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Ai… ai… a vida
Feb 4th, 2010 by M.J. Ferreira

Hoje estou muito filosófica, cheia de pensamentos, um pouco irascível até. Por isso, a minha cabeça está num turbilhão, o que dificulta colocar todas as ideias de forma escrita.

Tenho estado a pensar numa pessoa que encontrei e que estava de tal forma descontente com a sua vida, capaz de se desanimar de tal forma, que se considerava uma coitadinha, uma vítima do mundo, incapaz de perceber que as lamúrias matam o desejo de agir, não a ensinam a ter objectivos e inibem qualquer satisfação pessoal.

Hoje a vida, como é fácil reconhecer, está difícil para todos. Repete-se esta ideia e embora ela não esteja assim tão longe da realidade, não pode ser sinónimo de imobilismo ou “tragédia grega”. Antes, deve incutir beligerância, ir à luta. Muitas vezes essa batalha é connosco próprios porque a vida consiste em aprender a viver com autonomia, tanto individual como socialmente, em grupo. Para isso, é preciso que cada um esteja familiarizado e à vontade consigo próprio, que cada um se possa reconhecer a si mesmo. Penso que isso significa, de uma maneira muito básica, saber responder a três questões: quem sou?; o que faço aqui?; para onde vou?. Isto é, descobrir quem somos e aprender o que temos para oferecer à sociedade, ao contexto, em que nos inserimos e, finalmente, definir como fazer para que essa oferta seja válida. Esse é o trabalho de uma vida.

Às vezes, é preciso descer do pedestal em que nos colocamos e, pés na terra, com humildade, receber o que nos é dado, percorrendo com agrado o caminho que se encontra pela frente. Outras vezes, é preciso arriscar situações novas e desconhecidas, aceitá-las e vencer os desafios de cada dia. Noutras alturas, ainda, nada faz sentido e é preciso parar e avaliar. Mas todos os dias descobrir, aprender e executar. Agir determina acção. Triunfar é o resultado da acção. E, triunfar não significa necessariamente “ser o primeiro”, “ser o melhor” mas conseguir chegar ao fim de cada dia com a consciência que levámos a cabo as nossas tarefas e as executámos dando o nosso melhor.

A vida é simples; nós é que a complicamos.

O conserto necessário
Feb 1st, 2010 by M.J. Ferreira

Uma história de autor desconhecido de que gosto muito chega a uma conclusão extremamente sábia a que, julgo,  devemos estar atentos nos dias que correm, onde os valores, a ética e a moral parecem desassociados da vivência em liberdade, abusando dela e a degradando.

Pois conta a história que um cientista muito preocupado com os problemas do mundo passava os seus dias no laboratório, tentando encontrar todos os meios para o melhorar.

Certo dia, o seu filho de 7 anos invadiu o seu santuário e estava decidido a ajudá-lo. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer com que o filho fosse brincar para outro lugar. Contudo, vendo que seria impossível demovê-lo, procurou algo que pudesse distrair a criança. De repente, deparou-se com o mapa do mundo. Estava ali o que procurava. Recortou o mapa em vários 
pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva entregou-os ao filho dizendo:

– Tu gostas de puzzles e quebra-cabeças, não gostas? Olha, vou-te dar estes pedaços que contém o mapa do mundo para consertares. Vê se consegues consertá-lo bem direitinho! Mas faz tudo sozinho!

Pelos seus cálculos, a criança levaria dias para recompor o mapa. Mas… Passadas alguns minutos, ouviu o filho chamá-lo calmamente. A princípio, o pai não deu crédito ao chamamento do filho.
 Seria impossível na sua idade conseguir recompor um mapa tão depressa e  que  nem sequer tinha visto inteiro.

Relutante, o cientista levantou os olhos das suas anotações, certo de que 
veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares.

Como era possível? Como é que o menino tinha sido capaz?

– Tu não sabias como era o mundo, meu filho, como conseguiste?

– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando o pai tirou o papel do jornal para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem.

Quando o pai me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas 
não consegui.
 Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e 
comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo!

Adoro esta conclusão: consertemos o homem e seremos capazes de consertar o mundo!

# 5
Nov 10th, 2009 by M.J. Ferreira

“Tudo o que compreendo, compreendo porque amo.”
“Toda a gente pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar-se a si mesmo.”
(Leão Tolstoi)

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