Chegou cá a casa uma courgete gigante que, imediatamente, despertou em mim apenas um único pensamento: Haja terra para ser trabalhada e mãos para a trabalhar e não há razão para se passar fome.

Terra temos, mãos para a trabalhar também há; mas… ainda falta quebrar o preconceito de que é humilhante não ser doutor nesta terra. Humilhante nunca foi um trabalho sério e honesto. Antes, pelo contrário, dignifica a pessoa humana. Contudo já não digo o mesmo de alguns hábitos que se entrenham em determinadas mentes viciadas em subsídios e outras dependências.

Fico-me com a courgete e o pensamento de que é preciso uma reforma agrária. Não como aquela pós 74 que nos deixou miseravelmente sem campos e sem engenho para produzirmos o que necessitávamos. Precisamos de uma Reforma Agrária que nos traga de volta o orgulho de trabalharmos a terra e obtermos dela sustento.

Ontem fomos ao Auditório do Casino Estoril ver a peça de teatro “Vamos Contar Mentiras”, com o Octávio de Matos. Uma peça despretensiosa, diversão pura e um bom exemplo de que não são precisos corpos nús, cenas de sexo implícitas ou explícitas, palavrões e outras coisas tão em voga na forma de fazer cultura hoje em dia para termos um bom espectáculo, com alguma malandrice à mistura – é verdade -, mas que nos deixa bem dispostos de tanto rir.

Depois de rir a bandeiras despregadas durante cerca de duas horas deixa sempre um buraquinho no estômago. Nada melhor que um snack rápido aproveitando a promoção do “segundo por 1 €”. Quer isto dizer que pedindo duas coisas iguais, a segunda custa apenas 1€. Não fazem isto com todas as coisas mas a selecção é suficiente:

E a tosta de queijo é mais que suficiente!!! Apenas para informação, está é a “segunda”… quer dizer que custou 1€ 🙂 Não sei é quanto custou a 1ª 🙂

“έχετε πίστη” era uma locução de que gostava bastante quando estudei Grego. Quer dizer: tenham fé. Lembrei-me dela depois de ter lido hoje uma notícia da Agência Lusa, publicada online no Sapo Notícias, que “rezava” assim:

“Confirmados “graus impressionantes” de ouro no Alentejo

A empresa canadiana Colt Resources, que desenvolve prospeções de ouro no Alentejo, revelou hoje que os resultados das perfurações na Boa-Fé, no concelho de Évora, evidenciam “graus impressionantes” daquele metal precioso, “perto da superfície”.

Em comunicado enviado hoje à Agência Lusa, mas divulgado quarta-feira no Canadá, a empresa anuncia já ter recebido os resultados analíticos finais correspondentes a amostras das sete sondas de perfuração instaladas naquela zona alentejana.

A perfuração na Boa-Fé está a decorrer “desde dezembro”, disse à Lusa Nikolas Perrault, frisando que o projeto “tem vindo a exceder as expetativas” e que a empresa está “cada vez mais confiante” de que “é viável” a exploração industrial de ouro no Alentejo.
(Agência Lusa – Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.)

Tenham fé… Porque eu, apesar de não ter nem um vasinho com terra daquela zona, cá estou cheia de fé… De “Boa-Fé” quero dizer 🙂

Assinala-se hoje o Dia Mundial do Dador de Sangue que é comemorado mundialmente com o objectivo de sensibilizar a sociedade para a necessidade de sangue inócuo e seus derivados para transfusões, bem como agradecer a importante contribuição de milhões de dadores voluntários.

Por cá, algumas notícias deram conta oportunamente que as dádivas baixaram consideravelmente após os dadores terem perdido a isenção total das taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde. A nova lei prevê apenas isenções nas taxas dos dadores nos serviços prestados em centros de saúde e, de acordo com a Rádio Renascença, numa notícia de Janeiro desta ano, os dadores estariam a sentir-se defraudados e ponderavam deixar de dar sangue.

Tem assim muita lógica a escolha pela Organização Mundial de Saúde para este ano, do tema “Cada Dador de Sangue é um Herói” que reforça a ideia que cada um de nós pode verdadeiramente ser um herói ao dar sangue. O heroísmo, propriamente dito, consiste no gesto gracioso da dádiva que pode representar o salvar a vida a alguém, a muitos, todos os dias, a qualquer hora, sem aviso prévio.

Pois chegou cá a casa uma nova vizinha.

Passa o tempo à janela a cofiar os gatinhos e a coscuvilhar tudo à volta dela. Ainda não nos disse a sua graça mas estamos a pensar que nome ou alcunha lhe atribuir. Já faltou mais.

Há algum (muito) tempo comprei numa loja dos chineses umas “almofadinhas” para usar com sapatos com um bocadinho de salto que são espectaculares. Usei-as quando as comprei e guardei outra embalagem para quando precisasse. Aconteceu agora.

No entanto, e porque já não me lembrava que parte da dita “almofadinha” se usa encostada ao sapato e à pele, resolvi ler as instruções para avivar a memória. Deparei-me com as informações escritas num português que – e nunca pensei dizer isto – envergonha até o acordo ortográfico que, até agora, me tenho recusado a usar.

Arrisquei e dei-me bem; mas… instruções escritas desta forma só lembra aos chineses!!! Chinesices, é o que são:

Os fins de semana em Vila Nova de Milfontes são dos fins de semana que mais gosto. Ainda melhor quando à nossa “barraca” em condomínio privado se junta a criatividade da terra.

Vila Nova de Milfontes teve novamente a Feira de Turismo Activo e Desportivo. Só que, desta vez, houve um desafio ao comércio local (e não só) de elaborarem um “espantalho” que, para além de dar um ar diferente à bonita vila de Vila Nova, lhe conferiu criatividade q.b. e muito boa disposição.

A Feira teve expositores simpáticos relacionados com o tema, algumas actividades, concertos e muitos espantalhos. Fotografá-los encheu-me a “memória” da máquina mas gostei. Assim como assim, estes espantalhos até que eram criativos e mesmo os que estavam assim mais para o estafermo primavam pelo bom gosto,.Passear entre eles foi agradável. Agora… há para aí muito espantalho que… (o resto da frase fica ao critério de cada um porque longe de mim armar-me em “espantalha opinante” e “espantalhar” os leitores 🙂 )

Os espantalhos fotografados por mim podem ser vistos carregando AQUI

A horta cá de casa tem sido uma graça. No espaço reduzido que possuo tenho uma verdadeira quinta que vai produzindo de acordo com a capacidade do terreno onde está instalada.

De qualquer forma, mais que a quantidade interessa realçar a qualidade. Não só dos produtos mas a qualidade de vida que proporciona. É uma terapêutica anti-stress, anti-rotina e anti todas as coisas que agora não me ocorrem e que costumam andar por aí a minar perniciosamente os terrenos que pisamos.

Hoje fotografei alguns dos produtos que por cá vão crescendo. Apenas alguns mas todos são especiais e… deliciosos, a seu tempo.

No melhor e no pior
Na saúde e na doença
Na riqueza e na pobreza
Até que a morte nos separe