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Notas soltas
Nov 26th, 2013 by M.J. Ferreira

Aceitei no FB um desafio. Fazer parte da leitura diária do Livro de Provérbios durante o mês de Novembro. 31 capítulos, um para cada dia. Comecei já passava do meio do mês e tive que ler mais apressadamente os vinte primeiro capítulos. Tal não significa sem entendimento ou de forma descuidada. De maneira nenhuma.

O Livro de Provérbios é um Livro de Sabedoria e esta é algo necessário seja qual for o ano, o milénio, o século, o contexto em que vivemos. Devia ser estudado mais amiúde e aplicado na vida diária com tenacidade e constância.

Embora aos fins de semana não publique no FB, lá vou deixando as minhas impressões face a determinado versículo do capítulo diário. Ao fazê-lo, desafio-me a mim própria a sair da letargia do comodismo e a aceitar o que o Pai quer modificar na minha maneira de ser, estar e pensar que não lhe agrada. Mas também, espero, possa despertar outros de várias maneiras que até aí desconheciam ou, simplesmente, instalar neles o desejo de conhecerem o Livro. Nada é em vão.

Para mais tarde recordar, deixo aqui algumas das impressões postadas. Que cada um que aqui chega possa fazer uso delas de forma proveitosa.

“3:27 “Quanto for possível, não deixe de fazer o bem a quem dele precisa.”
Porque gostamos de complicar o que é tão simples?”

22:6-“Instrua a criança segundo os objectivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.”
Este versículo é praticamente um clichê mas o mandamento que encerra é das mensagens mais necessárias para o restabelecimento/renovação/fortalecimento da sociedade porque tem o poder de a modificar para a glória de Deus enquanto nos enche de esperança pela Sua provisão e graça. Começa em cada uma das nossas famílias.

<em>”25:21: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber.”
Reparei ao publicar que este versículo se tem repetido ao longo do dia de hoje. Provavelmente porque nos incomoda. Não só nos impele a prover para os que passam dificuldades, como nos incita a fazê-lo directamente àqueles que não nos merecem simpatia, não pensam como nós, não defendem o que defendemos e/ou que consideramos inimigos. Muitas vezes este “comer” e “beber” é simplesmente uma oração que tarda em sair do nosso coração.
Este versículo não só não tem nada de passivo, como não nos deixa indiferentes. O passo seguinte é começar a “treinar” este principio.
Penso que será um dos propósitos do desafio inerente à leitura de Provérbios durante o mês de Novembro: sermos ensinados a alcançar mais sabedoria, de forma a podermos exercer nos contextos em que estamos inseridos uma vida de testemunho cristão.”

“26.21: “O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira, o amigo de brigas é para atiçar discórdias.”
Hoje, ao ler sobre insensatez no capítulo 26 este versículo despertou a minha mente, alerta que está para o contexto da sociedade civil a passar por dificuldades ao nível moral, financeiro, económico, de justiça, saúde e ensino com consequências nefastas e devastadoras na confiança, na proactividade e assertividade necessárias para dinamizar e insuflar esperança num povo cansado.
Faz-nos falta pessoas “desamigas” de brigas. Pessoas que não pactuem com provocações, discórdia ou disputas. Faz-nos falta pessoas que não critiquem gerando divisões; antes tenham um discurso que congregue e una em torno dum objectivo comum, com alternativas viáveis e responsáveis.
Quando penso no que somos e no que temos enquanto cristãos, não tenho dúvidas que a solução passa por nós. No entanto, quantas vezes, discutimos baptismos, denominações, bla, bla, bla e nada acrescentamos à sociedade tão sem rumo. Assim soubéssemos lidar com o exemplo maior da própria Trindade que nos mostra comunhão e unidade no meio da diversidade.”

Depois acrescentarei outros comentários à medida que os for fazendo diariamente.
Cá estão. Promessa cumprida 🙂

“28:2 Os pecados de uma nação fazem mudar sempre os seus governantes,
mas a ordem se mantém com um líder sábio e sensato.”
Que versículo mais actual para os tempos que vivemos. Se por um lado temos governo eleito e com maioria no parlamento, por outro, temos meio mundo a querer pô-lo na rua.
Da maneira como a sociedade se encontra cheia de vícios e falta de moral e ética precisávamos mesmo dum líder sábio e sensato. Onde está ele? Como encontrá-lo?

“28:5 Os homens maus não entendem a justiça, mas os que buscam o Senhor
a entendem plenamente.”
Isto abona no que penso que os cristãos têm a solução. Já o escrevi aqui dias atrás. Mas, mesmo os cristãos, estão divididos e muitas vezes centrados em doutrinas de prosperidade rápida em vez de discipulado e humildade. No meio da diversidade, não comungamos união e unidade. Testemunhamos exactamente o contrário da Trindade.

Somos duplamente responsáveis. Não só somos cidadãos no contexto em que estamos inseridos como somos cidadãos do Reino e esta cidadania deveria ser suficiente para nos alertar, motivar e ajudar a reformar o que sabemos não faz parte da vontade de Deus para a Sua Criação.

O meu.. o teu… o de Deus
Sep 25th, 2013 by M.J. Ferreira

Todos os dias descubro mensagens de encorajamento e motivação no meu devocional. O de hoje, lembrava-me como Deus, apesar de tantas vezes vermos prosperar os que não olham a quaisquer meios para atingir os seus fins, tem um propósito que visa aperfeiçoar-nos. Ele não nos nega “as coisas boas”; apenas, elas têm um tempo certo para nos serem dadas. Entretanto, a nossa perseverança em nEle confiar desenvolve-se e aprendemos a dependência na Sua vontade, no seu propósito para a nossa vida.

A propósito do propósito, fui hoje assaltada com um pensamento que tem a ver com propósitos meus e de outros irmãos na fé relativamente a assuntos de todos os dias. Hoje, ao ler sobre os professores, confesso que na minha maneira de ver concordo no geral com as políticas do Governo. Já foi o tempo em que ser professor era uma profissão com colocação certa. Isto fez que a profissão tivesse os profissionais verdadeiramente vocacionados e os outros. Com a demografia que é a nossa e as dificuldades económicas, não me “choca” que cada vez sejam necessários menos professores e, por isso mesmo, acho estúpidos a maior parte dos protestos dos sindicatos. Condeno o “lobby” instalado na classe e defendo uma avaliação independente e uma formação pertinente e contínua a cada professor. Como se costuma dizer, sou do tempo em que as classes tinham mais de trinta alunos, incluíam diversos graus de ensino em simultâneo e até ao sábado tínhamos aulas. Não me lembro de não ter aulas por falta de professores e recordo com respeito os “castigos” que me foram impostos que, ao invés de me traumatizarem, me ajudaram, também, a ser a mulher que sou hoje.

Entretanto, e voltando aos diversos propósitos, tenho alguns amigos professores que comungam da mesma fé e eles têm pensamentos diametralmente opostos aos meus. Eles têm o seu propósito e quando falam com Deus apresentam-lhe os seus problemas vistos à sua maneira. Eu, e muitos outros como eu, ao falarmos com Deus sobre o assunto, o nosso propósito, o que temos em mira que gostávamos que acontecesse não se coaduna com os desejos daqueles. O que eu acho bem é o que outros da mesma fé acham mal e os que eles acham mal, eu e outros como eu, defendemos como bem. Em ambos os grupos, apresentamos a Deus desejos que julgamos acertados e que defendemos acreditando que são os propósitos que fazem a “vontade de Deus”.

Quando, hoje, no Livro dos Salmos posso ler a promessa de que mesmo que o inimigo do justo (nome dado na Bíblia ao povo de Deus) possa florescer por um tempo, Deus derramará as suas bençãos sobre os justos; a minha mente questiona quem são os justos no caso dos professores, uma vez que há diversos propósitos no povo de Deus para tal assunto? Ou quem são os justos em tantos outros assuntos onde opiniões divergem? A diversidade mostra a falibilidade humana. Nem sempre certos, meio certos ou errados. A este respeito, só me ocorre que, apesar do “meu” e/ou do “teu” propósito, há o propósito de Deus e qual é este?

O propósito de Deus para as nossas vidas não é um mistério. Ele, de certa forma, foi revelado por Jesus quando resumiu todos os mandamentos em apenas dois: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar as pessoas como a nós mesmo. Ao amar a Deus sobre todas as coisas, eu vou perceber que preciso continuamente dEle, da Sua Palavra, onde bebo o exemplo de Jesus e percebo a Sua orientação mediante o trabalho do Espírito Santo em mim.

Ao amar as pessoas como a mim mesmo, eu vou perceber a dificuldade do acto de amar porque vou ter que amar o que é igual e diferente de mim, que pensa parecido ou diferente de mim, o que age de forma semelhante ou de maneira diferente. Ao amar os outros como a mim mesmo, eu vou perceber que errar recomenda o perdão, que perdoar aconselha a esquecer e que esquecer não significa guardar na memória para atirar na primeira oportunidade mas deitar para trás das costas e continuar amando.

Nesta encruzilhada de amar os meus irmãos encontro-me hoje quando os nossos propósitos divergem tanto em assuntos comuns e reais de todos os dias. Mas, se na sua realidade de tantos séculos, o povo de Deus tem experimentado da compreensão de Deus, é, também, e ainda, na nossa realidade que temos a compreensão de Deus, do Seu propósito, da Sua graça. Dia após dia, à medida que nos “enchemos com a Sua Palavra, podemos experimentar uma relação poderosa com Ele, seja quais forem as situações que nos são colocadas, sejam elas provas difíceis que temos de superar ou alegrias e sentimentos de contentamento. Os nossos propósitos de vida encontram, então, e abraçam, o propósito de Deus em cada desafio da vida.

Viver cada experiência sabendo que Deus participa delas, ensina-me e comunica-me mais um pouco do Seu carácter, ao mesmo tempo que me incentiva a caminhar sempre um pouco mais na Sua direcção. Porquê tanta opinião diferente, tanta interpretação, tamanha democracia no seio da comunidade cristã? Não é assim com todos?

Recordo Paulo aos Coríntios quando ele os adverte que tudo lhes é permitido mas nem tudo serve para edificação perante o Senhor. Podemos pensar de diversas maneiras, tecer milhares de diferentes interpretações, opinar de variadas maneiras. Tudo nos é permitido. No entanto, nem tudo nos edifica perante Deus. Esta percepção, ao invés de castrar a nossa razão, eleva-a a um patamar mais alto de compreensão que, na maioria, dos casos, não sabemos explicar ou colocar em palavras face às realidades que vivemos. Mais uma vez. Foi em sua realidade que Israel provou da compreensão de Deus e do Seu propósito. É na nossa realidade que temos a compreensão de Deus, do Seu propósito, da Sua graça.

Isto acontece dia após dia, à medida que experimentamos uma relação poderosa com Deus. O nosso propósito, não importando as situações adversas, não importando as provas difíceis, não importando os desafios da vida, será moldado ao propósito divino. À medida que somos moldados podemos experimentar a unidade que temos na fé em Jesus. Poderemos falar a uma só voz e, então o mundo em que estamos inseridos, perceberá finalmente que, apesar de todas as nossas diferenças, a diversidade não é sinónimo de caos mas unidade e comunhão.

Infelizmente, estamos ainda longe da unidade por que Jesus orou antes de morrer. Se não tivermos cuidado, podemos facilmente ficar preocupados ou até mesmo obcecados em encontrar o propósito de Deus para as nossas vidas. Nesta busca, deixamos muitas vezes que a nossa razão se sobreponha à fé quando fé e razão ao invés de se antagonizarem se completam humildemente sem preconceitos e antagonismos.

Não vou perceber imediatamente o porquê de continuarmos divididos. Percebo as desvantagens disso. Por mim, e apesar de errar diariamente, continuarei a buscar a Deus diariamente e a seguir os conselhos da Palavra. Abomino as muitas denominações religiosas e anseio pela unidade por que Jesus orou. Depois, num mundo onde se experimentam tantas razões e opiniões, Paulo, no Livro aos Romanos, dá um conselho útil para qualquer tempo, para qualquer geração: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da vossa mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Um dia seremos um como o Pai, o Filho e o Espírito são um.

Jun 4th, 2013 by M.J. Ferreira

Nem eu sei que título devo colocar no post de hoje.
Mais, nem sei bem o que escrever. Não tenho palavras adequadas que exprimam o que sinto neste momento.
Ontem, uma grande amiga e irmã na fé, telefonou-me para partilhar um diagnóstico cancerígeno que lhe foi feito. Sei que, como cristãos, através do relacionamento que temos com o nosso Deus, não há diagnóstico que possa prevalecer sobre a Sua graça e misericórdia. Não há diagnóstico que se sobreponha à Sua bondade e amor para cada um dos seus. Não há diagnóstico que não possa ser diluído no poder da oração.
Contudo, como humana que sou, ao mesmo tempo que oro e entrego a minha amiga aos Seus cuidados, pedindo por ela, pela sua família, por força, resiliência, confiança e esperança, permito que a apreensão gere reacções de incerteza e temor.
O meu devocional de hoje, em Jeremias 33:3, foi a forma que o Pai encontrou para me confortar a “chamar à razão”. Recordou-me uma promessa: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.”
Embora estas palavras tenham sido dirigidas a Jeremias sobre o futuro de Jerusalém; a verdade é que esta promessa é verdadeira para nós também de tantas maneiras especiais. O Pai quer que nós O invoquemos. Muitas vezes, Deus quer que “ginastiquemos” a nossa fé através da oração. Precisamos verbalizar as nossas ansiedades, receios e medos antes Dele nos abençoar com aquilo que anseia nos dar. Há tantas coisas que desconhecemos.
Muitas vezes falta-nos a habilidade de compreender e receber toda a grande verdade sobre Deus. Ele é grande demais e glorioso demais para podermos compreender totalmente a Sua graça, a Sua vontade, o Seu amor. Não se pode esquadrinhar o Seu entendimento. Mas o cuidado que tem com cada um de nós revigora a nossa resistência quando estamos cansados e multiplica as nossas forças quando o vigor se esfuma.
Isaías (40:30-31), lembra-nos disso mesmo: “Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas
como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”
Apenas o Pai pode assegurar que sobrevivamos ao impensável. Por isso, O invoco, nEle espero e dEle dependo. Como a minha amiga, com a minha amiga. Agradecemos o quanto Ele nos sustenta nos tempos difíceis, o quanto nos abençoa no quotidiano das nossas vidas e humildemente suplicamos que, em qualquer situação, seja a nossa ajuda e força.

Bento XVI
Feb 13th, 2013 by M.J. Ferreira

Primeiro pensei que era brincadeira de Carnaval. Mas, ao mesmo tempo, custava-me a acreditar que pudesse haver tão mau gosto. A realidade é que, nem era brincadeira, nem, penso, alguém estaria à espera de tal notícia.

Foi uma surpresa muito grande, mas, ao mesmo tempo, merece-me o maior respeito, a decisão de Bento XVI de resignar a partir de dia 28 de Fevereiro, às 20h00.

Não é costume assistir-se a tamanhos actos de coragem e profunda humildade por parte de homens que desempenham os mais altos cargos da hierarquia nas estruturas/instituições a que pertencem. Bento XVI prima assim, na minha opinião, por um enorme exemplo de dignidade, lucidez e grandeza que, atrevo-me a dizer, deve ser apanágio dos homens de Deus.

Sou cristã. Protestante. No entanto, não sou preconceituosa e não tenho qualquer problema em escrever que, desde sempre, tenho manifestado o meu apreço pelo teólogo. Mais que uma vez, no meu círculo de amigos, o afirmei. Mais que uma vez o citei. O seu legado nesta área é vasto, profundo e pertinente.

Na missa a que presidiu, hoje, quarta-feira de cinzas, Bento XVI agradece aos fiéis da diocese de Roma, ao mesmo tempo que pede orações. Ao mesmo tempo, deixa uma mensagem de palavras tão simples quanto preciosas acerca do genuíno Senhor da Igreja e daquele que é o verdadeiro testemunho do discípulo de Cristo no contexto em que se insere, enquanto aguarda a recompensa eterna.

“Penso em particular nas culpas contra a unidade da Igreja, nas divisões do corpo eclesial. Viver a Quaresma numa mais intensa e evidente comunhão eclesial, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso para os que estão longe da fé ou indiferentes.”

O Papa aproveita para recordar que “Jesus denuncia a hipocrisia religiosa, comportamento que quer sempre aparecer, as atitudes que procuram aplauso e a aprovação”.

“O verdadeiro discípulo não se serve a si próprio nem o público, mas o seu Senhor na simplicidade e generosidade. Deste modo o nosso testemunho será cada vez mais incisivo quanto menos procurar a nossa glória, estaremos conscientes que a recompensa do justo é o próprio Deus”.

Confio que Bento XVI terá escolhido, nesta sua decisão, o caminho da simplicidade e generosidade. Um grande homem. A minha oração é que o teólogo deixe o Espírito de Deus iluminar os seus estudos e meditações, de forma a que o Senhor da Igreja, no tempo certo, pegue na sua mão e lhe diga: a tua fé te salvou.

Adenda: A imagem está a correr o mundo e é uma das mais comentadas na internet: um relâmpago, sobre a Basílica de São Pedro, no Vaticano. O fenómeno aconteceu horas após o Papa Bento XVI anunciar a resignação esta segunda-feira:

thumbs.sapo.pt

# 134
Mar 6th, 2012 by M.J. Ferreira

“Não tente apenas ser melhor que seus contemporâneos e antepassados. Tente ser melhor que você mesmo.”
William Faulkner

Hoje, ao ver um velho episódio antigo de uma das minhas séries preferidas do AXN (Criminal Minds), fui confrontada com esta frase de Faulkner.
Confesso que gosto deste tipo de frases que entendo como recados que nos desafiam a ir mais longe, nos provocam e nos inspiram.
Chamo-lhes “Recados” aqui no Blogue porque são isso mesmo. Especificamente esta frase que hoje publico considero-a tão pertinente nos tempos que vivemos. Seria extraordinário se todos tivéssemos apenas o desejo de em cada dia sermos melhores daquilo que já fomos no dia anterior. Tão mais fácil seria ultrapassarmos situações de conflito, de inveja, de cobiça ou de intrigas.
Estou longe de ser perfeita ou de executar todas as tarefas com perfeição. Nem sempre penso ou digo o que é perfeito; mas – e não é falta de modéstia ou de humildade – penso, que posso afirmar que todos os dias pretendo ser um pouco melhor. O meu relacionamento com o Pai é o ponto de partida para o conseguir. Todos os dias, Ele me ensina a superar-me. Todos os dias, Ele me dá a mão para me apoiar. E, quando, desanimada ou sem alento, Ele carrega-me nos Seus braços até eu ser capaz de continuar a Seu lado.

Oração
Jan 10th, 2012 by M.J. Ferreira

Peço desculpa de estar em inglês mas gostei deste pequeno vídeo sobre oração.

Para o poder ver clique a seguir em  A time for prayer

 

 

(estou a preparar uma tradução que espero acrescentar amanhã)

 

 

Dezembro
Dec 5th, 2011 by M.J. Ferreira

Dezembro chegou tão depressa. Nem acredito que estamos outra vez no Natal (praticamente!!!) Como é tradição, já fizemos a árvore de Natal e um Presépio que nos recorda o Menino que se fez Homem e morreu numa cruz por cada um de nós. Ressuscitou e, tendo ressuscitado, garante-nos a eternidade na casa do Pai.

Para nos recordar o verdadeiro Espírito Natalício e que o verdadeiro Natal só acontece quando Jesus nasce nos nossos corações, o nosso Presépio ostenta o pão e o vinho no lugar do Menino. A todos, Ele ensinou, que era o Pão da Vida e o Vinho da Salvação. Alimentados por Ele e pela Sua Palavra, o Natal acontece, então, todos os dias.

Para aqueles que entendem o sentido dessas palavras, seja quais forem as situações que os dias nos vão trazendo, há a certeza de que não estamos sós e que, quando a cruz é demasiado pesada, não há nada, nem ninguém, que nos separe do amor do Pai.

Desta forma, o espírito do Natal de Cristo vivo e presente nas nossas vidas, permanece em nós e nós nEle. Como Ele ensinou somos luz no contexto em que estamos inseridos. A luz não existe para estar confinada a um espaço mas para que esse espaço tenha a claridade para ver e apreciar o que não era visível até então.

O mundo precisa de homens e mulheres de boa vontade que trabalhem para que o Natal aconteça em todos os recantos deste nosso mundo, desfazendo os ódios, as ganâncias, o egoísmo, a violência e cultivando a ternura graciosa de Deus que se fez pequenino para nos tornar grandes. Que cada um de nós possa irradiar a luz que, por muito humilde que seja, transmite a paz que excede todo o entendimento, e, sobretudo, muito amor, sabedoria e optimismo.

David e Golias
Oct 13th, 2011 by M.J. Ferreira

Acabei de ouvir o Primeiro Ministro a informar as linhas do próximo Orçamento do Estado.
Foram apresentadas medidas muito duras que implicam um corte sem precedentes no estilo de vida a que estávamos habituados.
Vai ser preciso um esforço enorme para levarmos por diante a tarefa que temos pela frente.
Vai ser preciso acreditar que a “vitoria” nos pertence.
Vai ser preciso resistir à desmotivação, à desistência, ao mal-dizer, à descrença e ao “fado do destino”. É preciso, com convicção, dizer não aos exemplos que vêm da Grécia. Nós não somos como os gregos.
Lembrei-me do episódio bíblico de David e Golias.
Quando David aceitou o desafio do filisteu, ele era apenas um jovem pastor, sem armas ou poderio que se comparasse ao do gigante que tinha pela frente. A sua fé deu- lhe a confiança da vitoria num combate desigual. Ele não temeu e, indignando-se da vergonha que Golias trazia ao seu povo, com apenas uma fisga e algumas pedras, atingiu em cheio o monstro que ria divertido perante o “fracote” adversário que lhe queria fazer frente.
Face aos tempos que vivemos e ao desafio gigantesco que temos à nossa frente, temos que ser David.
Os que, como David – onde me incluo, têm a sua fé em Deus, sabem que tudo podem nAquele que os fortalece. Aliás, o nosso Deus, Pai, Filho e Espirito Santo, é o exemplo melhor e mais alto do que precisamos enquanto povo: a unidade e a comunhão no meio da diversidade. A vitoria à adversidade pertence-nos.
Os que não conhecem a Deus conhecem pelo menos a história de David e Golias. É possivel a vitoria. Com cooperação, concertação humildade, persistência e ordem.
Amanhã, e depois, e depois, e depois, e …, são dias de trabalho. Vamos a arregaçar as mangas.

20111014-100139.jpg

Em destaque:
Famílias vão ter que ser reeducadas para viver com 12 ordenados

Fim do subsídio de férias e Natal no sector público acima de mil euros

Rei não pode comer faisão quando o povo come broa

Imprensa internacional faz eco da austeridade em Portugal

David e Golias
Oct 13th, 2011 by M.J. Ferreira

Acabei de ouvir o Primeiro Ministro a informar as linhas do próximo Orçamento do Estado.
Foram apresentadas medidas muito duras que implicam um corte sem precedentes no estilo de vida a que estávamos habituados.
Vai ser preciso um esforço enorme para levarmos por diante a tarefa que temos pela frente.
Vai ser preciso acreditar que a “vitoria” nos pertence.
Vai ser preciso resistir à desmotivação, à desistência, ao mal-dizer, à descrença e ao “fado do destino”. É preciso, com convicção, dizer não aos exemplos que vêm da Grécia. Nós não somos como os gregos.
Lembrei-me do episódio bíblico de David e Golias.
Quando David aceitou o desafio do filisteu, ele era apenas um jovem pastor, sem armas ou poderio que se comparasse ao do gigante que tinha pela frente. A sua fé deu- lhe a confiança da vitoria num combate desigual. Ele não temeu e, indignando-se da vergonha que Golias trazia ao seu povo, com apenas uma fisga e algumas pedras, atingiu em cheio o monstro que ria divertido perante o “fracote” adversário que lhe queria fazer frente.
Face aos tempos que vivemos e ao desafio gigantesco que temos à nossa frente, temos que ser David.
Os que, como David – onde me incluo, têm a sua fé em Deus, sabem que tudo podem nAquele que os fortalece. Aliás, o nosso Deus, Pai, Filho e Espirito Santo, é o exemplo melhor e mais alto do que precisamos enquanto povo: a unidade e a comunhão no meio da diversidade. A vitoria à adversidade pertence-nos.
Os que não conhecem a Deus conhecem pelo menos a história de David e Golias. É possivel a vitoria. Com cooperação, concertação humildade, persistência e ordem.
Amanhã, e depois, e depois, e depois, e …, são dias de trabalho. Vamos a arregaçar as mangas.

20111014-100139.jpg

Em destaque:
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# 89
Jan 11th, 2011 by M.J. Ferreira

Hoje recebi um mail que trazia um escrito de Mário Quintana, com o comentário de estonteamente belo. Chama-se Deficiências e não é que o comentário tinha realmente uma deficiência. Não sei se propositado ou não, cortava a frase com a referência a Deus. Não é necessário tirar Deus de onde Ele está para que aqueles que não O encontraram possam perceber o belo que existe em tudo o que é belo. Faz parte da tolerância entre povos a liberdade de fé, culto e religião, faz parte do progresso a pluralidade do mundo global.

Partilho as Deficiências de Mário Quintana porque tocam no íntimo de cada um de nós, ditos “normais” mas quantas deficiências não escondemos dentro de nós… A deficiência está na forma como olhamos e julgamos… como falamos e omitimos, como manipulamos a mensagem.

DEFICIÊNCIAS

‘Deficiente’ é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
‘Louco’ é quem não procura ser feliz com o que possui.
‘Cego’ é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
‘Surdo’ é aquela que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
‘Mudo’ é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
‘Paralítico’ é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
‘Diabético’ é quem não consegue ser doce.
‘Anão’ é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois
‘Miseráveis’ são todos que não buscam falar com Deus.

Mário Quintana

‘ A amizade é um amor que nunca morre.’

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