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Imagens terríveis
Jan 16th, 2010 by M.J. Ferreira

Penso que será a mesma coisa em Portugal. Os noticiários aqui abrem todos com imagens e testemunhos terríveis  sobre a tragédia do Haiti. Campanhas de recolha de ajuda são dinamizadas através de todas as publicações noticiosas. Estima-se que toda a solidariedade  e donativos excedam em muito os números do Katrina.

À medida que se começa a perceber a dimensão desta tragédia um esforço massivo de ajuda e tentativas de salvar aqueles que estão entre os escombros ou simplesmente sepultar aqueles que sucumbiram acaba por motivar e fazer perseverar aqueles que estão no terreno. Uma jornalista escreve que em Port-au-Prince um homem que sobreviveu ao terramoto está preso entre dois carros e uma amálgama de destroços, sendo aí alimentado e confortado  pela família e amigos que são capazes de o “aliviar” dessa forma mas são incapazes para o retirar da amálgama de chapa, pedras e ferros que teimam em prendê-lo ao caos em que a cidade está.

Em destaque na primeira página do USA Today: “We need help and prayers” – “Precisamos de ajuda e orações”.
Hoje, vamos fazer um “tour” que nos vai levar a uma parte da cidade onde uma grande campanha de solidariedade estará a decorrer. Não podemos ficar indiferentes. Ninguém pode ficar indiferente. Eles precisam de ajuda e orações.

Um tributo
Jan 13th, 2010 by M.J. Ferreira

Hoje fomos abalados pela terrível notícia de um terramoto que terá sido dos mais fortes de sempre no Haiti. Lamento profundamente  a perda de vidas, o desmembramento ou o sucumbir de famílias inteiras, o arrasar por completo de edifícios, escolas, hospitais, lares, etc.

Como tributo, transcrevo na íntegra um artigo de Mª Teresa Oliveira, que apresenta o horror descrito na primeira pessoa por um casal de norte americanos:

Jornal Sol, online:
Haiti
Na primeira pessoa, o horror durante e após o terramoto
Por Maria Teresa Oliveira
Tara e Troy Livesay são dois norte-americanos que vivem e trabalham no Haiti. No seu blogue, relatam o que aconteceu e o que está a acontecer em Port-au-Prince. Troy está ainda no Twitter
Hoje, foi Tara que contou «a manhã seguinte»: «Quando a terra tremeu, processar o que estava a acontecer demorou muitos segundos. A casa balançava para a frente e para trás de uma forma que nem consigo descrever. Não parecia verdade. Parecia um filme. Objectos caíam por toda a casa. Parecia que o mundo estava a acabar. Não sei porque é que a minha casa ficou em pé e todos os meus filhos estão, neste momento, deitados a dormir nas suas camas. É uma coisa que desafia a lógica e os meus bebés foram poupados quando milhares de outros não o foram».

«Milhares de pessoas estão presas. Calcular um número seria como adivinhar quantas gotas de chuva caem no oceano. Vidas preciosas estão por um fio. Não há para onde as levar para serem tratadas quando forem retiradas dos escombros. O Haiti tem um sistema de saúde praticamente inexistente para a sua população».

«Não consigo imaginar como serão as próximas semanas e meses. Tenho medo por toda a gente. Nunca na minha vida vi pessoas mais fortes que as do Haiti. Mas tenho medo por eles. Por nós».

«O horror apenas começou».

«É possível que os noticiários se esqueçam de nós daqui a alguns dias – mas as pessoas continuarão a estar enterradas vivas e a sofrer».

«Sim, inúmeras, inúmeras – inúmeras casas, igrejas, hospitais, escolas e lojas colapsaram».

Tara e Troy Livesay relatam ainda que primeiro havia réplicas a cada cinco minutos, que depois passaram para cada dez minutos. E que as ruas estavam cheias de pessoas que dali não saiam com medo de ir para casa.

Os textos, em inglês, podem ser encontrados em
www.livesayhaiti.blogspot.com e www.twitter.com/troylivesay.
teresa.oliveira@sol.pt

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