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Meu amor da avó
Mar 10th, 2022 by M.J. Ferreira

Há onze anos atrás estava numa profunda ansiedade. Preparava-me para ser avó pela primeira vez e não havia meio da minha neta mais velha nascer. Tive que esperar até depois de jantar mas a alegria foi indescritível e quando a vi horas depois pela primeira vez o meu coração ficou cheio a transbordar de um amor que descobria e que me fazia dar graças por uma bebé saudável e muito desejada que nascia numa linda família.
Hoje, onze anos depois, continuo a dar graças pela menina que cresceu e que nos enche de orgulho. É linda, bondosa, solidária, muito carinhosa e não pactua com injustiças.
Infelizmente, o mundo em que nasceu não é o mesmo com que nos deparamos uma dezena de anos depois. Depois de uma pandemia devida a um vírus originário de um laboratório chinês que ceifou milhões de vidas nos últimos dois anos a nível mundial e de que nos começávamos a despedir, eis que a Rússia invade a Ucrânia, país do nosso velho continente e nos apanha ansiosos e com medo das consequências de que o despotismo, o poder e a ganância humana são capazes.
Há onze anos atrás estava numa profunda ansiedade, mas esta era saudável. Hoje, estou ansiosa mas de uma forma perniciosa que tento colmatar com pensamentos positivos e rodeada daquilo que temos de melhor, a nossa família.
Meu amor da avó, que possas crescer e ser tu própria. Que o mundo tenha paz e tu sejas sempre parte das soluções no contexto em que te encontrares. Que nunca pares de questionar e de pensar pela tua própria cabeça. Que não percas o teu lado empático, solidário e bondoso. Sonha e tem esperança. Ama e vive cada dia com a certeza que tudo fizeste para te realizar. A Vó te ama

# 172
Mar 2nd, 2016 by M.J. Ferreira

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Penso que não devemos pensar em igualdades ou se será mais forte, sábio, experiente ou purificado mas que é eterno e enorme sem ser mensurável, isso sei por experiência própria 🙂
amo as minhas pimpolhas pequenas ♥♥

Tanto tempo
Jan 22nd, 2016 by M.J. Ferreira

Tanto tempo parecem ser vinte e seis anos e, o mais interessante, é que o tempo não parece ter passado assim tão depressa quando  recordo a minha avó. Foi uma manhã como tantas outras e o último beijo que lhe dei demorou o tempo de chegar ao meu emprego e receber o telefonema com a notícia da sua morte.

Adorava a minha avó. Era um sentimento recíproco e de grande cumplicidade. Demorei muito e muito tempo até conseguir lidar com a sua partida e o egoísmo de a não ter mais para mim. Hoje, conforta-me a ideia de que adormeceu em paz enquanto esperava uma caneca de chá que chegou tarde de mais.

Não há ano que não dê graças pela sua vida e pela mulher que foi e tanto fez por mim. O que eu julgava na altura ser o fim, sei hoje que o não é. Ela partiu fisicamente mas não morreu. Continua viva enquanto eu for viva e o seu lugar no meu coração não deixou de existir. Continuo a chamar-lhe avó e as memórias do tempo em conjunto estão tão presentes como há duas dezenas e meia de anos atrás. 

Amanhã será o aniversário da sua morte e eu vou recorda-la com um sorriso. O mesmo sorriso que tinha quando falávamos. O mesmo sorriso de quando a beijei pela última vez. De volta, vou ter o calor das memórias que me acalentam e afagam cheias de ternura e saudade. Adoro-te avó.

Um tornado em Lisboa
Apr 14th, 2010 by M.J. Ferreira

Foi visível hoje, ao início da tarde um mini-tornado sobre o Rio Tejo. Aliás, este ano, têm sido visíveis estes fenómenos por diversas localidades. Sesimbra, Ferreira do Zêzere, Santarém, Alcanena,…

Qualquer Benfiquista que fosse apanhado desprevenido, se lhe dessem esta notícia, responderia logo alto e bom som que não tinha sido hoje, já tinha sido ontem na Luz, quando o Cardozo e o Aimar “varreram com uma vistosa ventania” quaisquer aspirações dos leõezinhos.

Mas, interesses clubistas à parte, se a minha avó fosse viva, eu não teria dúvidas nenhumas que a explicação dela para este tipo de acontecimentos se resumiria a uma única coisa: desde que os homens foram à Lua e mexeram lá, o tempo ficou todo diferente. Bem; como o ano passado se comemoraram os 40 anos desta odisseia, cá fica o registo e a lembrança das explicações que a minha avó nunca me negava e que tinha o condão de simplificar para que eu pudesse perceber tudo, tudinho, de maneira clara e sem deixar espaço para mais dúvidas!

Hoje, quando partilhei há pouquinho com um vizinho (não sei a idade certa, mas estará na casa dos 70), o fenómeno que tinha acabado de ser fotografado em Lisboa, a explicação já foi outra, mas também estava na ponta da língua. Afinal, estes fenómenos todos que estão a acontecer têm a ver com o aquecimento da Terra e o buraco lá em cima. Não tive grande tempo para “discutir” esta teoria. É que o buraco lá em cima deve estar hoje completamente escarranchado e a chuva cai a potes.

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