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Geração à Rasca / Geração Coragem
Aug 22nd, 2011 by M.J. Ferreira

Uma notícia que li há pouco no Diário económico dá conta que a chamada “Geração à Rasca” marcou uma nova manifestação para o dia 15 de Outubro porque querem protestar contra as medidas de austeridade.


Com o nome de “15 de Outubro a democracia sai à rua!“, a acção prevista para a capital portuguesa já ganhou Página no Facebook e certamente vai estar na berra em tudo o que é meio de comunicação social.

Sinceramente, embora esteja à rasca como estão milhões de portugueses, não me identifico de maneira nenhuma com esta “Geração à Rasca”.

Pessoalmente, quando estou à rasca, arregaço as mangas e desenrasco-me. Analiso o que me colocou à rasca e apelo ao que posso ter de melhor para resolver a(s) situação(ões). Ao contrário, a sensação que tenho para a Geração à Rasca das manifestações é que preferem ser desenrascados do que desenrascarem-se. Dá ideia que preferem ser do contra e, igualmente, tenho a sensação que pensam que o Estado tem de ser a mama que pinga… e pinga… e pinga.

A verdade é que a mama está praticamente seca. No entanto, porque a palavra democracia é tão querida daqueles, nada como lembrar as palavras de um democrata respeitado: “não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela.”(J.Kennedy)

O tempo é de acção e de responsabilidade. Jamais seremos de novo um país livre, respeitado e com esperança se não mudarmos radicalmente a visão que temos de um futuro onde todos temos que dar o melhor de nós mesmos, sem conformismos e com coragem.

Não é preciso esperar pelo dia 15 de Outubro para a democracia sair à rua! A democracia existe na nossa atitude de cidadania, na nossa demonstração de responsabilidade, na nossa produtividade e na nossa capacidade de “suar a camisola”.

Temos um exemplo enorme de uma geração à rasca que se tornou uma geração coragem! Os jovens jogadores portugueses no Mundial de futebol de Sub-20. Saídos da formação inicial, não se pense que têm um futuro assegurado nos clubes onde foram formados. São um punhado de rapazes quase desconhecidos em que praticamente ninguém acreditava. Não eram os mais talentosos mas sabiam que tinham de ser os mais fortes. E eles foram. Deram um exemplo enorme do que significa suar a camisola. E o orgulho nacional inchou e inchou e inchou! Foram chamados de Geração Coragem.

Não consigo deixar de pensar que excelência seria Portugal se a intitulada “Geração à Rasca” tivesse nas veias o sangue da Geração Coragem.

Nota: As manifestações, os protestos, a crítica existem em democracia. Criticar é sempre positivo desde que se apresentem alternativas.

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