November 18th, 2013 by M.J. Ferreira
Já cheira a Natal. As grandes superfícies já puseram em prática todo o marketing possível e imaginário para convidar ao consumo e, mesmo em frente cá a casa, uma árvore iluminada no parque de estacionamento do Pingo Doce alegra a rotunda todos os fins de tarde.
As notícias dão conta que em consequência dos cortes que o Governo tem sido obrigado a fazer, os portugueses não terão Natal. Não concordo. Os cortes são muitos mas o Natal não tem nada a ver com isso. Durante décadas de uma falsa democracia assente numa periclitante economia que convidou ao esbanjamento, o Natal passou a ser uma época de enorme consumo e muito desperdício. Ora, o Natal, do meu ponto de vista, sai beneficiado se aqueles não forem os seus principais valores e alicerces.
O Natal é uma festa religiosa que ultrapassa muito o conteúdo da fé, sendo celebrado por cristãos em todo o mundo e por muitos outros de outras religiões, ideologias ou simpatias. Para estes, é uma festa de família, de alegria e de muita tradição. Para os primeiros é a recordação do nascimento de Jesus, o bebé que se fez homem para reconciliar os homens com Deus.
Assim, o Natal não precisa de consumos desenfreados, esbanjamento do que se tem e fica a dever para ser Natal. A vida que o Natal nos convida a festejar é grátis e está ao alcance de todas as bolsas porque apenas necessita de amor, solidariedade, esperança. A Vida que o Natal nos oferece a cada celebração não escolhe ricos, pobres, brancos, coloridos, de esquerda ou de direita. Está disponível a qualquer instante para nascer no coração de cada homem e ser vivida intensamente.
Já cheira a Natal. Verdade. Mas cá para mim, o cheirinho é Jesus.