Este fim de semana nem foi o Dia Mundial dos Vizinhos. Ainda bem! Porque isso significa que tratar bem dos vizinhos não deve ser algo de um dia só mas de todos os dias.

Há muito tempo que junto ao portão da minha casa (por este ser um pouco recuado) alguns vizinhos, que trabalham em alguns dos estabelecimentos do piso térreo, aproveitavam o local para fumar, uma vez que não o podem fazer nos seus locais de trabalho.

Uma das pessoas até costumava sentar-se no degrau da porta lateral de um stand que se encontra permanentemente fechada. Local para as “beatas” também não havia e se aquela vizinha usava uma garrafinha para as colocar, a maior parte delas poisava entre as pedras da calçada.

Este fim de semana resolvi o assunto. Para os fumadores, coloquei dois banquinhos que lhes permitem fumar o seu cigarrinho e dar dois dedinhos de conversa de uma maneira mais confortável. Não esqueci um vasinho para as “beatas”, nem uma mensagem alusiva ao tabaco… pois só quero o bem estar dos meus vizinhos.

Até que ficou bastante giro. 🙂

“Fumar mata” é uma das frases em destaque nos maços de tabaco. Muitas campanhas têm sido feitas para alertar os fumadores sobre os malefícios do tabaco. Nestas campanhas pretende-se igualmente sensibiliza-los para o facto de que quem não fuma tem todo o direito de respirar um outro ar e, efectivamente, não ser um fumador passivo. A própria legislação tem caminhado neste sentido.

No aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, qual não foi o meu espanto, ao percorrer o corredor imediatamente após a saída do avião , quando dei de caras com uma série de indivíduos metidos dentro de uma caixa de vidro. E, apesar de o espaço ser mesmo diminuto, mais três preparavam-se para entrar.

Pois é! A caixa de vidro não era nem mais nem menos que uma sala de fumadores.
Como estava em Paris, lembrei-me de um filme/musical, agora também adaptado pelo La Féria ao teatro, e o único nome que me ocorreu para chamar “àquilo” foi: la cage aux folles.

Ai… ai… há cada uma!?!