Jan 8th, 2010 by M.J. Ferreira
Hoje, antes de ir para o fim de semana, despeço-me com uma pequena história e uma canção:
Conta-se que um alpinista, desesperado pela conquista de uma altíssima montanha, iniciou a sua escalada depois de anos de preparação. Como queria a glória só para si, resolveu subir sem quaisquer companheiros.
Durante a subida foi entardecendo e cada vez ficava mais e mais tarde… O alpinista para ganhar tempo decidiu que não iria acampar e continuou subindo…. subindo… até que por fim ficou escuro.
A noite era densa naquela parte da montanha e não se via absolutamente nada. Tudo era negro, visibilidade zero, a lua e as estrelas estavam encobertas pelas nuvens. Ao subir por um caminho estreito, a apenas poucos metros do topo, escorregou e precipitou-se pelos ares, caindo a uma velocidade vertiginosa. O alpinista via apenas velozes manchas escuras passando por ele e sentia a terrível sensação de estar sendo sugado pela gravidade. Continuava caindo…
E nestes seus angustiantes momentos, passaram pela sua mente episódios felizes e tristes da sua vida. Pensou também na proximidade da morte, sem solução… De repente, sentiu um fortíssimo solavanco causado pelo esticar da corda à qual estava amarrado e que tinha ficado presa nas estacas cravadas na montanha. Nesse momento de silêncio e solidão, suspenso no ar, não havia nada que pudesse fazer e então gritou com todas as forças que lhe restavam: Meu Deus, ajuda-me.
De repente, uma voz grave e profunda vinda dos céus respondeu-lhe: Que queres tu que eu te faça? – Salva-me, meu Deus, disse o alpinista.
-Crês realmente que eu posso salvar-te? – Com toda a certeza, Senhor!, respondeu o homem desesperado.
-Então corta a corda na qual estás amarrado. Houve um momento de silêncio. Então, o homem agarrou-se ainda com mais força à corda-.
– Porque duvidas? Não crês que sou Deus e posso salvar-te? Hesitação: – Sim Senhor, mas…
– Se crês, corta a corda.
Conta a equipa de resgate que no dia seguinte encontraram o alpinista morto, congelado pelo frio, com as mãos fortemente agarradas à corda a apenas dois metros do solo.
Às vezes precisamos de tomar decisões que testam a nossa fé em Deus. Quantas vezes temos de decidir entre o que a nossa razão determina como correcto e a dependência na pessoa de Deus? Quantas vezes nos diz a tradição que devemos agir de determinada forma, de determinada maneira e ignoramos a voz de Deus?
Nós, que estamos tão agarrados a diversas “cordas”, será que estamos dispostos a cortá-las?
“Vem, disse Jesus. Pedro saiu pela borda do barco e caminhou por cima da água em direcção a Jesus. Mas, olhando em torno, sentindo o vento forte, ficou apavorado e começou a afundar-se: Senhor, salva-me! Logo, Jesus lhe estendeu a mão e o socorreu: Homem de pouca fé, porque duvidaste?” Mt:14:30-31
Para nós, palavras de confiança, segurança e esperança:
“Seguro-vos pela vossa mão direita – eu, o Senhor vosso Deus – e digo-vos: Nada receiem. Estou aqui para vos ajudar.” Is.41:13