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Epifania
Jan 26th, 2016 by M.J. Ferreira

Tive uma espécie de epifania esta noite :-). Não que eu não durma de noite! Por acaso, até tenho dormido bem mas os recentes acontecimentos políticos como a eleição do Presidente da República no passado Domingo e os votos que o Bloco de Esquerda conseguiu a exemplo das eleições legislativas fizeram os meus neurónios ficarem neuróticos.

Daí a surgirem-me ideias de noite vai um pequeníssimo passo. Não é um facto novo. Quando estudava, dormia sempre com um lápis e um papel na mesa de cabeceira para tomar nota das ideias que surgiam a meio da noite. Escrevia tudo. Na manhã seguinte não me lembrava de nada mas o registo torto, com letra de olhos fechados, era o testemunho de uma ideia brilhante que ajudava sempre ao sucesso de qualquer trabalho. 

Esta noite foi, então, noite de nova epifania. “Descobri” porque os resultados deste partido (digo, movimento) de extrema esquerda têm sido mais altos que o costume. É que a geração que começa agora a votar é a geração do facilitismo, dos que passam nos estudos mesmo sem saberem para não ficarem traumatizados, dos que não sabem o que é lutar/trabalhar pelo que se quer/necessita porque recebem tudo de mão beijada, dos que têm carro, perdem noites em bares e discotecas mas não têm dinheiro para se sustentarem, dos que barafustam por tudo mas não fazem a “ponta de um corno”. Só o Bloco lhes assegura tais regalias sem responsabilidades.

Claro que há sempre excepções à regra.

Campanha eleitoral
Jan 15th, 2016 by M.J. Ferreira

Está a decorrer neste momento a campanha eleitoral para que no próximo dia 24 seja eleito o novo Presidente da República de Portugal.

Vou votar num homem que muitos desconhecem: Paulo Morais. 

Paulo de Morais abre a janela da esperança para um  Portugal mais honesto, mais ético e por conseguinte mais democrático.   A sua acção tem unido milhares sob os ideiais da verdade, do respeito e da coerência. A sua luta ímpar contra os interesses instalados e a corrupção têm mexido com os poderosos que lhe têm roubado tempo e protagonismo nos media nesta campanha em favor dos candidatos mais mediáticos e solidários com o sistema político vergonhosamente instalado.

Espero sinceramente que vá à segunda volta. Num país adormecido e acomodado pode ser que a candidatura deste homem sirva para acordar algumas almas e esperançar outras. Independentemente dos resultados destas eleições espero que a sua luta continue e que não seja desperdiçado o capital político que tem angariado.

Que a campanha continue com a mesma persistência e tenacidade que não se cala, não consente e grita a plenos pulmões  a falta de moral, valores e ética na política. O meu voto é deste homem. 

Por Portugal. Sempre.

  

Vagal
Jun 11th, 2014 by M.J. Ferreira

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Uma reacção vagal foi a explicação dada para o desmaio que o Presidente da República sofreu enquanto discursava nas cerimónias do dia 10 de Junho.

Vídeo: http://cmtv.sapo.pt/atualidade/detalhe/manifestantes-indignados-durante-discurso-de-cavaco.html

Não vi em directo mas quando vi a notícia e depois os comentários do dirigente da Fenprof, fiquei indignada com os comentários de Mario Nogueira, o tal que representa os professores e é avaliado como professor sem o ser há vários anos. Foram comentários grotescos, iguais a tantos outros que uma determinada esquerda já nos habituou num total desrespeito pelas instituições livre e democraticamente eleitas.

Goste-se ou não do PR, goste-se ou não deste Governo, só o facto de não deixar discursar seja quem for já é, no meu entender, um violento ataque à liberdade. Adicionar a isso chacota e estupidez mostra bem a falsa ideia de liberdade que este e muitos outros dirigentes sindicais denotam e vociferam nos tempos de antena que televisões ávidas de audiências e manipuladas por diversos interesses lhes proporcionam gratuitamente.

Abstenção
May 26th, 2014 by M.J. Ferreira

Ontem foi dia de eleições europeias. Quem me conhece sabe que voto na democracia cristã que é um dos partidos do governo e por isso não esperava grandes vitórias. No entanto, o resultado até não é assim tão mau quando o principal partido da oposição ficou apenas com mais um deputado eleito. O que me surpreendeu e é deveras preocupante são os números da abstenção que ultrapassou os sessenta por cento.

Não me venham dizer que o povo está farto de políticos e politiquices. Não me venham dizer frases feitas parecidas com essa porque eu penso que é bastante mais grave que isso. Penso sinceramente que somos um povo cuja cidadania possui um elevado grau de deficiência. E, se puder ser irónica, ainda acrescento que o mesmo povo que celebrou há perto de um mês a revolução de Abril aclamando as grandes conquistas da democracia é o mesmo que põe de lado uma das grandes conquistas conseguidas que é o de poder votar livremente em eleições. Que tristeza! Um povo que exige direitos mas declina os deveres. Não admira que seja um povo tão dependente do Estado, que exige ao Estado tudo e mais alguma coisa e é incapaz de se mexer do lugar para fazer aquilo que lhe compete.

Consciência ou… falta dela
Mar 27th, 2014 by M.J. Ferreira

Há uma falta de consciência tão grande sobre valores essenciais transformada em filosofia de vida que transforma pessoas num enorme rebanho capaz de ser manipulado ao serviço dos mais variados interesses. Isto inibe grande parte da população de pensar por si mesma, ter opinião própria, bom senso e auto-estima suficiente para usar a cabeça quando o seu pensamento é discordante do de minorias que se querem impor como maiorias.
Mais que ser ponderado, honesto, trabalhador, honrado, com ética e moral a que não se renuncia com a mudança de ventos e marés, parece que a falta de consciência transformada em filosofia de vida mantém como muito importante que a pessoa para estar bem deve estar integrada em grupo como um todo, dizer mal do governo e das instituições, ser ruidosa o suficiente para não perceber o seu próprios caos. É a tal coisa do parecer ser sem ser nada na realidade.
Não sei muito bem onde isto vai levar. Acredito que tal como o amoral estilo económico-financeiro que o país adoptou em tempos e que nos conduziu nos últimos anos a alterações na nossa forma de estar e gastar, com um desequilíbrio marcante entre ricos e pobres; assim, a juventude que cresce neste tipo de ambiente, de preguiça mental e diarreia verbal, não terá um futuro saudável e próspero.
Haverão os ricos – aqueles que têm como exemplo famílias que independentemente de qualquer situação mantém estilos de vida condizentes com as suas possibilidades e no tempo de vacas magras conseguem andar de cabeça levantada e, haverão os pobres – aqueles que têm como exemplo famílias que a despeito de qualquer situação viveram (e continuam a querer viver) muito acima das suas reais possibilidades, sobrevivendo à custa de empréstimos e créditos sucessivos e em tempo de vacas magras culpam a crise pelas dificuldades que enfrentam.
A desigualdade entre ricos e pobres é muito mais que uma questão de dinheiro e oportunidades. Começa na consciência dos valores essenciais de vida que se transforma numa filosofia de vida que, independentemente de qualquer situação, conduz à resiliência perante a adversidade, à capacidade de enfrentar e superar as montanhas da vida, ao sucesso (com o seu tempo próprio) nos diversos empreendimentos que se vão construindo em todas as áreas da vida que vivemos.
A ausência desta consciência de valores transformada em filosofia de vida traduz-se numa vida sem esperança, num deambular por caminhos de oportunidades conseguidas muitas vezes de compadrios, depravação e subornos e, sobretudo, numa insatisfação que não se sabe gerir porquanto sem o resto do rebanho estas pessoas são ocas e vazias.
A consciência dos valores essências da vida começa na família. Toda a semente que lançamos a seu tempo se transforma. Depende do alimento que lhe damos e de como cuidamos dela o tipo de vida que ela irá ter. Assim sendo, está nas mãos da família a construção de uma sociedade melhor pautada por cidadãos com uma consciência dos valores essenciais da vida capazes de mudar o paradigma secular num estilo de vida que ofereça, num estado livre, o pleno gozo dos direitos civis e políticos a que todos temos direito.

Alheamento
Mar 14th, 2014 by M.J. Ferreira

Sou uma pessoa que pensa pela sua própria cabeça em todas as áreas da vida. Dito isto, tenho alguma dificuldade em perceber quando algo acontece na sociedade civil e há propositadamente um alheamento de uma parte da mesma que, do meu ponto de vista, não deveria alhear-se do quotidiano de todos os dias.

Eu explico melhor. Faleceu José Policarpo, cardeal emérito de Lisboa. Apesar das enormes diferenças, algumas delas irreconciliáveis que nos separavam, muitas eram também as semelhanças que nos fizeram ter objectivos e causas comuns. Tenho um profundo respeito pelo homem que foi e não tenho qualquer pejo em afirmar que a sociedade contemporânea perdeu um dos seus mais ilustres pensadores.

Choca-me, quando todos os quadrantes políticos – alguns com posições completamente opostas às defendidas pelo defunto, não se negam à homenagem do homem e hajam cristãos que, por não se identificarem com o catolicismo romano, adoptem o alheamento total da situação numa atitude superior e nada humilde. Não estou a dizer que estes grupos devem participar em exéquias ou fazer orações em que não crêem. O que quero dizer é que o alheamento ao que os rodeia não os leva a ser testemunhas onde mais necessitam de o ser. É por isso que o evangelicalismo em Portugal não consegue infectar/impactar positivamente a sociedade civil e religiosa, continuando fechado em si próprio e numa panóplia de denominações que simulando uma pluralidade saudável, minam a unidade e unicidade de Cristo.

sindicatos
Jan 16th, 2014 by M.J. Ferreira

Estou fartinha dos sindicatos, especialmente aqueles que se situam na dita esquerda que de democrática tem muito pouco, uma vez que não vêem mais nada à frente que a sua própria vontade, ainda que esta se recuse a encarar o contexto real em que estão inseridos.

Hoje, o meu pensamento compara estas instituições ruidosas e amantes do caos a uma seita religiosa, tipo IURD. Recebem quotizações em vez dos dízimos e em vez das bênçãos pregam promessas de emprego e prosperidade para os trabalhadores que vão na sua ladainha.

Depois, no meio da pluralidade em que se encontram não se abstraem de quererem ser os senhores da verdade absoluta. Não abdicam da cassete que de tão usada está gasta e medíocre. Apesar de só terem voz para criticar sem soluções que se possam adaptar à realidade sem custos demasiado elevados, continuam a insistir na destruição da esperança e das boas notícias.

Estou farta de tanta diarreia verbal e institucional. É um dos preços a pagar por não encararmos a contemporaneidade do século em que vivemos com  a coragem de reformar e modernizar o pilar da democracia cada vez mais fétida e viciosa que é a nossa. Não que os sindicatos não tenham direito a expor os seus pontos de vista. Simplesmente, penso que o interesse das instituições não deve e não se pode sobrepor ao interesse nacional.

 

Preconceito
Jan 15th, 2014 by M.J. Ferreira

O preconceito é uma coisa desinibida de qualquer pudor e capaz de corroer a mentalidade simples dos humanos mais ignorantes. Vem este meu pensamento a propósito de uma pessoa que conheci recentemente  cujo aspecto demasiado emagrecido e calvo suscita olhares complicados de quem gosta de julgar a diferença.

Que ignorância e que ignomínia infame reveladora de sentimentos tão vis quanto indecentes. Se calhar, se disséssemos que esta pessoa tinha um cancro em fase terminal, os mesmos olhares preconceituosos e mesquinhos teceriam outro tipo de comentários que, apesar de poderem ser mais condescendentes, não deixariam nunca de ser degradantes por escolherem que diferença bajular.

Que pulhice miserável é a razão dos imbecis.

E, se….
Nov 19th, 2013 by M.J. Ferreira

Acabou o jogo dos play off que colocou frente a frente as selecções de Portugal e da Suécia para apuramento de qual delas vai ao Mundial no Brasil. Portugal ganhou e uma onde de euforia parece ter-se instalado nas ruas, nos diversos canais televisivos, por todo o lado.

Numa altura em que faltam escassos meses para podermos sair debaixo do jugo da troika e apelos são feitos para unidade e união, o pensamento assalta-me: e se os milhões de portugueses, independentemente das suas preferências clubísticas (às vezes completamente antagónicas) que ontem apoiaram Portugal estivessem unidos, independentemente das suas preferências partidárias (às vezes completamente antagónicas) para levar Portugal ao futuro? Sem dúvida, faria uma enorme diferença!

Pena seja que muitos olhem mais para o seu umbigo e futuros resultados eleitorais ao invés de olharem para o bem geral.

Equidade?
Aug 29th, 2013 by M.J. Ferreira

Os meus amigos funcionários públicos que me perdoem mas não há qualquer tipo de equidade entre os sectores público e privado.

Lamento profundamente a situação da maioria dos desempregados mas, no contexto que vivemos e quando assistimos diariamente a empresas que se vêem forçadas a deixar cair empregos, vem este tribunal dizer que os funcionários públicos estão acima dos trabalhadores do sector privado deste país.

A igualdade devia ser uma “qualidade de igual” para todos. Este Tribunal Constitucional tem muito pouco de justiça e muito de politiquices.

Sou a favor de uma revisão urgente da Constituição.

Links relacionados:

http://economico.sapo.pt/noticias/juizes-do-tc-garantem-emprego-para-a-vida_176189.html
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=83349

 

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