Que estranho. A verdade, verdadinha, é que saí de casa às 7 da manhã e agora são quase 4 da manhã. Isto é, em Portugal já é amanhã. Mas aqui em LA ainda é hoje!!! São 8 da noite sensivelmente. Ainda é hoje!!! Tirando isso de ir “passar” por duas meias noites, a viagem decorreu lindamente e até que me fartei de comer comida de avião.

Mas a verdade, verdadinha, é que as coisas estranhas começaram logo de manhã. Quer dizer, assim a muitas horas de distância, acho que foi isso que  meu padeiro pensou. Pois bem, todos os dias tenho o pão pendurado no portão de minha casa. Todos os dias pequeno almoço com pãozinho fresco. Na realidade, só vejo o padeiro uma vez por mês para lhe pagar a despesa mensal. No entanto, como hoje tive que me levantar substancialmente mais cedo, a verdade, verdadinha, é que não devo ter acordado completamente e o resultado é que depois do duche lá coloquei a minha dose habitual de creme nívea no rosto  mas…. concerteza ainda precisava de dormir mais um bocadinho… e…. adiante, que já cá voltamos. Bem, como ainda era cedo, espreitei pela janela se por acaso o pão já lá estaria no portão. Bem, o pão ainda não estava pendurado mas a carrinha do padeiro já estava estacionada. Lá vou eu, toda contente, recolher o meu pãozinho e aproveitar para dizer ao rapaz para não deixar tanto pão durante esta semana.

A verdade, verdadinha, é que o padeiro não parava de olhar para mim. Bem, ele não se estava a rir, nem nada. Só olhava e ouvia-me atentamente. Despedi-me até para a semana e lá fui com o pão toda contente porque, apesar de ser muito mais cedo, íamos comer pão fresquinho. Quando chego à cozinha já está o meu filho a preparar o pequeno almoço e olhando para mim, diz simplesmente: Mãe, o que tens na cara?
Haannn?  Oooopppssssss!!!! Pois é. Eu bem que coloquei a minha dose de Nívea (e é o da caixa azul, bem grossinho e bem branquinho) mas esqueci-me de espalhar a dita cuja. Parecia uma índia com pinturas de guerra. Pois, ficou logo explicado porque é que o padeiro não conseguia tirar os olhos de mim. Que cliente estranha, deve ele ter pensado…. Que estranho levantar-me tão cedo (estava eu a oensar naquele momento)…. Que estranho ser outra vez 8 e tal da noite.

Até amanhã, quer dizer, até logo. Que estranho!