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# 116
Sep 20th, 2011 by M.J. Ferreira

Podemos desiludir-nos com as coisas: fazemos uma apreciação acerca delas e usamos o caixote do lixo.
As pessoas, porém, não são para julgar, mas para que ajudemos a construi-las, para que ajudem a construir-nos, para construirmos alguma coisa em conjunto.
Se o teu amigo te desiludiu, acusa-te a ti mesmo, porque era tarefa tua torná-lo mais nobre.
Se estás desiludido com a tua vida em família, lembra-te de que ela foi a tua construção. E recomeça no ponto em que começaste a falhar.
(Paulo Geraldo)

Reagir e continuar a avançar
Jul 15th, 2010 by M.J. Ferreira

Não é verdade que possamos eliminar da vida as grandes contrariedades, as decisões custosas, a doença, o esforço quase insuportável, a dor física e moral, a morte. Seremos felizes com eles ou não seremos felizes nunca. A vida é de tal maneira que o homem deve erguer-se nela como o castelo. Deve ser construído, pedra a pedra, de forma a permanecer no seu lugar quando sopram ventos inesperadamente fortes; de forma a cumprir aquilo que dele se espera, aquilo a que se comprometeu, aquilo que o torna feliz.” (Paulo Geraldo)

Hoje e amanhã são, outra vez, dias de despedida. De despedida de uma prima do meu pai que faleceu hoje de madrugada. As coisas que a gente se lembra. Recordo que a única mordidela que sofri de um cão foi na casa desta prima, era eu uma gaiata, e o cão, um daqueles caniches com pelo encaracolado. Desde esse dia, não lhes acho graça nenhuma (aos caniches, bem entendido).
Mas estes dias são, igualmente, dias de família. Onde vejo primos e primas de mais ao menos a minha idade e os filhos e filhas destes primos que eu nem conheço, alguns deles já com filhos e filhas também. Gerações que partilham identidade, o mesmo nome, ligeiras parecenças.
Ultimamente, tem sido um tempo de olhar a morte na família. Pensar nela. Mas isso é um exercício pedagógico. Devemos pensar na morte. Não só pensar, mas analisá-la. Não como se analisa um inimigo, para ver se o podemos derrotar, mas como quem olha para dentro de si próprio com o objectivo de melhor se conhecer.
Diante da morte, só há que ser sereno. Porque a morte não é o fim, mas o princípio. Quando morremos, partimos fisicamente e deixamos atrás de nós tudo o que possuímos, levando connosco tudo o que somos.
A morte é apenas uma mudança na vida. Uma chegada e não uma partida. Esse é o fervor de todo o cristão que sabe que a vida muda mas não acaba. Morrer não é mais que viver a eternidade futura.
Por isso, face a qualquer morte é preciso reagir e continuar a avançar. Porque as estrelas continuam a brilhar, as flores a despontar, os pássaros a chilrear, as crianças a nascer.

Não é verdade que possamos eliminar da vida as grandes contrariedades, as decisões custosas, a doença, o esforço quase insuportável, a dor física e moral, a morte. Seremos felizes com eles ou não seremos felizes nunca. A vida é de tal maneira que o homem deve erguer-se nela como o castelo. Deve ser construído, pedra a pedra, de forma a permanecer no seu lugar quando sopram ventos inesperadamente fortes; de forma a cumprir aquilo que dele se espera, aquilo a que se comprometeu, aquilo que o torna feliz.” (Paulo Geraldo)

Seremos felizes com essas coisas.

# 51
May 18th, 2010 by M.J. Ferreira

“Muitos males da nossa época resultam de que não gastamos tempo em estar connosco mesmos, com os outros homens e com a natureza.
Os homens possuem a capacidade de pensar, mas não têm tempo de exercitar o pensamento. Poderiam pesar com sossego no seu coração as palavras, os gestos e os acontecimentos: crescer por dentro. Mas falta-lhes tempo. Seriam capazes de trocar sorrisos e de se ajudarem, de fazerem amigos, mas dedicam-se a outras coisas.
Os homens correm.”
(Paulo Geraldo)

#43
Apr 15th, 2010 by M.J. Ferreira

“Podemos desiludir-nos com as coisas: fazemos uma apreciação acerca delas e usamos o caixote do lixo. As pessoas, porém, não são para julgar, mas para que ajudemos a construi-las, para que ajudem a construir-nos, para construirmos alguma coisa em conjunto. Se o teu amigo te desiludiu, acusa-te a ti mesmo, porque era tarefa tua torná-lo mais nobre. Se estás desiludido com a tua vida em família, lembra-te de que ela foi a tua construção. E recomeça no ponto em que começaste a falhar.”
(Paulo Geraldo)

#38
Apr 7th, 2010 by M.J. Ferreira

“Este país está a encher-se de jovens que beberam a escolaridade obrigatória até à última gota e que agora não sabem fazer… nada. Vemo-los hoje frequentar todo o género de casas nocturnas com o dinheiro dos pais. Amanhã, como não aprenderam a trabalhar, terão de tentar sobreviver à custa de adaptações ou de truques, talvez não muito de acordo com a lei ou com os bons costumes.”
(Paulo Geraldo)

#37
Apr 6th, 2010 by M.J. Ferreira

“É uma ilusão pensarmos que somos aquilo que a vida – os outros, os acontecimentos… – fez de nós. Somos, antes, aquilo que as nossas escolhas determinaram. A vida pode arrastar-nos de um lado para outro, magoar-nos, oferecer-nos frio ou calor. Mas não nos corrompe.”
(Paulo Geraldo)

#33
Mar 25th, 2010 by M.J. Ferreira

“Quando os acontecimentos escapam ao teu domínio, e te arrastam para onde não quererias ir, o resultado é sempre surpreendente e enriquecedor. Forçada a desafios inesperados, vês brotar de ti forças e capacidades que desconhecias; cresces por dentro; descobres luzes novas e uma nova dimensão de todas as coisas; aprendes que não estás só. É como se alguém, com pena de ti, te conduzisse a um lugar maravilhoso onde nunca saberias chegar com os teus pequenos projectos.”
(Paulo Geraldo)

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