O Benfica é o maior clube do mundo e, no Sábado, fez a entrega de emblemas de prata, ouro e platina aos sócios com, respectivamente, 25, 50 e 75 anos de filiação. O meu filho era um dos distinguidos com a Águia de Prata e, claro, eu acompanhei-o nesta cerimónia.

Apesar da simplicidade da data , este é um evento que o Benfica prepara a preceito dando-lhe uma dignidade própria do acontecimento porque, como muito bem discursou o Presidente Luis Filipe Vieira, o clube é dos sócios e existe por causa dos sócios.

Não podia pois, deixar de estar presente, com um bem inchado orgulho de mãe (por sinal, também benfiquista), enquanto o filho recebia a sua Águia. Finda a cerimónia havia que comemorar a preceito. A convite do filho, fomos os dois – mãe e filho, almoçar ao Tavares Rico, na Rua da Misericórdia.

Há muitos anos que eu tinha o “sonho” de tomar uma refeição nesta sala de Lisboa com mais de 200 anos. E o sonho realizou-se e, deixem que vos diga, superou todas as expectativas que eu tinha idealizado. A sala é simplesmente grandiosa mas, apesar de todo o esplendor e riqueza, a simpatia e eficiência dos empregados, chefe de sala, etc. é enorme e envolve-nos com a simplicidade das coisas bem feitas.

A refeição foi magnífica. Vou tentar descrever. Começou por um couvert, cortesia do Chefe, composto por azeitonas fritas envolvidas em tempura. Depois tivemos duas entradas. A primeira apresentava um tradicional peixinho da horta servido com ovas de truta. A segunda foi uma selecção de vegetais, frutos, flores e presunto aletejano com molho de cogumelos.

Tivemos dois pratos principais. O de peixe apresentou-nos Robalo com espargos verdes, batatinha e molho de cogumelos de comer e chorar por mais. Não é preciso porque o serviço é optimo e não temos que esperar. O prato de carne veio prontamente e foi servido uma Vitela com puré de cenoura e puré de alho, cenoura bebé, tudo sobre um molho de cogumelos trufados. O repasto foi acompanhado por um Vinho do Douro -Arronches, Reserva de 2007.

A sobremesa foi soberba. Compôs-se dasTradicionais queijadas de Sintra com sorbet de limão e doce de abóbora e gengibre servida decorada com uma espuma deveras interessante. Para o café, novamente uma cortesia do Chefe, fomos brindados com Areias de cascais, Gomas de maracujá e Trufas de chocolate e Vinho do Porto.

Simplesmente divinal esta refeição no Tavares Rico. Agora, fico a sonhar com o primeiro andar que, parece, é uma sala de chá. Já sinto salivar apenas com o pensamento de um chá com bolinhos ou scones… Vou sonhando…

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