January 23rd, 2013 by M.J. Ferreira
A modéstia das coisas simples é tão descomplicada, sem ornatos nem enfeites, que, algumas vezes deixamos passar ao lado a benção que é vivermos com o que efectivamente precisamos sem estarmos preocupados em alcançar o supérfluo e o desnecessário em tempos de vacas magras.
Hoje senti-me abençoada ao contemplar a salamandra acesa na sala combatendo o frio e o vento que se sentia do lado de fora das janelas. O conforto da sala embalava-me num vagar de comodidade e bem-estar e não posso deixar de dar graças por tudo o que temos.
Às vezes são precisos tempos de maior austeridade para percebermos e dar valor às coisas simples. Perceber que aquilo que queremos pode não ser o que precisamos e que aquilo que nos faz falta passa pela sabedoria de termos prioridades adequadas à situação.
Todas as famílias são diferentes e variados são também os orçamentos, os desejos, os sonhos, os projectos, …. Contudo, acredito que termos uma ideia conforme com os tempos que vivemos pode ajudar-nos a ser proactivos. O pouco pode ser suficiente e o muito pode ser solidário. É tudo uma questão de simplicidade. E fé. E esperança.