Podem escrever tratados sobre avós e netos porque só passando pela experiência se pode compreender a profundidade e cumplicidade de tal relação. Sou abençoada. Fui-lo enquanto neta. Adorava a minha avó que me amava com ternura e mimava de todas as formas que achava adequadas. Sou-o enquanto avó de duas meninas que amo com todas as forças. Se uma é muito pequenina para perceber a dimensão de tal sentimento que cresce a cada instante (desde o momento em que a conheci ainda na barriga da mãe) através da partilha de sorrisos e conversas intermináveis de sons muito especiais), a mais velha já entende o quanto a Vó é “louca” por ela e tenho o privilégio de podermos passar momentos extraordinários em que, ambas, não nos negamos a dar asas ao mais puro e nobre de todos os sentimentos que nos faz ser parceiras e cúmplices em conversas, brincadeiras, olhares, sorrisos e lágrimas ao longo dos dias. Ver as minhas netas crescer é uma enorme benção. Um privilégio que me esforço por honrar contribuindo para que possam ser cidadãs com respeito pelos valores íntegros, dignos e incorruptíveis de uma cidadania responsável. Que elas possam estar preparadas para as adversidades vencendo-as com fé e esperança aliadas ao amor incondicional dos paus e avós. Tudo isto a propósito de hoje estarmos a brincar às ” cableireiras”. Foi dia de pintar-me o cabelo . À medida que a pimpolha ia pintando, lá me dizia para eu tirar fotografias para depois mostrar à minha cabeleireira e ela depois ia dizer-me: está um espanto, wow! No final do “trabalho” realizado, termina com: pronto Vó já estás “cableirada”. Pronto, agora que já estou cableirada, cá fica a recordação:
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