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Estou no Alentejo!
Jun 28th, 2010 by M.J. Ferreira

Estou no Alentejo! Estamos uma semana a “cuidar” das nossas “velhotas” (quero dizer, a minha mãe e a minha sogra). Trouxemos-las connosco para passarem uns dias de descanso com praia e campo.
Embora o tempo não esteja assim tão ensolarado, tem dado para nos “torrarmos” e podermos regressar na próxima quarta-feira com um bronzeado de fazer inveja.

Se por um lado, esta zona do país nos encanta pela sua quietude, também, por outro lado, em termos de tecnologia, o sossego tem sido, igualmente, uma constante. A banda larga funciona como “banda estreita” e é extremamente difícil conseguir uma ligação em condições. Não faz mal. Desde que dê para a partilha diária que me habituei a fazer com todos vocês, já fico satisfeita.

Já sabem que, a par destes registos, tenho uma paixão por fotografia. Deixo-vos hoje com um maravilhoso apontamento da verdadeira filosofia alentejana que me encanta. Nesta terra não há stress. Viva o Alentejo.

Partir a loiça toda
May 5th, 2010 by M.J. Ferreira

Muitas vezes ouvimos a expressão habitualmente associada a uma situação de stress mais agudo ou irritação/zanga que levou a uma ira descontrolada que “fulano ou sicrano partiu a loiça toda”.

Para além do desperdício que isso representa (se a frase for  literalmente executada) nas finanças caseiras (porque tem que se comprar nova loiça e, mesmo nas lojas dos chineses, cada prato, anda à volta de 1€) também tem que, depois do alívio que foi transformar em cacos o interior do armário lá de casa, se varrer e apanhar toda a cacaria. Isto para já não falar nos olhares de esguelha que os vizinhos nos vão deitar no dia seguinte a pensar que houve lá em casa algumas daquelas festas turbulentas que andam por aí.

Cá em casa, como “postei” no dia 20 de Abril,  já resolvemos o problema à cabeçada com o quadro que o meu filho colocou na cozinha. Temos alguns hematomas mas sempre um sorriso de orelha a orelha. Hoje, a fazer justiça, ao facto de Portugal ser um país onde o stress alcança níveis apreciáveis, o Diário de Notícias publica o “último grito” para, depois do trabalho, os lisboetas poderem largar toda a pressão acumulada e regressarem ao lar todos delicodoces.

Para perceberem o que estou a falar, o melhor é lerem a notícia (carregue na notícia) e, o que é que eu hei-de dizer mais ? Olhem, partam pratos!

Em vez de petição… Acção!!!!
Feb 17th, 2010 by M.J. Ferreira

Os dias de descanso a meio da semana dão-me  uma falsa perspectiva sobre o dia em que estou realmente. Hoje devia ser Domingo…

Estes dias, foram óptimos embora um pouco trabalhosos. Aproveitei para ir até ao Alentejo onde a família costuma fazer campismo para “limpar” o alvéolo onde estamos instalados, um pouco mais de acordo com os novos regulamentos do Parque. Há que mudar algumas coisas que tínhamos instaladas e não me serve de nada esperar que todos façam para eu fazer igualmente. Felizmente não choveu o que foi mesmo bom para poder desmanchar o que estava a mais e começar a fazer as limpezas, isto é, tirar as aranhas do lugar onde se instalaram, lavar a caravana que ostenta algumas “granadas” de pássaro, retirar ervinhas antes que se transformem num matagal, varrer as intermináveis agulhas dos pinheiros caídas em cima de tudo, entre outras coisas. Quem é amante do campismo sabe bem do que estou a falar.

Regressada à “civilização”, o trabalho é outro mas a verdade é que adoro o que faço e, de uma maneira geral, organizei o meu tempo e a minha mente para “caberem” em cada dia todas as coisas, tendo tido o cuidado de deixar “algum espaço” para os imprevistos que não se conseguem controlar. Essa atitude torna tudo mais fácil e simples.

Ainda hoje vi na Net uma petição para o Dia Nacional de Prevenção e Combate ao Stress pois “há quem passe a vida stressado e são precisas “armas” para combater essa epidemia.”  A ideia é a de que, pelo menos num dia do ano, se fale do stress como uma epidemia que afecta todas as esferas da vida de cada pessoa.

Pessoalmente penso que seria mais proveitoso aprendermos a ter uma consciência honesta de nós próprios, das nossas capacidades e das nossas limitações e agirmos de acordo com isso mesmo.  Penso que se aprendêssemos a estar satisfeitos com o que temos e soubéssemos usar a nosso favor as situações desfavoráveis, o stress seria muito menor. Julgo que se nos livrássemos de uma série de generalidades, “culpas”, esteriótipos e paradigmas que não nos levam a lado nenhum, seria bastante provável que simplificássemos a nossa vida e ampliássemos uma perspectiva positiva para o nosso tempo e relacionamentos. Tenho poucas dúvidas que se mantivermos níveis de comunicação sem ruídos, poderemos ficar bastante mais alegres, satisfeitos e realizados.

Mais que um dia para perceber que “o stress é uma epidemia” é consciencializarmo-nos que não somos super-heróis e não temos a solução para tudo nem a capacidade para “salvarmos” pessoas ou situações. Agir de forma consciente e profundamente honesta connosco próprios, penso, que  pode ajudar a prevenir esta epidemia não só num dia especial mas em cada dia, pois, todos os dias, desde manhã até à noite somos confrontados, ou com situações rotineiras, ou outras que não estávamos à espera. Debatemo-nos com percalços, desafios e problemas que preferiríamos não ter de enfrentar. Umas vezes rimos, outras choramos e às vezes “engolimos sapos”.

Portanto, seja qual for o conjunto de perturbações orgânicas ou psíquicas, provocadas pelos vários estímulos ou agentes agressores que estão diariamente no nosso caminho, o nosso stress pode ser bastante reduzido se antes de tudo nos conhecermos e aprendermos a compreender a forma como lidamos com as coisas, como reagimos emocional ou caracterologicamente a cada situação. Perceber o que faz aumentar os nossos níveis de irritabilidade, de hostilidade, de frustração, de fúria, de agressividade ou indiferença para com a auto-imagem.

Em vez de nos queixarmos constantemente e andarmos frustrados, não esperemos que esta petição seja discutida e implementada e, desde já,  tenhamos a coragem de dar o primeiro passo: identificar as causas que aumentam as nossas “hormonas do maldito stress”.
Se começarmos por aí, certamente seremos capazes de mudar para uma atitude mais positiva e dinâmica frente à vida. Depois, seria útil aprendermos a ter uma alimentação saudável, conseguir praticar uma actividade física regular, planear melhor os dias e os horários, aumentar a nossa capacidade de adaptação, aprender a lidar com os medos e enfrentar a vida com entusiasmo e boa disposição.

Em vez de petição, vamos mas é à acção!


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