Ser mãe amadureceu-me. Ser avó renova-me. (Maria José Ferreira)
Hoje estou com uma preguiça gigantesca. Esta propensão para a mandriice provoca uma grande lentidão em agir, em pensar e por consequência, em escrever. Este ócio que me atacou até que é uma ocupação agradável e por isso vou dar uma folga nos escritos, rabiscos, pensamentos e afins. Até porque a preguiça… Faltar ao respeito à mãe? Nem pensar! Eu não!
Depois de ter levado 4 vasos com flores para a minha mãe cuidar pensei que, muito provavelmente, as flores não seriam suficientemente exigentes no cuidado que necessitam e, hoje, resolvi comprar um periquito para dar à minha progenitora. Ela não faz anos, nem hoje é uma data que mereça ser festejada por alguma razão especial. No entanto, estando atenta ao que é o seu quotidiano e rotinas pensei que o facto de ela ter algo que dependa dela para sobreviver podia ser um bom estímulo no seu dia-a-dia, ajudando-a a lidar com a fase da vida que atravessa. Ultimamente, a minha mãe tem deixado de parte muitas actividades que faziam parte dos seus dias. As dores nas pernas não a têm abandonado e ela tem optado por praticamente nenhuma actividade. Como presentemente está devidamente medicada, há que retirá-la da apatia e indiferença e dar-lhe alguma energia. Do meu ponto de vista não tenho dúvidas em assumir que estar activo é uma das necessidades humanas mais básica e que se a actividade é executada com fins específicos pode ter um resultado melhor que doses e doses de comprimidos, xaropes, tónicos, etc. Para além da falta de estímulos e forças, a minha mãe é, também, uma pessoa que adora estar sempre a falar e o facto de não estar de momento a ir ao Centro de Dia não lhe permite “esvaziar” o enorme conteúdo verbal de que sempre dispôs. Ora o periquito vai ser optimo; pois, se ela conversar com ele, o passarito aprenderá a reagir ao som da sua voz e não tardará muito a responder-lhe no seu chilrear tagarela que é próprio desta raça de aves. O meu objectivo é simples: pretendo que a minha mãe, através do seu envolvimento no cuidado ao periquito, aumente a sua auto-estima, dê um pouco de colorido às suas rotinas e possa dar vazão à sua enorme necessidade de ter “alguém” para conversar. Só espero que o periquito não seja da qualidade de um que pertence a uma amiga minha que quando ouve pessoas a conversar não se incomoda nada de “dizer” chiu… chiu… chiu… porque, eu acho que a minha mãe não vai respeitar. Mais logo, vou levar-lhe o passarinho numa linda gaiola e dar início à terapia. Sim, porque isto parece mesmo é terapia ocupacional. Vamos lá ver se ela gosta da ocupação que lhe quero proporcionar. É que o periquito é pequenino mas muito activo e deve começar logo pela manhã a reclamar atenção, comida, bebida e um grande banhoca.
“Tenho irmãos, pai, mas não tenho mãe. Quem não tem mãe, não tem família.” Platão (427-347 a.C.)
Um dia, o Amor estendeu as mãos para o nada e abriu o espaço…
Um dia, o Amor estendeu as mãos para o homem e abriu-se o encontro…
Um dia, o Amor se tornou vida de tua vida e eu existi…
Mãe, o céu sem confins revela-me teu amor… A vastidão do mar fala-me da tua bondade… As altas montanhas refletem teu heroísmo… A profundeza dos vales espelha tua humildade… A beleza das flores traduz teu caminho…
Tudo isso encerras dentro de teu grande coração… E silenciosa, serena, sorrindo, continuas labutando no cotidiano da vida.
Um dia, o Amor se tornou vida de tua vida e eu existi.
Obrigado, Mãe! (autor desconhecido)
Com três letrinhas apenas Se escreve a palavra mãe Uma palavra tão pequena É das maiores que o mundo tem.
O que é bom não se esquece É um tesouro, é um bem Um beijo que enternece É o amor da nossa mãe
Hoje ela faz aninhos A idade parece pesar Mas vamos dar-lhe carinhos E com ela sempre estar
Tão grande é a nossa sorte Pela família que temos Separados nem por morte Aos pais tudo devemos
Do fundo do coração Um grande chi-coração Parabéns Sogra e Mãe A melhor que o mundo tem
Com muito amor da Filha e Genro
O alicerce da vida começa com o amor de mãe que gera, constrói, nos alimenta, nos dá força e nos renova em cada gesto de carinho. O alicerce da vida solidifica e completa-se na família, que é amor, fortaleza e cumplicidade, educação, respeito e sensibilidade.
Hoje é dia da Mãe. Sou uma sortuda por hoje, em família, poder estar com várias mulheres da minha vida e, desta forma, poder homenagear as mães que cada uma é. A minha própria mãe, a mãe do meu marido e minha sogra, eu própria e uma futura mãe, a minha filha que já anda, por enquanto só a pensar, aumentar a família. Mas homenageando cada uma, recordamos as mães dos nossos pais que, nestas gerações sucessivas que são as nossas, já não se encontram entre nós mas continuam presentes através do exemplo de mulheres que foram e nos influenciaram, de alguma forma, naquilo que somos hoje.
Feliz Dia da Mãe!
Às Mães
– às Mães que apesar das canseiras, dores e trabalhos, sorriem e riem, felizes, com os filhos amados ao peito, ao colo ou em seu redor; e às que choram, doridas e inconsoláveis, a sua perda física, ou os vêem “perder-se” nos perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos;
– às Mães ainda meninas, e às menos jovens, que contra ventos e marés, ultrapassando dificuldades de toda a ordem, têm a valentia de assumir uma gravidez – talvez inoportuna e indesejada – por saberem que a Vida é sempre um Bem Maior e um Dom que não se discute e, muito menos, quando se trata de um filho seu, pequeno ser frágil e indefeso que lhe foi confiado;
– às Mães que souberam sacrificar uma talvez brilhante carreira profissional, para darem prioridade à maternidade e à educação dos seus filhos e às que, quantas vezes precisamente por amor aos filhos, souberam ser firmes e educadoras, dizendo um “não” oportuno e salvador a muitos dos caprichos dos seus filhos adolescentes;
– às Mães precocemente envelhecidas, gastas e doentes, tantas vezes esquecidas de si mesmas e que hoje se sentem mais tristes e magoadas, talvez por não terem um filho que se lembre delas, de as abraçar e beijar…;
– às Mães solitárias, paradas no tempo, não visitadas, não desejadas, e hoje abandonadas num qualquer quarto, num qualquer lar, na cidade ou no campo, e que talvez não tenham hoje, nem uma pessoa amiga que lhes leia ao menos uma carta dum filho…;
– também às Mães que não tendo dado à luz fisicamente, são Mães pelo coração e pelo espírito, pela generosidade e abnegação, para tantos que por mil razões não tiveram outra Mãe…
– e finalmente, também às Mães queridíssimas que já partiram deste mundo e que por certo repousam já num céu merecido e conquistado a pulso e sacrifício…
A todas as Mães, a todas sem excepção, um Abraço e um Beijo cheios de simpatia e de ternura! E Parabéns, mesmo que ninguém mais vos felicite! E Obrigado, mesmo que ninguém mais vos agradeça!
(Fonte: APFN – Associação Portuguesa de Famílias Numerosas Trav. do Possolo, 11, 3º 1350-252 Lisboa)
Quando penso na minha mãe vem-me à ideia uma mulher extrovertida, conversadora e que gosta de participar e intervir nas mais diversas coisas. Habitualmente não a relaciono com a idade que realmente tem e, às vezes, chegam-me as lágrimas aos olhos quando percebo que a senhora que tenho na minha frente está curvada com o peso dos anos, custa-lhe a andar e os queixumes que deixa transparecer mostram que a mocidade há muito tempo já partiu. Continua, no entanto, a amar incondicionalmente as filhas e os netos e, mesmo quando o tempo a maltrata, ela continua a apoiar e a proteger os seus “rebentos”.
Há muito que ela é utente de um Centro de Dia. Com outras pessoas da idade dela, participa no Coro, no Teatro, nos cantares da Tuna… Actividades que a motivam e que lhe permitem ocupar muito do seu tempo; tempo que agora, mesmo com a companhia de todos nós, é de alguma monotonia e saudade, esvaziada que foi do companheiro de mais de cinquenta primaveras, o meu pai que faleceu anos atrás.
Hoje fui vê-la “actuar” na estreia de uma das peças de teatro que o Centro de Dia apresenta. Quais estrelas estavam todas vaidosas nos seus trajes de saloias aguardando no final as “críticas” de uma audiência que não se cansou de as aplaudir. Foi lindo, como de outras vezes a que fui assistir.
“Peça de teatro “A nossa história” pelo Centro de Dia de Loures”
Ao vir para casa e pensando no que iria “blogar” hoje, este pareceu-me o assunto ideal. Este, e uma canção de que gosto muito e que lhe dedico antes de ir para fim-de- semana.
Quando eu era criança, o dia 8 de Dezembro era o Dia da Mãe. Num país de grande tradição católica, o feriado religioso que se celebrava neste dia honrando a mãe de Jesus era, igualmente, aproveitado para se honrarem todas as mães.
Então, a Família, a Pátria e Deus eram, a par dos “3 éfes” – fado, futebol e Fátima, valores intocáveis no Estado de então.
Quando nasci, celebrei este primeiro Dia da Mãe com apenas dois dias. A minha gestação tinha sido difícil e exigiu grandes sacrifícios à minha mãe e, igualmente, ao meu pai. Contudo, o desejo de terem um filho era mais forte que todas as dificuldades que tinham enfrentado, a morte da primogénita com 6 anos. Foi com uma vontade de ferro, e uma confiança absoluta nos dias da alegria que viriam, que se submeteram a todos os sacrifícios.
Ao pequeno almoço recordei o passado e lembrei-me do primeiro presentinho que então colocaram na minha mãozinha pequenina para ofertar a minha mãe, Era uma bolsinha com chocolates dentro que imitavam libras de ouro. Hoje reconheço que não podia ser um presente mais a propósito. As libras simbolizavam o pequeno tesouro que eu representava e lhes tinha sido dado, o chocolate a alegria e as doçuras da maternidade e, a malinha, o lar onde tudo se conjuga para que tudo isto não fique esquecido e perdure para todo o sempre, agora com os meus filhos… depois, com os meus netos…
Os filhos são um tesouro, A família é a melhor coisa, o pilar de toda a sociedade.
malinha com as moedas de chocolate que a minha mãe me deu há alguns anos atrás e que guardo com muito cuidado.