulto, sofreu com injustiças, perseguições e até uma morte atroz pregado numa cruz.

Se não for blasfémia, ao escrever estas linhas, estou a recordar a frase de JFK, tão amada em democracia, por ateus, agnósticos, humanistas e cristãos, que diz qualquer coisa como “não é o que o teu país faz por ti mas o que tu podes fazer pelo teu país”. De certa forma, Jesus, o menino do Natal é o homem que melhor exemplificou essa frase nos primórdios da nossa era. Jesus não foi reconhecido pelos seus; no entanto, tudo fez por todos os que se identificaram e identificarão com a Sua Palavra, o Seu Ensino, a Sua Vida, a Sua Morte e, finalmente a Sua  Ressurreição, em qualquer época da História, em qualquer lugar do planeta. Porque o Seu Reino extrapola este mundo e vai para além da compreensão humana. Mas está acessível a todos os que humildemente O buscarem com fé e com verdade.

Por isso, não me venham para cá dizer que não há Natal. Há Natal sim senhora! E ele acontece todos os dias quando Jesus nasce em cada coração aberto para O receber.

O meu.. o teu… o de Deus
Sep 25th, 2013 by M.J. Ferreira

Todos os dias descubro mensagens de encorajamento e motivação no meu devocional. O de hoje, lembrava-me como Deus, apesar de tantas vezes vermos prosperar os que não olham a quaisquer meios para atingir os seus fins, tem um propósito que visa aperfeiçoar-nos. Ele não nos nega “as coisas boas”; apenas, elas têm um tempo certo para nos serem dadas. Entretanto, a nossa perseverança em nEle confiar desenvolve-se e aprendemos a dependência na Sua vontade, no seu propósito para a nossa vida.

A propósito do propósito, fui hoje assaltada com um pensamento que tem a ver com propósitos meus e de outros irmãos na fé relativamente a assuntos de todos os dias. Hoje, ao ler sobre os professores, confesso que na minha maneira de ver concordo no geral com as políticas do Governo. Já foi o tempo em que ser professor era uma profissão com colocação certa. Isto fez que a profissão tivesse os profissionais verdadeiramente vocacionados e os outros. Com a demografia que é a nossa e as dificuldades económicas, não me “choca” que cada vez sejam necessários menos professores e, por isso mesmo, acho estúpidos a maior parte dos protestos dos sindicatos. Condeno o “lobby” instalado na classe e defendo uma avaliação independente e uma formação pertinente e contínua a cada professor. Como se costuma dizer, sou do tempo em que as classes tinham mais de trinta alunos, incluíam diversos graus de ensino em simultâneo e até ao sábado tínhamos aulas. Não me lembro de não ter aulas por falta de professores e recordo com respeito os “castigos” que me foram impostos que, ao invés de me traumatizarem, me ajudaram, também, a ser a mulher que sou hoje.

Entretanto, e voltando aos diversos propósitos, tenho alguns amigos professores que comungam da mesma fé e eles têm pensamentos diametralmente opostos aos meus. Eles têm o seu propósito e quando falam com Deus apresentam-lhe os seus problemas vistos à sua maneira. Eu, e muitos outros como eu, ao falarmos com Deus sobre o assunto, o nosso propósito, o que temos em mira que gostávamos que acontecesse não se coaduna com os desejos daqueles. O que eu acho bem é o que outros da mesma fé acham mal e os que eles acham mal, eu e outros como eu, defendemos como bem. Em ambos os grupos, apresentamos a Deus desejos que julgamos acertados e que defendemos acreditando que são os propósitos que fazem a “vontade de Deus”.

Quando, hoje, no Livro dos Salmos posso ler a promessa de que mesmo que o inimigo do justo (nome dado na Bíblia ao povo de Deus) possa florescer por um tempo, Deus derramará as suas bençãos sobre os justos; a minha mente questiona quem são os justos no caso dos professores, uma vez que há diversos propósitos no povo de Deus para tal assunto? Ou quem são os justos em tantos outros assuntos onde opiniões divergem? A diversidade mostra a falibilidade humana. Nem sempre certos, meio certos ou errados. A este respeito, só me ocorre que, apesar do “meu” e/ou do “teu” propósito, há o propósito de Deus e qual é este?

O propósito de Deus para as nossas vidas não é um mistério. Ele, de certa forma, foi revelado por Jesus quando resumiu todos os mandamentos em apenas dois: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar as pessoas como a nós mesmo. Ao amar a Deus sobre todas as coisas, eu vou perceber que preciso continuamente dEle, da Sua Palavra, onde bebo o exemplo de Jesus e percebo a Sua orientação mediante o trabalho do Espírito Santo em mim.

Ao amar as pessoas como a mim mesmo, eu vou perceber a dificuldade do acto de amar porque vou ter que amar o que é igual e diferente de mim, que pensa parecido ou diferente de mim, o que age de forma semelhante ou de maneira diferente. Ao amar os outros como a mim mesmo, eu vou perceber que errar recomenda o perdão, que perdoar aconselha a esquecer e que esquecer não significa guardar na memória para atirar na primeira oportunidade mas deitar para trás das costas e continuar amando.

Nesta encruzilhada de amar os meus irmãos encontro-me hoje quando os nossos propósitos divergem tanto em assuntos comuns e reais de todos os dias. Mas, se na sua realidade de tantos séculos, o povo de Deus tem experimentado da compreensão de Deus, é, também, e ainda, na nossa realidade que temos a compreensão de Deus, do Seu propósito, da Sua graça. Dia após dia, à medida que nos “enchemos com a Sua Palavra, podemos experimentar uma relação poderosa com Ele, seja quais forem as situações que nos são colocadas, sejam elas provas difíceis que temos de superar ou alegrias e sentimentos de contentamento. Os nossos propósitos de vida encontram, então, e abraçam, o propósito de Deus em cada desafio da vida.

Viver cada experiência sabendo que Deus participa delas, ensina-me e comunica-me mais um pouco do Seu carácter, ao mesmo tempo que me incentiva a caminhar sempre um pouco mais na Sua direcção. Porquê tanta opinião diferente, tanta interpretação, tamanha democracia no seio da comunidade cristã? Não é assim com todos?

Recordo Paulo aos Coríntios quando ele os adverte que tudo lhes é permitido mas nem tudo serve para edificação perante o Senhor. Podemos pensar de diversas maneiras, tecer milhares de diferentes interpretações, opinar de variadas maneiras. Tudo nos é permitido. No entanto, nem tudo nos edifica perante Deus. Esta percepção, ao invés de castrar a nossa razão, eleva-a a um patamar mais alto de compreensão que, na maioria, dos casos, não sabemos explicar ou colocar em palavras face às realidades que vivemos. Mais uma vez. Foi em sua realidade que Israel provou da compreensão de Deus e do Seu propósito. É na nossa realidade que temos a compreensão de Deus, do Seu propósito, da Sua graça.

Isto acontece dia após dia, à medida que experimentamos uma relação poderosa com Deus. O nosso propósito, não importando as situações adversas, não importando as provas difíceis, não importando os desafios da vida, será moldado ao propósito divino. À medida que somos moldados podemos experimentar a unidade que temos na fé em Jesus. Poderemos falar a uma só voz e, então o mundo em que estamos inseridos, perceberá finalmente que, apesar de todas as nossas diferenças, a diversidade não é sinónimo de caos mas unidade e comunhão.

Infelizmente, estamos ainda longe da unidade por que Jesus orou antes de morrer. Se não tivermos cuidado, podemos facilmente ficar preocupados ou até mesmo obcecados em encontrar o propósito de Deus para as nossas vidas. Nesta busca, deixamos muitas vezes que a nossa razão se sobreponha à fé quando fé e razão ao invés de se antagonizarem se completam humildemente sem preconceitos e antagonismos.

Não vou perceber imediatamente o porquê de continuarmos divididos. Percebo as desvantagens disso. Por mim, e apesar de errar diariamente, continuarei a buscar a Deus diariamente e a seguir os conselhos da Palavra. Abomino as muitas denominações religiosas e anseio pela unidade por que Jesus orou. Depois, num mundo onde se experimentam tantas razões e opiniões, Paulo, no Livro aos Romanos, dá um conselho útil para qualquer tempo, para qualquer geração: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da vossa mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Um dia seremos um como o Pai, o Filho e o Espírito são um.

Feliz Natal
Dec 24th, 2012 by M.J. Ferreira

Pior de sempre?
Dec 17th, 2012 by M.J. Ferreira

Estou a ver na TV uma notícia que dá conta da poupança que os portugueses estão a fazer nas compras dos presentes de Natal. Esta é a tal ponto que os comerciantes dizem que este vai ser o pior Natal de sempre. Discordo da afirmação. Porquê?

Porque o Natal não tem a ver com comerciantes nem com compras especiais e específicas. O Natal tem a ver com Jesus, o bebé que nasceu e viveu com o propósito de re-aproximar os homens de Deus. Por isso e para isso, a sua vida pautou-se por um relacionamento estreito com o Pai através da oração, por um exemplo de obediência e conformidade com a vontade divina, por uma atitude amorosa, humilde e de grande compaixão para com os semelhantes, ao mesmo tempo que combatia e não abdicava de dizer não a tudo o que não está de acordo com as Escrituras.

Teve morte de cruz mas sabem e crêem os cristãos que a morte não prevaleceu sobre Ele. A sua existência continua bem viva e presente no quotidiano de todos os dias e, em especial, na vida de todos aqueles que o confessam como Senhor e Salvador.

Realmente, o Natal não é comércio. Esse é o Natal que a secularização e a sujeição a práticas nefastas de vaidade, consumismo, pretensiosismo, e outros “ismos” celebra e incentiva. A tradição, a exemplo dos presentes que os homens sábios ofereceram a Jesus, habituou-nos a partilhar lembranças. Isso não está errado. Errada é a proporção e a importância desmesurada que as mesmas tomaram.

É claro que os comerciantes precisam de sobreviver. Os tempos não estão fáceis para ninguém e os “rios de dinheiro”, quantas vezes “mal” gasto, que outros anos deixavam “correr” nesta altura do ano, estão transformados em “gotas” que se tentam gerir com “conta, peso e medida”. Contudo, a verdade é que o Natal nunca foi sinónimo de “negócios da China” e os negociantes terão que repensar assertivamente as suas actividades de forma a resistirem sem estarem dependentes da época “a” ou “b”.

Dito isto, espero sinceramente que o Natal possa ser vivido de acordo com o verdadeiro espírito natalício, com serenidade, tranquilidade, entusiasmo e muito amor. Que haja fraternidade, emoção, lealdade e um ânimo revigorante que dê alento, força, coragem e esperança a cada família e a cada um em particular. Quem sabe, vai ser o melhor Natal de sempre.

Até Segunda
Apr 5th, 2012 by M.J. Ferreira

Sentada à mesa do restaurante no Condomínio Privado (vulgo parque de campismo 🙂 ) à espera dum lombo de porco bem alentejano, aproveito para me despedir até Segunda!

Vim até cá abaixo colocar a “mobília” para o Verão a jeito. Depois, o tempo pode começar a melhorar e começa a apetecer vir com mais frequência.

Bem, aproveitem este fim de semana de Páscoa para passar tempo em e com a família. Vivam o significado da Páscoa e renovem a vossa esperança. A verdade desta celebração é que Jesus ressuscitou!

Ele é Vida renovada. Com Ele, a culpa encontra perdão, a tristeza transforma-se em alegria, as dificuldades tornam-se oportunidades e o desespero encontra consolo e paz.

Até Segunda.

Gratidão
Dec 30th, 2011 by M.J. Ferreira

2011 está a terminar. 2012 já espreita cheio de sonhos, metas, alvos, ideias,…, cheio de vida.

O fim de um ano costuma ser sinónimo de inventários e balanços, não só em termos empresariais, como pessoais. Este ano não quero ir por aí. O balanço pessoal teria um saldo brilhante como brilhante é o pequeno ser que faz parte da família desde Março. O inventário seria assim influenciado por tão especial haver que relegaria para segundo plano tanta coisa boa que vivi. E eu estou tão grata por isso.

O fim de um ano faz-nos também pensar naqueles que não estão mais entre nós. Mal dito. Eles e elas podem fisicamente não estar connosco mas fazem parte da nossa vida. Não importa, pois, se estão longe. O que interessa é que existiram, e existem, perdurando as memórias que recordamos com sorrisos ou lágrimas com que alimentamos as saudades do abraço, do beijo, das palavras trocadas, das correrias e brincadeiras, … E eu estou tão grata por isso.

O fim de um ano faz-nos lembrar que, também, a vida é cheia de fins e novos começos. Em cada etapa do nosso caminho há sempre algo que nos desafia, nos atemoriza, nos inspira, nos provoca; seja o novo, o extraordinário, o violento, o belo, o infame ou simplesmente o familiar. Não há montanhas que não possam ser escaladas, não há sombras sem luz. Não serve de nada segurar a corda que nos arrasta para trás porque não teremos as mãos livres para agarrar a corda que nos puxa para a frente. E eu estou grata por isso também.

Assim, neste final de ano, eu prefiro pensar em gratidão. E eu, humildemente, estou tão grata por isso.

Há algum tempo, descobri um pequeno texto (onde já fiz alterações), de que desconheço o autor, mas que é adequado à gratidão instalada no meu coração.

Gratidão é podermos agradecer a Deus a oportunidade da vida;
Gratidão é podermos agradecidos ter uma família que amamos e nos ama;
Gratidão é podermos agradecidos compreender o que nos acontece;
Gratidão é podermos agradecidos aceitar os momentos difíceis;
Gratidão é podermos agradecidos transformar as fraquezas em forças;
Gratidão é podermos agradecidos colocar um sorriso nos lábios;
Gratidão é agradecidos colocar Jesus nas nossas orações;
Gratidão é união, solidariedade, tolerância, fé e esperança;
Gratidão é paz, confiança, serenidade;
Gratidão é ser forte, paciente, honrado;
Gratidão é perceber que nada acontece por acaso e as dificuldades podem transformar-se em oportunidades;
Gratidão é colocar o Amor sincero em tudo que fazemos, dizemos ou pensamos;
Gratidão é não alimentarmos em nós as dores e aceitar as cicatrizes porque fazem parte de nós ;
Gratidão é verdade e principalmente humildade
para reconhecermos que não somos ilhas isoladas e sozinhos nunca iremos crescer verdadeiramente;
Gratidão é acordar cada manhã e dar graças ao Pai Celestial pela vida que nos dá;
Gratidão é a semente da coragem, da sabedoria e da liberdade com que enfrentamos os nossos dias.

E eu estou tão grata por tudo isto.

Que possam terminar 2011 agradecidos e, com gratidão, iniciar 2012.
Vai ser um ano exigente e, por isso mesmo, que cada um de nós possa ser suficientemente grato por, não tendo tudo o que deseja, possa ter tudo aquilo que de realmente necessita.

Natal versus Crise
Dec 22nd, 2011 by M.J. Ferreira

Há pouco, no noticiário da noite, o locutor terminou um período de entrevistas, sobre as compras de Natal que os portugueses faziam este ano, com a afirmação de que a crise chegou ao Natal dos portugueses. Discordo. Eu digo que a crise trouxe de volta o Natal aos portugueses!

Já cheira…
Dec 14th, 2011 by M.J. Ferreira

Já cheira a Natal. As luzes brilham, o tempo está frio q.b. e os presentes começam a ocupar terreno no chão da sala que lhes está destinado.

Este ano optei, na sua maioria, por presentes feitos por pessoas que assim ganham mais uns euros destinados a apoiarem os seus orçamentos. Em tempos de crise, é uma forma de solidarizar-me com pessoas que querem trabalhar porque o rendimento disponível não é o ideal para as despesas que têm de suportar.

Aliás esta “crise” que todos apregoam deveria ser uma oportunidade para mudarmos paradigmas instalados. Um deles, o de excesso de consumo em épocas como o Natal; sobretudo, porque o Natal não tem nada a ver com gastos inúteis de dinheiro.

Quer queiram, quer não, o Natal é uma festa de amor, amor incondicional de Deus que se fez homem para que nós pudéssemos ser humanidade.

É uma festa de família, da família cristã como exemplo da família como o pilar, o alicerce de qualquer sociedade.

É uma festa de alegria e Luz. Luz que brilha e rasga as trevas. Luz que guia e ilumina o caminho que conduz à alegria do encontro com o Menino Jesus.

É uma festa de Esperança e Paz anunciadas desde logo pelo anjo do Senhor: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.”

O Natal é uma festa. Vivê-lo imbuído no seu verdadeiro Espírito, não nos livra das dificuldades, dos problemas, dos desgostos, da “crise”. Mas embebe-nos com a certeza que o Menino que se fez Homem está presente em cada segundo do nosso viver, depois de ter nascido no nosso coração. Não estamos sós. Ele rejubila connosco com as vitórias e os sucessos. Ele partilha das nossas tristezas e alegrias. Ele está sempre pronto para nos ajudar a ultrapassar os obstáculos que surgem nas esquinas da vida.

Que bom seria se por todo o mundo o homem desse ouvidos ao convite de Deus para o verdadeiro Natal. O convite é feito por Ele de tantas formas e maneiras ao longo da nossa vida. Eu, sei do que falo. Há muito que O aceitei. Há muito que Jesus nasceu no meu coração. E no seu?

Dezembro
Dec 5th, 2011 by M.J. Ferreira

Dezembro chegou tão depressa. Nem acredito que estamos outra vez no Natal (praticamente!!!) Como é tradição, já fizemos a árvore de Natal e um Presépio que nos recorda o Menino que se fez Homem e morreu numa cruz por cada um de nós. Ressuscitou e, tendo ressuscitado, garante-nos a eternidade na casa do Pai.

Para nos recordar o verdadeiro Espírito Natalício e que o verdadeiro Natal só acontece quando Jesus nasce nos nossos corações, o nosso Presépio ostenta o pão e o vinho no lugar do Menino. A todos, Ele ensinou, que era o Pão da Vida e o Vinho da Salvação. Alimentados por Ele e pela Sua Palavra, o Natal acontece, então, todos os dias.

Para aqueles que entendem o sentido dessas palavras, seja quais forem as situações que os dias nos vão trazendo, há a certeza de que não estamos sós e que, quando a cruz é demasiado pesada, não há nada, nem ninguém, que nos separe do amor do Pai.

Desta forma, o espírito do Natal de Cristo vivo e presente nas nossas vidas, permanece em nós e nós nEle. Como Ele ensinou somos luz no contexto em que estamos inseridos. A luz não existe para estar confinada a um espaço mas para que esse espaço tenha a claridade para ver e apreciar o que não era visível até então.

O mundo precisa de homens e mulheres de boa vontade que trabalhem para que o Natal aconteça em todos os recantos deste nosso mundo, desfazendo os ódios, as ganâncias, o egoísmo, a violência e cultivando a ternura graciosa de Deus que se fez pequenino para nos tornar grandes. Que cada um de nós possa irradiar a luz que, por muito humilde que seja, transmite a paz que excede todo o entendimento, e, sobretudo, muito amor, sabedoria e optimismo.

Ele há cada imbecil
Mar 3rd, 2011 by M.J. Ferreira

Hoje ouvi um conhecido criminologista, professor numa conhecida Universidade Portuguesa a opinar num dos programas da manhã da televisão generalista sobre um assunto que, por acaso, também comentei neste Blogue (caso do rapaz levado preso por não pagar coima de cerca de 300 euros).

Não está em causa a opinião do ilustre senhor sobre o assunto. Apenas um exemplo pessoal que deu para justificar não ter pago uma coima. Pois parece que a EMEL “resolveu” um dia multar este senhor por ele ter estacionado com os quatro piscas ligados para entrar e sair rapidamente de um local aonde se dirigiu. Pois parece que o senhor professor contestou e foi condenado a pagar a coima. Parece que também foi detido porque se terá recusado pagar e mais, sentiu-se achincalhado quando lhe propuseram “pagar” em serviço comunitário.

Devo dizer que fiquei espantada. Primeiro nos estacionamentos da EMEL está devidamente sinalizado que pode estacionar (se houver lugar livre, claro 🙂 ) e depois deve dirigir-se à máquina mais perto para tirar o bilhete. Ora, esta ideia genial de colocar os quatro piscas é mesmo e só uma esperteza saloia. Tira o lugar a quem usa o estacionamento legalmente e se for em segunda via, não só prejudica uma possível entrada para local de estacionamento, como pode bloquear quem está devidamente estacionado. Explicou-me um dia um Polícia de Trânsito que bloquear alguém com o carro pode incorrer num crime de sequestro em casos extremados de discussões de trânsito. Portanto, quatro piscas é uma imbecilidade sem defesa possível em locais com regras para estacionar.

Contudo, o comentador televisivo também mencionou o sentimento pessoal que sentiu ao ser-lhe proposto o pagamento da coima em serviço comunitário. Sentiu-se achincalhado, certamente porque tem condições de pagar. O meu espanto continuou . Um pouco de humildade não faz mal a ninguém e serviço comunitário é um voluntariado sempre necessário e bem vindo em todas as organizações e/ou associações. Que imbecilidade perder uma oportunidade de fazer bem para quem precisa.

Entretanto, foi posto “em cima da mesa” um outro crime e respectiva punição. Não conheço a notícia mas tratava-se de uma freira que foi presa porque não pagou o bilhete de autocarro. Sobre isto, a minha opinião é a mesma que manifestei oportunamente para o caso do grafiti de amor. O meu espanto recai mais uma vez nos comentários sobre o assunto. A freira foi comentada como uma pessoa que funciona como “intermediária” entre Deus e os homens, comentário que a apresentadora reforçou. Já me habituei a ouvir as maiores baboseiras quando se trata de comentar assuntos religiosos. Se fosse dito que a freira, era uma mulher que pela sua condição devia dar um exemplo de integridade, eu estava 100% de acordo. Um cristão não é uma pessoa que vai ao domingo à missa, que tem uma religião ou que se uniu a uma igreja. Antes,  alguém que tem uma relação diária com Deus e pauta a sua vida por se esforçar em andar como Jesus andou, alimentando-se da Palavra e sendo coerente com Ela. É uma entrega e uma luta diária e … há falhas. Todos falhamos e claro que se há falhas, tem que haver “remédio” para elas.  Em termos cristãos, sabemos que sim.

Mas voltando aos comentários, não há da parte de apresentadores, jornalistas e até comentadores (se não com preparação teológica) conhecimentos básicos que permitam notas ou apontamentos válidos no campo teológico. Tal como é necessário para comentar desporto estar “dentro” das modalidades, falar sobre economia não será para um comentador desportivo; nem opinar teologicamente será para um criminologista. A cada um segundo a sua especialidade. A freira não é, não foi e nunca será uma intermediária. A Bíblia é clara sobre esse ponto, há apenas um único intermediário entre Deus e os homens que é Jesus (1 Tim. 1:5).

Que raça de programa me foi dado espreitar. Ele há cada imbecil. E o melhor é que são pagos para comentarem e falarem para enormes audiências, sem que haja contraditório. Que grande imbecilidade. Imbecilidade, burrices e incompetência patrocinadas por um canal de televisão. Bem sei que estamos em tempos de Carnaval e ninguém leva a mal… mas haja decoro e dignidade no que se diz.

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