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Em vez de petição… Acção!!!!
Feb 17th, 2010 by M.J. Ferreira

Os dias de descanso a meio da semana dão-me  uma falsa perspectiva sobre o dia em que estou realmente. Hoje devia ser Domingo…

Estes dias, foram óptimos embora um pouco trabalhosos. Aproveitei para ir até ao Alentejo onde a família costuma fazer campismo para “limpar” o alvéolo onde estamos instalados, um pouco mais de acordo com os novos regulamentos do Parque. Há que mudar algumas coisas que tínhamos instaladas e não me serve de nada esperar que todos façam para eu fazer igualmente. Felizmente não choveu o que foi mesmo bom para poder desmanchar o que estava a mais e começar a fazer as limpezas, isto é, tirar as aranhas do lugar onde se instalaram, lavar a caravana que ostenta algumas “granadas” de pássaro, retirar ervinhas antes que se transformem num matagal, varrer as intermináveis agulhas dos pinheiros caídas em cima de tudo, entre outras coisas. Quem é amante do campismo sabe bem do que estou a falar.

Regressada à “civilização”, o trabalho é outro mas a verdade é que adoro o que faço e, de uma maneira geral, organizei o meu tempo e a minha mente para “caberem” em cada dia todas as coisas, tendo tido o cuidado de deixar “algum espaço” para os imprevistos que não se conseguem controlar. Essa atitude torna tudo mais fácil e simples.

Ainda hoje vi na Net uma petição para o Dia Nacional de Prevenção e Combate ao Stress pois “há quem passe a vida stressado e são precisas “armas” para combater essa epidemia.”  A ideia é a de que, pelo menos num dia do ano, se fale do stress como uma epidemia que afecta todas as esferas da vida de cada pessoa.

Pessoalmente penso que seria mais proveitoso aprendermos a ter uma consciência honesta de nós próprios, das nossas capacidades e das nossas limitações e agirmos de acordo com isso mesmo.  Penso que se aprendêssemos a estar satisfeitos com o que temos e soubéssemos usar a nosso favor as situações desfavoráveis, o stress seria muito menor. Julgo que se nos livrássemos de uma série de generalidades, “culpas”, esteriótipos e paradigmas que não nos levam a lado nenhum, seria bastante provável que simplificássemos a nossa vida e ampliássemos uma perspectiva positiva para o nosso tempo e relacionamentos. Tenho poucas dúvidas que se mantivermos níveis de comunicação sem ruídos, poderemos ficar bastante mais alegres, satisfeitos e realizados.

Mais que um dia para perceber que “o stress é uma epidemia” é consciencializarmo-nos que não somos super-heróis e não temos a solução para tudo nem a capacidade para “salvarmos” pessoas ou situações. Agir de forma consciente e profundamente honesta connosco próprios, penso, que  pode ajudar a prevenir esta epidemia não só num dia especial mas em cada dia, pois, todos os dias, desde manhã até à noite somos confrontados, ou com situações rotineiras, ou outras que não estávamos à espera. Debatemo-nos com percalços, desafios e problemas que preferiríamos não ter de enfrentar. Umas vezes rimos, outras choramos e às vezes “engolimos sapos”.

Portanto, seja qual for o conjunto de perturbações orgânicas ou psíquicas, provocadas pelos vários estímulos ou agentes agressores que estão diariamente no nosso caminho, o nosso stress pode ser bastante reduzido se antes de tudo nos conhecermos e aprendermos a compreender a forma como lidamos com as coisas, como reagimos emocional ou caracterologicamente a cada situação. Perceber o que faz aumentar os nossos níveis de irritabilidade, de hostilidade, de frustração, de fúria, de agressividade ou indiferença para com a auto-imagem.

Em vez de nos queixarmos constantemente e andarmos frustrados, não esperemos que esta petição seja discutida e implementada e, desde já,  tenhamos a coragem de dar o primeiro passo: identificar as causas que aumentam as nossas “hormonas do maldito stress”.
Se começarmos por aí, certamente seremos capazes de mudar para uma atitude mais positiva e dinâmica frente à vida. Depois, seria útil aprendermos a ter uma alimentação saudável, conseguir praticar uma actividade física regular, planear melhor os dias e os horários, aumentar a nossa capacidade de adaptação, aprender a lidar com os medos e enfrentar a vida com entusiasmo e boa disposição.

Em vez de petição, vamos mas é à acção!


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