Ontem inaugurámos a temporada de Inverno com o acender da salamandra na sala. O tempo pedia-o. Nota-se alguma humidade no ar que convida a um “borralhinho” diferente, enquanto se vai visionando o que a TV nos oferece.
Não fora as condições climatéricas e eu ainda pensava que o acender da salamandra tinha a ver com outros fogos, outras chamas… É que eu fui – como é hábito, sempre que o Benfica joga em casa – à Luz, no Sábado, onde os adeptos leoninos resolveram pegar fogo às cadeiras.
Bem sei que o hino do Benfica, cantado antes de todos os jogos, fala da “chama imensa” mas, adeptos leoninos, deixem que vos ajude a perceber que essas palavras não são para levar à letra (estão a perceber ou é melhor explicar outra vez?). Elas representam o que vai na alma de todos os benfiquistas:
Sou do Benfica E isso me envaidece Tenho a genica Que a qualquer engrandece Sou de um clube lutador Que na luta com fervor Nunca encontrou rival Neste nosso Portugal. (Refrão) Ser Benfiquista É ter na alma a chama imensa Que nos conquista E leva à palma a luz intensa Do sol que lá no céu Risonho vem beijar Com orgulho muito seu As camisolas berrantes Que nos campos a vibrar São papoilas saltitantes.»
Também sei que a Luz estava “incendiada” com o que se chama o Inferno da Luz. Sessenta e três mil pessoas (mais uns pozinhos) a puxarem e a apoiarem a sua equipa em todos os momentos foi um espectáculo digno de ser visto e um exemplo maior para os tempos que o País atravessa.
Mas o inferno dos visitantes com incêndio no final da partida de futebol só se deu depois das incendiadas declarações de um dirigente que acha que o Glorioso ainda está no tempo da Pré-História. Ó Sr. Pereira Cristóvão, olhe que pré-histórico foi o seu e o comportamento dos incendiários do seu clube. Nesse tempo é que se praticava o acender do fogo.
Ou, não será tão só que os energúmenos do clube verde e branco perceberam o frio que lhes ia na espinha, aliada à vergonha que a juba não conseguiu esconder, pois nem contra dez os leõezinhos conseguiram um golinho? Pois!!!, se calhar só quiseram acender uma fogueirita para aquecerem as mágoas…
Ou, se calhar, o incêndio no final do jogo provocado por alguns desatinados, era uma espécie de manifestação por não terem tido acesso ao bar – apenas nas palavras do acima mencionado Sr. Cristóvão. Eles se calhar, assanhados com o cheirinho que era estarem todos tão “apertadinhos” quiseram dar uma de “coirato”… Mas como não cheirava nem a entrecosto, nem a sardinha assada, não vou por aí.
Fogos à parte, a chama imensa que a salamandra deixa ver, dá um calorzinho à sala excelente. Duvido é que consiga ver os meus programas de televisão favoritos. Só apetece é fechar os olhos e ficar sosssegadinha a passar pelas brasas.
Este ano, vou estar com regularidade na Catedral, entoando cânticos e juntando a minha crença à fé de milhares de portugueses (e não só) que esperam ver o Benfica sair Glorioso das competições em que participa.
Hoje, o SLB jogou com o Twente a sua permanência na fase de grupos da Taça dos Campeões Europeus e saiu vitorioso depois de um jogo em que maravilhou adeptos e adversários com uma enorme demonstração de bom futebol.
Maravilhoso tem sido, igualmente, o voo da nova águia Vitória. Ela demonstra toda a sua categoria em voltas e voltas à volta do Estádio descendo e planando em voo rasante aos adeptos que a aplaudem de pé. No momento de poisar, contudo, não tem assentado no seu poleiro, empolgada que está com o espectáculo que proporciona. É preciso humildade Vitória para que os voos continuem a deslumbrar e a vitória não escape. Por isso, é preciso ter os pés assentes no poleiro, estás a perceber?
Bastante mais parada mas, não menos empolgante e empolgada, é a águia que se ergue na minha varanda desde que o SLB foi campeão, há duas épocas atrás. De cachecol e emblema ao peito, aí está ela 365 dias por ano (366, se o ano for bissexto…) com as asas levantadas para o céu, à espera das exibições que a equipa vai lutando por conseguir, com garra, determinação, amor à camisola e respeito pelos adversários.
Este ano, e porque a bandeira já estava muito velhinha e comida do Sol, foi inaugurado, precisamente hoje, o galhardete que esta época faz pareceria com a Vitória, rumo às vitórias que almejamos festejar. Não há dúvida que fica bonito e não deixa dúvidas de que cá em casa somos todos do Benfica! 🙂
Dia 28 de Abril vai ficar na história recente de Portugal. Não se trata de nenhuma aventura marítima, não se trata da solução para o fim da crise a todos os níveis que nos atinge, não se trata de nenhuma descoberta especial nem da assunção radical por parte de todos nós sobre a mudança ética que o país precisa.
Dia 28 de Abril vai ficar na história recente de Portugal porque, contra ventos e marés, contra o que deveria ser o desejo do organismo do futebol europeu que é a UEFA, três equipas portuguesas estão nas meias finais duma mesma competição – pela primeira vez desde que o futebol português se internacionalizou.
Tal feito, e depois dos resultados conhecidos dos jogos hoje disputados, não tenhamos falsa modéstia, vai proporcionar uma final entre duas equipas portuguesas. Uma sabe-se que é o Porto. A outra vai depender do resultado entre o Sporting de Braga e o Benfica na próxima Quinta-Feira. Isto é fantástico, seja qual for a nossa preferência clubística.
O Benfica é o maior clube do mundo e, no Sábado, fez a entrega de emblemas de prata, ouro e platina aos sócios com, respectivamente, 25, 50 e 75 anos de filiação. O meu filho era um dos distinguidos com a Águia de Prata e, claro, eu acompanhei-o nesta cerimónia.
Apesar da simplicidade da data , este é um evento que o Benfica prepara a preceito dando-lhe uma dignidade própria do acontecimento porque, como muito bem discursou o Presidente Luis Filipe Vieira, o clube é dos sócios e existe por causa dos sócios.
Não podia pois, deixar de estar presente, com um bem inchado orgulho de mãe (por sinal, também benfiquista), enquanto o filho recebia a sua Águia. Finda a cerimónia havia que comemorar a preceito. A convite do filho, fomos os dois – mãe e filho, almoçar ao Tavares Rico, na Rua da Misericórdia.
Há muitos anos que eu tinha o “sonho” de tomar uma refeição nesta sala de Lisboa com mais de 200 anos. E o sonho realizou-se e, deixem que vos diga, superou todas as expectativas que eu tinha idealizado. A sala é simplesmente grandiosa mas, apesar de todo o esplendor e riqueza, a simpatia e eficiência dos empregados, chefe de sala, etc. é enorme e envolve-nos com a simplicidade das coisas bem feitas.
A refeição foi magnífica. Vou tentar descrever. Começou por um couvert, cortesia do Chefe, composto por azeitonas fritas envolvidas em tempura. Depois tivemos duas entradas. A primeira apresentava um tradicional peixinho da horta servido com ovas de truta. A segunda foi uma selecção de vegetais, frutos, flores e presunto aletejano com molho de cogumelos.
Tivemos dois pratos principais. O de peixe apresentou-nos Robalo com espargos verdes, batatinha e molho de cogumelos de comer e chorar por mais. Não é preciso porque o serviço é optimo e não temos que esperar. O prato de carne veio prontamente e foi servido uma Vitela com puré de cenoura e puré de alho, cenoura bebé, tudo sobre um molho de cogumelos trufados. O repasto foi acompanhado por um Vinho do Douro -Arronches, Reserva de 2007.
A sobremesa foi soberba. Compôs-se dasTradicionais queijadas de Sintra com sorbet de limão e doce de abóbora e gengibre servida decorada com uma espuma deveras interessante. Para o café, novamente uma cortesia do Chefe, fomos brindados com Areias de cascais, Gomas de maracujá e Trufas de chocolate e Vinho do Porto.
Simplesmente divinal esta refeição no Tavares Rico. Agora, fico a sonhar com o primeiro andar que, parece, é uma sala de chá. Já sinto salivar apenas com o pensamento de um chá com bolinhos ou scones… Vou sonhando…
Para conhecer a história do Tavares Rico e fazer uma visita virtual consulte: http://www.restaurantetavares.pt
Para conhecer o Sport Lisboa e Benfica, basta seguir o link à esquerda, na categoria “Glorioso”
Estou traumatizada. Hoje fui ver o meu Benfica ao Estádio da Luz e fiquei traumatizada!!!
Nem consigo neste momento dizer mais nada. O que vale é que amanhã é feriado e assim ninguém me chateia… eheheheheh :o)
Ai… ai… o meu Benfica este ano anda pelos “relvados” da amargura somando desaires capazes de provocar ataques cardíacos e úlceras nervosas, quando não herpes simplex, hemorróidas, aerofagia e flatulência acompanhada de diarreia verbal que nem os melhores tampões de ouvidos permitem resguardar.
Ai… ai… hoje ainda estou no rescaldo de mais três secos que ontem o Hapoel de Telavive apontou e nos afastam definitivamente dos Campeões. Não percebo o que se passa com a equipa este ano. Felizmente, temos um treinador de grande estaleca que é o orgulho de todos nós, seja qual for o “campo” em que se encontra.
Calem-se as más línguas e atentem no que é uma verdadeira entrevista, esclarecida e, deixem-me dizer, iluminada. Raciocínio claro, resposta pronta, 5 estrelas. Ganda Jorge, és o maior.
Bandeiras a esvoaçar Emoção no coração Preparados pra gritar Benfica campeão
Hoje, na hora da bica do almoço ouvi um comentário muito giro. Dizia o dono do estabelecimento para um cliente que a nuvem que tem pairado por toda a Europa não tinha a ver com o vulcão; era mas era os adeptos do Benfica a sacudirem o pó às bandeiras e aos cachecóis que tinham guardados há muitos anos.
Achei engraçado este comentário mas ainda achei mais interessante fazer uma pequena pesquisa de forma a ver se encontrava algumas fotos de bandeiras e cachecóis a esvoaçar para dar um pouco de colorido ao comentário que pensei logo em “blogar”.
Pois, deixem que vos diga que afinal aquele comentário até que não é anedota. Ele é mesmo verdadeiro. Encontrei este pequeno vídeo onde se podem ver os cachecóis e as bandeiras bem levantadas e bem sacudidas. Não há pó que lhes resista! Mas… isso não é a única coisa que se vê. Pode ver também o início da nuvem de fumo que se propaga e se alastra pelos céus de todos os continentes. Àh pois! É que o Benfica está presente em todos os cantos do mundo!!!! E esta hein?
<o
Foi visível hoje, ao início da tarde um mini-tornado sobre o Rio Tejo. Aliás, este ano, têm sido visíveis estes fenómenos por diversas localidades. Sesimbra, Ferreira do Zêzere, Santarém, Alcanena,…
Qualquer Benfiquista que fosse apanhado desprevenido, se lhe dessem esta notícia, responderia logo alto e bom som que não tinha sido hoje, já tinha sido ontem na Luz, quando o Cardozo e o Aimar “varreram com uma vistosa ventania” quaisquer aspirações dos leõezinhos.
Mas, interesses clubistas à parte, se a minha avó fosse viva, eu não teria dúvidas nenhumas que a explicação dela para este tipo de acontecimentos se resumiria a uma única coisa: desde que os homens foram à Lua e mexeram lá, o tempo ficou todo diferente. Bem; como o ano passado se comemoraram os 40 anos desta odisseia, cá fica o registo e a lembrança das explicações que a minha avó nunca me negava e que tinha o condão de simplificar para que eu pudesse perceber tudo, tudinho, de maneira clara e sem deixar espaço para mais dúvidas!
Hoje, quando partilhei há pouquinho com um vizinho (não sei a idade certa, mas estará na casa dos 70), o fenómeno que tinha acabado de ser fotografado em Lisboa, a explicação já foi outra, mas também estava na ponta da língua. Afinal, estes fenómenos todos que estão a acontecer têm a ver com o aquecimento da Terra e o buraco lá em cima. Não tive grande tempo para “discutir” esta teoria. É que o buraco lá em cima deve estar hoje completamente escarranchado e a chuva cai a potes.
Que grande balde de água fria! Foi de ficar gelada, geladinha, pregada à cadeira.
Bem, ia-me dando uma coisinha má logo aos 8 minutos no encontro do Benfica com o Liverpool. Mas, verdade seja dita, o Benfica está mesmo impróprio para cardíacos. Ai de mim… que tenho a tensão alta!
Mas no dia das mentiras, este resultado ia quase sendo verdadeiro porque o árbitro e os seus auxiliares, com certeza, tinham deixado as lentes de contacto em casa. É a única explicação possível porque eu vi, verdade, verdadinha, com os meus quatro olhos (dois normais, mais as duas lentes dos óculos) pelo menos dois penáltis descarados que ficaram por assinalar. Não faz mal. Assim, ainda a vitória soube melhor. Foi preciso crença, trabalho, valor, humildade, confiança e espírito de equipa.
Uma coisa eu digo. Se o Benfica for à final da Liga Europa, eu e o maridinho vamos até à Alemanha. Isto não é mentira (apesar de ainda ser dia 1)!!!
E ainda vou subir mais a parada. Se o Benfica ganhar o campeonato eu dou 3 voltas à rotunda em frente da minha casa de scooter com a bandeira do Benfica. Olá se dou!
Àh “ganda” Benfica. Somos o maior clube do mundo inteiro, arredores, ilhas e penínsulas.
