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Era uma vez uma quinta…
May 4th, 2010 by M.J. Ferreira

No Páteo Saloio vai ser festejado um aniversário e, mais uma vez, fui convidada para a decoração. Desta vez, porque a criança que é homenageada adora animais domésticos, estou a fazer uma quinta em miniatura. Acabei há pouquinho o estábulo onde 5 bonitos cavalos espreitam o prado em frente, dentro das suas boxes.

Se fiquei apaixonada pelo projecto quando mentalmente o idealizei, à medida que vai tomando forma estou completamente “derretida”… Imagino o tempo, num futuro algures à minha frente, em que terei netos e poderemos brincar enquanto, pacientemente o/a ensinarei a moldar o barro, as madeiras, colar a terra e nos divertiremos a plantar as hortaliças plásticas enquanto imitamos os sons de relinchar, cacarejar, miar, ladrar, zurrar e sei lá mais quais.

Entretanto, vou “brincando” sozinha enquanto preparo a madeira para construir um comedouro para o gado. Até depois, porque a pistola de cola está ligada e não gosta de esperar.

Fiquem descansados. Eu depois tiro uma fotografia para verem.

Solidariedade
Feb 22nd, 2010 by M.J. Ferreira

Solidariedade foi uma das palavras que mais ouvi no Sábado e Domingo à medida que se ia conhecendo a tragédia que se abateu sobre a Madeira.

Imagens que ainda hoje mostram um cenário dantesco dão conta de rios de lama, estradas que se transformam em pedreiras, enxurradas com uma força brutal que arrastam tudo consigo, tornando  irreconhecível a Pérola do Atlântico. Testemunhos na primeira pessoa revelam a angústia, a mágoa, muitas lágrimas, muitas dores, famílias desmembradas de alguns dos seus membros, casas que ruíram, o choque pela perda de familiares, amigos e conhecidos, o medo das chuvadas que continuam. Os feridos ainda não pararam, o número dos que pereceram ainda tem uma totalidade desconhecida, a economia está devastada.

Os meios audio visuais dão-nos uma dimensão da desgraça que se vai conhecendo melhor à medida que se limpa, que se desentulha, que se reformam e reorganizam as comunicações, os enterros, a assistência aos vivos.

Persiste a esperança e o relato de milagres que enxuga o cansaço e motiva à reedificação daquilo que a natureza, por um lado, e a mão do homem, pelo outro, destruiu em poucas horas.

A hora é de trabalho duro, de solidariedade sem tréguas, de oração e fé;  porque os vivos precisam ser protegidos , amparados, ajudados a ficar de pé novamente. A hora é de perceber o que aconteceu, os erros que contribuíram para aumentar o risco, os danos que foram causados e o que causaram;  honestamente tudo avaliar, restabelecendo a ordem, os serviços, o comércio, as escolas, a administração e a vida de muitas vidas intensamente abanadas.

Solidariedade não pode ser uma palavra vã. Um pouco da nossa Pátria foi brutalmente maltratada. Não diz respeito só a uns, diz respeito a todos nós portugueses contribuir, da forma que melhor se adequar a cada um, para que a normalidade dos nossos compatriotas volte rapidamente a ser de confiança no futuro, um futuro edificado com a tenacidade sóbria das decisões tomadas com sabedoria, que não esquecem os erros que têm de ser eliminados na construção de um futuro ao nível de uma pérola; da Pérola do Atlântico.

Não podemos desperdiçar o que somos e o que temos. Somos Povo, temos Compaixão, Fé,  Resiliência e Solidariedade. As adversidades tornam-nos Um e superamo-las unidos.

Algumas formas de se poder ajudar a Madeira (clicar em cima da frase)

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