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Oct 14th, 2010 by M.J. Ferreira

Diz a Bíblia que a fé, independentemente do “seu tamanho” move montanhas (Mt 17:20) e no meio do caos, da angústia, das incertezas é veículo de esperança, de certezas que não se sabem explicar, de comunidade, de fraternidade, solidariedade e amor.

Desde as primeiras horas após a derrocada da mina, tanto “cá fora” como na organização subterrânea que fez parte do resgate dos mineiros chilenos era prática corrente  a oração e  o dar graças. Ao virem para a superfície, sulcando a terra dentro dum compartimento exíguo, muito provavelmente muitos misturariam, num turbilhão de emoções, todos os pensamentos, orações, medos, ansiedades e expectativas.

Ao ressurgir no mundo que os esperava, ao sentirem o calor daqueles que amam, a alegria, as lágrimas, os abraços, os beijos e sempre a fé.

A fé que consolou quem confiou. A fé que fortaleceu quem chorava. A fé que calou dúvidas e incertezas. A fé que alimentou a esperança do reencontro. A fé que uniu, que aconchegou e satisfez. A fé que transpareceu numa enorme corrente mundial de oração e, diz a Bíblia, que tudo o que se pede em oração, crendo, se receberá (Mt. 21:22).

Com fé, a normalidade será reposta e no meio das graças à misericórdia divina, a resposta que cada um ouvirá no silêncio da sua meditação será: “Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” (Lc. 17:19)

Radicalismo cristão
Sep 8th, 2010 by M.J. Ferreira

Hoje surgiu a notícia de que um pastor evangélico americano quer queimar o Alcorão para comemorar o 11 de Setembro. Estou simplesmente chocada com o radicalismo deste homem e seus seguidores. Compreendo os medos do mundo referentes às retaliações que a atitude pode levar a cometer mas, o meu choque, é também, com o facto de este homem, de seu nome Terry Jones, ser alguém que tem responsabilidades acrescidas numa comunidade cristã que devia estar a “apascentar” baseado na Palavra do seu Mestre.

Diz Carlos Bernardo González Pecotche que  “a intolerância fecha os caminhos da compreensão, ao mesmo tempo que os da sensibilidade, caminhos aos quais só têm acesso as almas que sabem de sua semelhança com as demais.”

Esta semelhança com as demais é talvez uma das radicalidades do cristianismo (de acordo com o relato de Génesis, o Homem foi criado à imagem e semelhança de Deus). Esta semelhança implica relacionamento, fraternidade, comunhão. Aliás, a própria Trindade é um exemplo de unidade, diversidade e comunhão! Quando pensamos na Trindade, é um pensamento radical!  Porque o cristianismo é radical.

A radicalidade significa ter raízes. Raízes que se vão cada vez tornando mais fundas à medida que se vive a Palavra de Deus. Jesus foi o exemplo mais perfeito desta radicalidade. Morrer na cruz por amor de todos nós e por obediência à vontade do Pai é mesmo muito radical!

Diz a Bíblia: “Amai os vossos inimigos” –  bem, isto é  radical! “Perdoai aos que vos ofenderam” – uahaauuuu… isto é muiiito, mas muiiiiiito radical; “procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça” – todas estas três frases atrás, são exemplos da radicalidade do cristianismo. Não do seu radicalismo!

Radicalismo é agressivo, violento, intolerante. Radicalismo é oposto ao amor cristão e leva a, em nome deste, banir toda a misericórdia, toda a caridade, toda a esperança de quaisquer pensamentos, palavras ou actos praticados no nome de Deus. Radicalismo é medo e ignorância. O mal da ignorância é que vai adquirindo confiança à medida que se prolonga no tempo.


Entender e viver a pós-modernidade
Jan 26th, 2010 by M.J. Ferreira

“Eu receio que nós, cristãos, sejamos mais frequentemente conhecidos por aquilo a que nos opomos, do que por aquilo que aprovamos.” (Greg Laurie)

Atendendo ao que se assiste cada vez que é apresentado na sociedade um tema a que se convencionou chamar de “fracturante”, Greg Laurie tem razão.
Então, é preciso que o cristão tenha uma noção actualizada do desenvolvimento de matérias, temas, palavras-chave que fazem parte da discussão, da vivência, do agendamento de assuntos que tocam, fazem mover, intrigam, questionam a sociedade em que nos inserimos.
É preciso que o cristão aprenda a pensar e a enunciar objectivos. É preciso que o cristão tenha a noção do que o rodeia de forma a estar preparado para as “disputas e discussões” que este século e, de forma especial, o futuro imediato, têm pela frente.
É preciso que o cristão leia e medite na sua Bíblia e faça passar pelo filtro da Palavra cada um dos desafios que se lhe coloca.

O cristão deve estar preparado para frente à corrupção mostrar o pudor e a probidade; face à injustiça responder com esperança e alternativas; face ao comodismo motivar à pro-actividade. O cristão tem que ser revelação de Deus . Saber sê-la e saber passá-la. Por isso, o cristão tem que deixar de ser “denominação” para ser vida e vida em abundância.

O cristão não pode ser um ornato ou um adorno permanente dos bancos das diversas igrejas existentes, argumentando entre si sobre diferentes baptismos, diferentes exegeses, etc.; antes deve ter consciência da sua sinergia enquanto igreja de Cristo, dialogando, trabalhando humildemente juntos e evitando mexericos e juízos; deve saber viver o grande desejo de Jesus para todos os seus seguidores e que consistia tão só em que todos fossem um.

Fazer parte dos dias que correm implica entender e viver a pós-modernidade. Porquê? Porque as mudanças a todos os níveis que ocorreram nos últimos 50 anos contribuíram de forma decisiva para mudar, de forma radical a maneira de pensar e estar de uma sociedade e, por consequência, da Igreja de Cristo, porque esta é viva, está viva e não pode estagnar, paralisar, agarrar-se às tradições e condenar-se ao imobilismo.

Não que a Bíblia ou o Evangelho se tenham alterado. De forma alguma! Apenas não pode deixar de ser meditado, entendido e vivido, respondendo às exigências de cada dia. Se os cristãos não souberem usar a sua Bíblia para viverem, testemunharem e apresentarem alternativas para os nossos dias, eles não passam de cidadãos do mundo secular esquecidos da sua cidadania enquanto herdeiros do reino de Deus. Passam a ser povo que não exerce influência, fazendo a diferença que se anseia; mas é influenciado e passa a viver um estilo de vida equivocado, assimilando os valores do mundo.

Como os cristãos não são ascéticos, no sentido de uma vida apenas espiritual e contemplativa e nem devem isolar-se em comunidades estanques, devem ter sempre bem presentes os valores da sua cidadania divina, e serem cidadãos de sã moral e vida irrepreensível, conscientes de direitos e responsabilidades, de forma a serem testemunhas pro-activas nos contextos em que se inserem, em que vivem e trabalham.

É tão ténue por vezes a linha da fronteira e tão desejável o outro lado; o dos prazeres imediatos, das fortunas sem trabalho, dos favores comprados, do deixa andar que não há-de ser nada. Mais do que nunca, os cristãos precisam ser, precisam estar, precisam da máxima conhecida por “mulher de César”: não basta serem sérios e honestos, devem parecer sérios e honestos.
Os cristãos precisam de uma participação enquanto cidadãos deste país na vida pública, quer através de processos de representação política, quer através do empenhamento nas instituições, organismos e outros da sociedade civil.

Os cristãos precisam ser testemunhas relevantes da Palavra, perante o que significa estar integrado e comprometido com os princípios e valores fundamentais da democracia portuguesa. Não esquecendo quem é o Senhor e contribuindo decisivamente para ser “sal” (nem demasiado insonso porque não tem sabor, nem demasiado salgado porque não presta) e “luz” (o ponto luminoso em que todos reparam no meio da escuridão que é uma sociedade a corromper-se e a desmoralizar-se)
É preciso que o cristão tenha a noção do que o rodeia. É preciso que saiba avaliar e redimir cada coisa, cada partida, cada peleja com os valores imutáveis da Palavra divina. É preciso que o cristão se organize, aprenda a pensar e a anunciar objectivos. É preciso que adquira um corpo de conhecimentos, competências e capacidades de intervenção, chamando à discussão pública temas pertinentes e actuais.

Entender e viver a pós-modernidade implica os cristãos serem revelação de Deus. Saber sê-la e saber transmiti-la. Ser, ter e viver as alternativas, seja no campo político, jurídico, social, etc. Como cristã, recuso-me a fazer parte das beatas, dos ornamentos, das denominações que apenas inibem o movimento, a mudança e a beligerância. Não quero que Greg Laurie tenha razão quando diz: “Eu receio que nós, cristãos, sejamos mais frequentemente conhecidos por aquilo a que nos opomos, do que por aquilo que aprovamos.”

A César o que é de César, a Deus o que é de Deus
Jan 8th, 2010 by M.J. Ferreira

Hoje foi aprovado na Assembleia da Republica a legalização do casamento homossexual tendo por base o diploma apresentado pelo Governo. Disse José Sócrates que com o “sim” ao casamento homossexual será dado um passo significativo contra a discriminação.

Pessoalmente, e já tinha emitido a minha opinião, preferia que fosse feito um Referendo sobre a matéria que permitisse sem dogmatismo ou fanatismo discutir o tema em toda a sua amplitude e implicações. Foi pena que, como frisou Telmo Correia, num país onde dizemos que a sociedade civil não participa, uma petição assinada por mais de 93 mil pessoas, para além de ser notável, seja ignorada completamente pelos deputados do PS, Bloco , PC e Verdes que já manifestaram o seu voto contra. O interessante destas 93.000 assinaturas é que incluíam pessoas que tanto votariam a favor como contra o casamento homossexual.

Friso ainda que os deputados livremente eleitos pelo povo português e a quem representam têm muito pouca liberdade de se exprimir e representar o povo que os elegeu, especialmente no caso do PS que impôs também para a questão do Referendo e da adopção por casais homossexuais a imposição do voto (excepção dada apenas a alguns poucos deputados). Um passo importante contra a discriminação…

Aproveitando ainda este pedaço do “passo importante contra a discriminação”, do discurso do Primeiro Ministro, é interessante notar que o casamento agora aprovado com tanta pressa (e com a desculpa que fazia parte do programa eleitoral do governo) discrimine a adopção. Mais uma vez a desculpa, desta vez que não fazia parte do programa eleitoral. Penso que para o Governo isto é uma incoerência enorme e uma hipocrisia completa. Até porque, de acordo com a jurista Isilda Pegado, não há possibilidade legal de fixar a existência de casamento, sem se admitir a filiação. Depois, ainda há outras discriminações que podem resultar da aprovação do casamento homossexual uma vez que, por exemplo, nos casos de tratamentos de infertilidade, estes ficarão disponíveis para lésbicas casadas mas não para as que vivam “maritalmente” ou que sejam solteiras. Enfim, tudo à pressa, sem uma discussão capaz, e que esclareça e seja esclarecida!

Falta agora esperar pela apreciação do Presidente da República.

Pessoalmente, no caso de haver um Referendo, votaria contra. No entanto, atendendo ao que este Governo já mostrou de opiniões relativamente à família, esta era uma situação esperada. Se era importante que fosse agora, eu, sinceramente, tenho dúvidas. O Governo tem mandato para uma legislatura de 4 anos e, neste momento, o que é importante é o Orçamento de Estado. É isso que vai determinar que tipo de Estado vamos ter a governar-nos e que tipo de despesas e contenções têm que ser feitas. A não ser que o Governo saiba mais do que aquilo que nós sabemos e esteja à espera de cair rapidamente.

Apesar de a minha posição ser contra, concordo com o que Sócrates disse relativamente ao assunto, nomeadamente que a lei aprovada em nada prejudica os direitos, nem as crenças, nem as opções de vida. Realmente, os meus direitos não ficam afectados, as minhas crenças muito menos e as opções de vida continuam intactas. É por isso que acho uma falsa premissa o ataque à Igreja por parte daqueles que queriam a lei aprovada. Já não concordo quando Sócrates diz que assim teremos uma sociedade melhor (teremos uma sociedade melhor quando todos os portugueses tiverem qualidade de vida que seja digna) e que esta lei é de  concórdia e harmonia social (não pode haver concórdia, nem harmonia sem que todos, todos é a sociedade, sem que todos possam ser ouvidos, sem que se discuta em liberdade e se esclareça e se seja esclarecido).

O facto da lei estar aprovada não implica que eu, ou quem pense como eu, ou tenha o mesmo tipo de crenças ou opções enverede pelos caminhos que a lei passa a permitir. Aliás a Bíblia, que tenho como regra de fé e vida, é muito clara: a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Para perceber, considerem-se três aspectos: a Bíblia (divina), a Tradição (humana, baseada no passado) e a Razão (humana, relativa ao presente). Tenho duas regras. A primeira diz que se a Razão e a Tradição contrariarem a Bíblia, eu sigo a Bíblia. É o que acontece para esta minha forma de estar relativamente ao casamento homossexual. Cabe em dois aspectos mas não naquele que escolhi para o meu caminho. A segunda regra diz que se a Bíblia não contrariar a Tradição ou a Razão, utilizo as três. Inclui-se aqui, por exemplo, o pagamento dos impostos – a que não devo fugir, a cidadania responsável, comportamentos adequados em sociedade, a solidariedade, não roubar, não corromper,  nem ser corrompido, etc.

Devo ainda acrescentar que não tenho nada contra os homossexuais. Fazem parte do mundo e Deus ama o mundo que criou. Assim, eu própria os devo amar. Diz o mandamento: ama ao próximo como a ti mesmo. O facto de perceberem que a homossexualidade não é defendida biblicamente compete aos próprios homossexuais que se aproximem da igreja de Cristo. É a eles que é dada a escolha e têm livre arbítrio para o fazerem. A César o que é de César, a Deus o que é de Deus.

A família deixa (deixou?) de ser um espaço de cumplicidades
Nov 5th, 2009 by M.J. Ferreira

Quando olho à minha volta, uma das coisas que mais me preocupa é a forma como a educação se tem desenvolvido. Não estou a falar, pelo menos agora, sobre os manuais ou os currículos escolares ainda que neles a qualidade seja um dos factores mais importantes, a par de profissionais responsáveis que os ponham em prática duma forma que motive e responsabilize os seus destinatários. Não é para menos, os miúdos vão ser em alguns anos o futuro deste país.

Agora, falo das bases, dos alicerces, da própria família e até parece que os pais se andam a portar pior que os filhos.

Freud disse uma vez que “a educação consiste em saber como dar à criança a quantidade certa de amor”. Se lermos esta frase com atenção e concordando ou não com ela, seja qual for a nossa religião, sexo ou raça, não nos deixa indiferentes. No entanto, nos nossos dias dar a quantidade certa de amor tem-se revelado uma dor de cabeça para pais e filhos ao mesmo tempo.

As famílias hoje, para além dos problemas financeiros, dos medos e ansiedades que um emprego precário acarreta, debatem-se com a falta de tempo. E esta falta de tempo repercute-se a nível familiar onde os nossos compromissos como pais e educadores são vencidos pelo cansaço, stress, rotinas e sei lá mais quê. Lentamente temo-nos afastado das responsabilidades e substituído o amor por coisas práticas que os miúdos desejam e apalpam.

Até na mesa das refeições notamos o afastamento. Até porque na maior parte dos casos as refeições são acompanhadas por ruídos de fundo: telenovelas, futebóis, notícias e imagens chocantes, etc., etc.

Perde-se (perdeu-se?) a capacidade de partilhar os bons e os maus momentos do dia, de dialogar, de expressar os nossos sentimentos. A situação piora um pouco se na família, os horários a cumprir por cada um, não permitem que se sentem todos, calmamente, à mesma mesa.

A família deixa (deixou?) de ser um espaço de cumplicidades, com pontos de referência comuns, para ser um espaço onde cada um fala uma linguagem que não é entendida pelos outros. E é muito triste quando numa mesma família parece que todos falam estrangeiro entre si.

A família parece unida, vivendo na mesma casa, mas quantas vezes não estão os miúdos fechados no quarto ou em frente do televisor ou, simplesmente, deambulando por aí na escola da vida, procurando as referências certas para sobreviverem no futuro, de uma forma melhor que o exemplo que vêem em casa?

Se calhar, nós, os pais, até achamos que esta forma de estar é prática. Se calhar, já tivemos tantas chatices no emprego, nos transportes, na caixa do correio com as contas que acabaram de chegar que a nossa cabeça está a arrebentar. Depois, os miúdos só fazem reclamações, exigências, barulho…

Deixamos que as coisinhas pequenas se transformem em autênticas bolas de neve. Depois ficamos surpreendidos com a falta de rendimento escolar, com a linguagem que usam, com a falta de disciplina, com a falta de hábitos, com a hora a que se deitam, com os filmes que vêem, …

Que fazemos?

Quantas vezes lhes exigimos que sejam os melhores (esses são os que não dão problemas!) e não aplaudimos os seus esforços que não dão mais que um “Satisfaz”?

Quantas vezes não responsabilizamos a escola, os professores, a igreja – se a frequentamos, e até o próprio governo por aquilo que são as nossas responsabilidades?

Quantas vezes não somos demasiado permissivos como forma de compensar os erros que cometemos e tardamos a reconhecer? Em vez de segurança e responsabilidade bombardeamos os miúdos com gritos, ralhos e ameaças que incentivam a discórdia, atitudes de protesto e uma revolta latente.

Quantas vezes não escolhemos transformar o nosso amor, a simples palavra “amo-te” ou como se diz em português “gosto muito de ti” numa atitude permissiva onde a palavra “não” há muito foi abandonada pelos traumas que julgamos pode causar? Quantas vezes para compensar a nossa falta de tempo não vamos fazer mais um sacrificiozinho e compramos a PlayStation, aquele jogo ou a Barbie dos bebés tão desejados? Sacrifício atrás de sacrifício e eles não entendem.

No entanto somos nós que não entendemos que eles e elas apenas querem ser eles próprios. Querem ser amados pelo que são e crescer úteis e felizes, com um tempo certo para cada coisa.

O mais giro é que os miúdos quase sempre deixaram uma pista, deram-nos todas as indicações que precisavam da nossa ajuda e nós, com a nossa falta de tempo, não percebemos e ignorámos os sinais.

Se pensamos que as diversas crises de crescimento como “a idade da prateleira”ou a adolescência passam e explicam todas as coisas “chatas” e desagradáveis e esperarmos calmamente sentados pode ser tarde.

Não podemos “abandonar” os nossos filhos, o futuro deste país, por mais tempo. Até porque eles se apresentam grandes Schwarzenegers em casa e com os amigos mas a realidade é que são uns anõezinhos na vida.

“Percamos” tempo a ouvi-los. Arranjemos espaço e oportunidade para o diálogo. Descubramos o prazer de sermos pais responsáveis que naturalmente erram. Quando falhamos, que o pedido de desculpas seja algo que faz parte intrínseca do nosso vocabulário. Depois, não permitamos que as nossas frustrações, aquilo que nós próprios não conseguimos, lhes seja exigido.

Façamos-lhes a carícia que eles, mesmo espigadotes com a “crista” a crescer acham “careta” mas adoram. Reaprendamos o hábito dos passeios, da história ao deitar ou das histórias da família. Não permitamos que os nossos filhos cresçam órfãos de pais vivos. Reaprendamos a ser pais. No nosso lar já começou a grande aventura que é criar o futuro de Portugal.

Na Bíblia está escrito: ensina à criança o caminho por onde deve andar e quando for velho ainda continuará a andar por ele.

É só preciso aprendermos a dar-lhes a quantidade certa de amor.

“Não são as ervas más que afogam a semente, mas sim a negligência do lavrador” – Confúcio

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