Estou mesmo uma menina prendada… É verdade! O facto de ter encontrado no sótão um barril de aguardente com cerca de duas dezenas e meia de idade despertou-me os instintos culinários licorosos. Tenho em preparação o licor de canela que já aqui referi e, hoje, resolvi dar uso a duas romãs gigantes ofertadas para utilizar um pouco mais da aguardente.

O processo do Licor de Romã é diferente do de canela. Só irá estar disponível para consumo daqui a cerca de quatro/cindo meses pois tem que repousar nos vários estádios de fabrico. Hoje, dei início ao primeiro que foi o de descascar as romãs, retirar-lhes todos os bagos e colocá-los num frasco fechado com mais ao menos 200 gramas de açúcar. Optei por usar, junto com o açúcar branco, um pouco de açúcar mascavado que o meu pai sempre utilizava quando de álcool se tratava.

Os bagos e o açúcar irão estar a “enxaropar” cerca de 15 dias após os quais, irei adicionar cerca de 3 dl de aguardente. Por esta altura, vou ter que agitar a mistura durante 90 dias (3 meses!!!) diariamente para, findo este prazo, coar/filtrar o líquido de forma a poder ser guardado em garrafa(s) e poder ser consumido, no mínimo, um mês após o engarrafamento gelado ou ao natural.