Há diversas possibilidades de se estender a roupa. Pode ser num estendal mais tradicional, com roldanas ou sem elas; como, se pode optar por um dos modernos equipamentos que se abrem e fecham ou se penduram nas varandas. Isto, para já não falar da velhinha corda à janela  esticada com o “pau da roupa” ou, até, que ainda me lembro, dos campos onde as peças bem esticadinhas ficavam a secar e a corar.
Também em relação às “molas”, a oferta é variada e por vezes a escolha difícil entre tantas cores e diversos materiais.

Vem tudo isto a propósito de na passada segunda-feira, enquanto saía da feira de Portel, ter descoberto uma nova possibilidade de se estender a roupita acabada de lavar. Não resisti e, mesmo só tendo o telemóvel, tive que tirar uma fotografia.

   a qualidade da foto não é a melhor…
   mas até os espelhos retrovisores servem
   de estendal quando não há outras
   hipóteses melhores para se colocar
   a roupa interior…

E esta, hein?

Foi um fim-de- semana prolongado o que acabou de passar. Aproveitei para, com parte da família, visitar Portel e aí descansar. Ficámos hospedados nas “Casas do Montado”, cuja proprietária, D. Maria José Serra, prima pela simpatia. Gostámos imenso.

    vista do interior de uma das habitações

Em Portel estava em grande destaque a X Feira do Montado que apresenta os produtos típicos da região: cortiça, azeite, mel, gado caprino,…
Para além dos diversos expositores da zona, ficámos encantados com a D. Emília, uma senhora padeira  de Almeirim que comercializa, entre muitas outras coisas, um autêntico petisco que dá pelo nome de “caralhotas”. Calem-se as más línguas e envergonhem-se as mentes mais depravadas pois qualquer semelhança entre este nome e qualquer outra palavra que possa ocorrer é pura e mera coincidência.

    A D. Emília com uma travessa das maravilhosas “caralhotas”

Simpática e habituada às mais diversas brincadeiras, é com orgulho que recomenda a leitura da sua história exposta no vidro do seu stand que conta das grandes tribulações por que passou, mas, também, de como deu a volta por cima fazendo da dificuldade uma oportunidade para vingar na vida.

    apesar de pouca qualidade, ainda se conseguem perceber 
    as linhas da história de um exemplo de uma  mulher trabalhadora

Fiquei, ficámos,  fãs desta iguaria e de certeza absoluta que no dia que for (formos) a Almeirim, lá estarei (estaremos) nas “Caralhotas da Caldeira” para voltarmos a saborear as ditas cujas.

     pãezinhos de maçã e canela que quentinhos são de comer e chorar por mais…

     servidas com grande simpatia e uma besuntadela final de gostinho especial

Já tenho água na boca!!!