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Vai, vai, balão. Segue o teu caminho
Sep 2nd, 2010 by M.J. Ferreira

Descobri o vídeo “99 balões” no Youtube e confesso que me emocionou. Emocionou-me esta família, o amor em cada gesto, em cada palavra, nas fotografias, na partilha da sua privacidade.
Face a adversidades há muita formas de reagir. Há aqueles que se vitimizam e buscam a atenção constante numa lamúria agressiva, despojada de luta e vontade de mudar, entregando-se à inevitável derrota. Outros, por sua vez, encaram as dificuldades como oportunidades únicas para delas retirarem o que possam ter de bom e belo e, com isso, aproveitarem cada momento com a certeza que valeu a pena.
E depois há a fé, essa certeza das coisas que se esperam aliada à garantia das coisas que não se vêem. Uma razão que a própria razão não consegue explicar mas que conforta, serena, motiva e acarinha nos piores momentos alicerçada no relacionamento com Deus.
“99 balões” é um exemplo de amor que toca pela determinação de cada um dos seus protagonistas. Numa sociedade às vezes tão crua e tão insensível para com a diferença, há momentos que nos enchem verdadeiramente. E com o peito cheio de ar, qual balão que flutua pelos ares, seguimos em frente com mais esperança, com um sorriso nos lábios que faz a diferença.

Vai, vai, balão. Segue o teu caminho.

Parabéns Mãe
Jun 18th, 2010 by M.J. Ferreira

Um dia, o Amor estendeu as mãos
para o nada e abriu o espaço…

Um dia, o Amor estendeu as mãos
para o homem e abriu-se o encontro…

Um dia, o Amor se tornou
vida de tua vida e eu existi…

Mãe, o céu sem confins revela-me teu amor…
A vastidão do mar fala-me da tua bondade…
As altas montanhas refletem teu heroísmo…
A profundeza dos vales espelha tua humildade…
A beleza das flores traduz teu caminho…

Tudo isso encerras dentro de teu grande coração…
E silenciosa, serena, sorrindo,
continuas labutando no cotidiano da vida.

Um dia, o Amor se tornou
vida de tua vida e eu existi.

Obrigado, Mãe!
(autor desconhecido)

Com três letrinhas apenas
Se escreve a palavra mãe
Uma palavra tão pequena
É das maiores que o mundo tem.

O que é bom não se esquece
É um tesouro, é um bem
Um beijo que enternece
É o amor da nossa mãe

Hoje ela faz aninhos
A idade parece pesar
Mas vamos dar-lhe carinhos
E com ela sempre estar

Tão grande é a nossa sorte
Pela família que temos
Separados nem por morte
Aos pais tudo devemos

Do fundo do coração
Um grande chi-coração
Parabéns Sogra e Mãe
A melhor que o mundo tem

Com muito amor da Filha e Genro

Brrruuummmmm Brrrruuummmmmmm
Mar 30th, 2010 by M.J. Ferreira

Hoje faz precisamente 31 anos desde que tirei a carta de condução.
Oooops. A minha licença para conduzir é mais velha que alguns dos meus leitores. eheheheheh
E, uma coisa que sei, no que trata a conduzir… é que nem sempre se aplica o ditado: “quanto mais velho, melhor” (eheheheheeh).

É claro que tenho que levar isto na desportiva porque de vez em quando já vou recebendo umas apitadelas… enfim… que é que eu hei-de fazer? O engraçado, mesmo engraçado, vai ser quando o tempito começar a aquecer e eu começar a dar voltinhas de scooter. O que vale é que o capacete é muito grosso e talvez abafe o som das buzinadelas. ehehehehe

Mas o dia de hoje fica retido nos meus pensamentos porque, igualmente nesta data, os meus pais celebrariam o 62º aniversário de casamento. Recordo sempre a união deles como algo inabalável e forte. Claro que discutiram, claro que nem sempre os interesses de ambos coincidiam, claro que houve tanta coisa que não foi perfeito. Contudo, as dificuldades de princípio de vida naquela altura (1947) e as tribulações dos primeiros anos enquanto casal com uma bebé que viria a falecer com apenas 6 anos de idade não foram “uma pera fácil”. No entanto, as adversidades, a dor e as aflições tornou a união de ambos mais forte e mais cúmplice e, anos depois, foram “recompensados” com mais duas filhas, eu e a minha irmã mais nova.
Recordo-os como um exemplo de vida matrimonial onde o amor reinou e, por isso perdura ano após ano, nesta mesma data, em que continuamos a recordar este dia, apesar do meu pai já não se encontrar entre nós, como um hino ao amor, à dedicação, ao afecto, à compreensão profunda, por vezes expressa apenas nos olhares e nos gestos, entre duas pessoas que de forma terna e meiga partilharam uma vida em comum.

Daqui a pouco vou levar um ramo de rosas à minha mãe com a minha filha. Parabéns e obrigado pelo exemplo, queridos pais.

O meu porto de abrigo
Feb 3rd, 2010 by M.J. Ferreira

Hoje nem é nenhuma data especial, nem estou especialmente emotiva ou carente;  mas… será que é necessário haver datas ou sensibilidades especiais para se reconhecer que se ama a pessoa que Deus escolheu para passar o resto dos seus dias connosco?

Tenho a certeza que não são precisos dias, aniversários, festividades ou o que quer que seja para sentirmos que a nosso lado temos e vivemos com a melhor das pessoas. A pessoa que tenho a meu lado é, como costumo pensar e descrever, o porto de abrigo para os dias de tempestade, o peso no prato da balança que me equilibra; a concha protectora em que me refugio e descanso confiante no fim de cada dia.

Ainda hoje, à hora de almoço, enquanto trocávamos algumas brincadeiras, lhe prometi que envelheceríamos juntos. O sorriso nos meus lábios ao escrever estas linhas denota bem a esperança graciosa dos dias que virão, antevendo a comunhão e a cumplicidade que a harmonia entende, que faz amadurecer a compreensão e ultrapassa em muito o melhor que podemos desejar.

Na rádio passa uma canção que há muito não ouvia numa interpretação nova para mim.
Palavras simples mas que expressam tão bem o que sinto neste momento e que não posso deixar de dedicar ao meu companheiro de todos os dias, o pai dos meus filhos, o amor da minha vida.

Que maravilha…
Dec 7th, 2009 by M.J. Ferreira

Que maravilha é ter 50 anos. Completei-os ontem.

Foi excelente a data coincidir com um Domingo e, desta forma, poder reunir, sem os constrangimentos habituais dos dias de semana, a família mais chegada e os amigos de todas, e para todas as ocasiões. Faltaram alguns, é certo; outros, já não estão entre nós. Contudo, a festa da alegria e da celebração da vida faz-se com os presentes e os ausentes que temos no coração.

A harmonia, a serenidade, o amor fraterno, a sensação de pertencer a um todo que se ama, ultrapassa os nossos mais ínfimos desejos,  deixando-nos cheios de uma satisfação indescrítivel, fazendo extravasar o vaso da nossa felicidade que partilhamos e recebemos em cada olhar, em cada sorriso, em cada lágrima no canto do olho, na saudade,  no abraço e no beijo.

Recebi imensos presentes que não quero distinguir. Todos me tocaram de forma especial. Sem excepção, mostraram-me que a família e os amigos se preocuparam em escolher, não um simples embrulho, mas ofertas com que me relaciono, que me são úteis e que sabiam que eu ia gostar.

Que grande dádiva nos tempos que correm poder testemunhar, 50 anos depois de ter nascido, o prazer de ser membro de uma família extraordinária e ter à minha volta amigos excepcionais.

No final, um primo fez o brinde. Um brinde ao amor. O amor é o que me faz dizer e escrever o que sente o coração: 

Dou graças a Deus por tantas e tão boas recordações. Obrigado do fundo do coração.
Maridão, meu amor, és o meu porto de abrigo, o companheiro fiel de uma vida.
Filho, Filha  e Genro, vocês são os melhores filhos do mundo inteiro e arredores. Mamã e sogrinha vos ama.
Mãe, bem sabes que te amo.
Irmã, sister, eu não seria tão feliz se tu não existisses.
Madrinha,  que bondade divina é a sua presença.
Sogra, é muito  importante o seu afecto e amizade.
Cunhados, sobrinhos e sobrinhas, compadre e comadres, restante família e amigos,obrigada por terem ajudado a tornar o dia do meu 50º aniversário ainda mais especial.

# 9
Nov 19th, 2009 by M.J. Ferreira

“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”
(Carlos Drummond de Andrade)

# 8
Nov 19th, 2009 by M.J. Ferreira

“Uma colecção de pensamentos deve ser uma famácia moral onde se encontram remédios para todos os males.”
(Voltaire)

# 5
Nov 10th, 2009 by M.J. Ferreira

“Tudo o que compreendo, compreendo porque amo.”
“Toda a gente pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar-se a si mesmo.”
(Leão Tolstoi)

A família deixa (deixou?) de ser um espaço de cumplicidades
Nov 5th, 2009 by M.J. Ferreira

Quando olho à minha volta, uma das coisas que mais me preocupa é a forma como a educação se tem desenvolvido. Não estou a falar, pelo menos agora, sobre os manuais ou os currículos escolares ainda que neles a qualidade seja um dos factores mais importantes, a par de profissionais responsáveis que os ponham em prática duma forma que motive e responsabilize os seus destinatários. Não é para menos, os miúdos vão ser em alguns anos o futuro deste país.

Agora, falo das bases, dos alicerces, da própria família e até parece que os pais se andam a portar pior que os filhos.

Freud disse uma vez que “a educação consiste em saber como dar à criança a quantidade certa de amor”. Se lermos esta frase com atenção e concordando ou não com ela, seja qual for a nossa religião, sexo ou raça, não nos deixa indiferentes. No entanto, nos nossos dias dar a quantidade certa de amor tem-se revelado uma dor de cabeça para pais e filhos ao mesmo tempo.

As famílias hoje, para além dos problemas financeiros, dos medos e ansiedades que um emprego precário acarreta, debatem-se com a falta de tempo. E esta falta de tempo repercute-se a nível familiar onde os nossos compromissos como pais e educadores são vencidos pelo cansaço, stress, rotinas e sei lá mais quê. Lentamente temo-nos afastado das responsabilidades e substituído o amor por coisas práticas que os miúdos desejam e apalpam.

Até na mesa das refeições notamos o afastamento. Até porque na maior parte dos casos as refeições são acompanhadas por ruídos de fundo: telenovelas, futebóis, notícias e imagens chocantes, etc., etc.

Perde-se (perdeu-se?) a capacidade de partilhar os bons e os maus momentos do dia, de dialogar, de expressar os nossos sentimentos. A situação piora um pouco se na família, os horários a cumprir por cada um, não permitem que se sentem todos, calmamente, à mesma mesa.

A família deixa (deixou?) de ser um espaço de cumplicidades, com pontos de referência comuns, para ser um espaço onde cada um fala uma linguagem que não é entendida pelos outros. E é muito triste quando numa mesma família parece que todos falam estrangeiro entre si.

A família parece unida, vivendo na mesma casa, mas quantas vezes não estão os miúdos fechados no quarto ou em frente do televisor ou, simplesmente, deambulando por aí na escola da vida, procurando as referências certas para sobreviverem no futuro, de uma forma melhor que o exemplo que vêem em casa?

Se calhar, nós, os pais, até achamos que esta forma de estar é prática. Se calhar, já tivemos tantas chatices no emprego, nos transportes, na caixa do correio com as contas que acabaram de chegar que a nossa cabeça está a arrebentar. Depois, os miúdos só fazem reclamações, exigências, barulho…

Deixamos que as coisinhas pequenas se transformem em autênticas bolas de neve. Depois ficamos surpreendidos com a falta de rendimento escolar, com a linguagem que usam, com a falta de disciplina, com a falta de hábitos, com a hora a que se deitam, com os filmes que vêem, …

Que fazemos?

Quantas vezes lhes exigimos que sejam os melhores (esses são os que não dão problemas!) e não aplaudimos os seus esforços que não dão mais que um “Satisfaz”?

Quantas vezes não responsabilizamos a escola, os professores, a igreja – se a frequentamos, e até o próprio governo por aquilo que são as nossas responsabilidades?

Quantas vezes não somos demasiado permissivos como forma de compensar os erros que cometemos e tardamos a reconhecer? Em vez de segurança e responsabilidade bombardeamos os miúdos com gritos, ralhos e ameaças que incentivam a discórdia, atitudes de protesto e uma revolta latente.

Quantas vezes não escolhemos transformar o nosso amor, a simples palavra “amo-te” ou como se diz em português “gosto muito de ti” numa atitude permissiva onde a palavra “não” há muito foi abandonada pelos traumas que julgamos pode causar? Quantas vezes para compensar a nossa falta de tempo não vamos fazer mais um sacrificiozinho e compramos a PlayStation, aquele jogo ou a Barbie dos bebés tão desejados? Sacrifício atrás de sacrifício e eles não entendem.

No entanto somos nós que não entendemos que eles e elas apenas querem ser eles próprios. Querem ser amados pelo que são e crescer úteis e felizes, com um tempo certo para cada coisa.

O mais giro é que os miúdos quase sempre deixaram uma pista, deram-nos todas as indicações que precisavam da nossa ajuda e nós, com a nossa falta de tempo, não percebemos e ignorámos os sinais.

Se pensamos que as diversas crises de crescimento como “a idade da prateleira”ou a adolescência passam e explicam todas as coisas “chatas” e desagradáveis e esperarmos calmamente sentados pode ser tarde.

Não podemos “abandonar” os nossos filhos, o futuro deste país, por mais tempo. Até porque eles se apresentam grandes Schwarzenegers em casa e com os amigos mas a realidade é que são uns anõezinhos na vida.

“Percamos” tempo a ouvi-los. Arranjemos espaço e oportunidade para o diálogo. Descubramos o prazer de sermos pais responsáveis que naturalmente erram. Quando falhamos, que o pedido de desculpas seja algo que faz parte intrínseca do nosso vocabulário. Depois, não permitamos que as nossas frustrações, aquilo que nós próprios não conseguimos, lhes seja exigido.

Façamos-lhes a carícia que eles, mesmo espigadotes com a “crista” a crescer acham “careta” mas adoram. Reaprendamos o hábito dos passeios, da história ao deitar ou das histórias da família. Não permitamos que os nossos filhos cresçam órfãos de pais vivos. Reaprendamos a ser pais. No nosso lar já começou a grande aventura que é criar o futuro de Portugal.

Na Bíblia está escrito: ensina à criança o caminho por onde deve andar e quando for velho ainda continuará a andar por ele.

É só preciso aprendermos a dar-lhes a quantidade certa de amor.

“Não são as ervas más que afogam a semente, mas sim a negligência do lavrador” – Confúcio

Amor da minha vida
Nov 2nd, 2009 by M.J. Ferreira

 Para o amor da minha vida: o meu marido

 Quando digo que te amo
Não penses que estou a brincar ou a dizer graças
Porque a minha alma está a rir

 Quando digo que te amo
Não penses que estou abatida ou nostálgica
Porque a minha face se mantém passiva

 Quando digo que te amo
Sou mais frágil que um bebé
E mais forte que um gigante

 Quando digo que te amo
É porque a verdade do meu olhar
Quer exprimir-se nas palavras
Que saem dos meus lábios
Para que o seu som ecoe nos dias e nas noites
No calor do Sol e no amarelo da Lua 

Quando digo que te amo
Não me digas que não preciso de dizê-lo
Ouve apenas
Não precisas de falar 

Quando digo que te amo
Sorri só
Porque no teu sorriso
Cabem todas as estrelas do mundo
E todas elas
De forma inocente
Fazem brilhar o puro do nosso amor 

Quando digo que te amo
Agradeço a Deus
Ter-te posto no meu caminho
E no meio da luz
Que sai de entre as nuvens
Vejo que Ele também sorri

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