Hoje de tarde estive com a pimpolha a trabalhar num saquinho especial para o “Pão por Deus”, um peditório infantil que acontece tradicionalmente no primeiro dia do mês de Novembro, como manda a tradição.

No entanto, à medida que os anos avançam, é com alguma nostalgia e muita pena que vejo as nossas tradições serem engolidas por outras que, para além de seculares, não têm nada a ver com a nossa cultura ancestral. Não que não possam ser acrescentadas. Num mundo laico de muitos cheiros e sabores, a tolerância obriga a um espaço para todas as coisas. Nós adoptamos ou não, consoante o que somos e acreditamos. Tenho é pena que as nossas tradições deixem de fazer parte das novas gerações que, por isso mesmo, perdem os seus significados, histórias e o prazer de participar.

O “Pão por Deus” é uma delas. Mas, enquanto a Vóvó andar por cá, não há neto ou neta que não participe. Um dos itens obrigatórios é um saquinho feito especialmente para esta ocasião e que era sempre motivo de grande orgulho porque se pretendia que fosse, de entre o de todas as crianças, o mais bonito de todos.

O trabalho foi intenso mas valeu a pena. O saquinho ficou uma maravilha. Agora é só esperar pelo primeiro de Novembro 🙂