Carnaval à parte, oh que calmaria das calmarias tem sido esta terça feira. Em Loures desfilou o desfile carnavalesco mas cá por casa o único desfile é o das séries que estavam gravadas à espera de tempo para serem vistas.

Há muto tempo que não passava uma tarde tão calma. Só é pena não ter dado para ir até ao Alentejo. Aliás, penso que de há 5 anos para cá, é o primeiro ano que lá não estou nesta época.

Esta pequena tolerância de ponto – foi só a parte da tarde; que a manhã foi dedicada às árduas tarefas domésticas de passar a ferro e deitar fora o lixo da garagem – soube bem e acaba por premiar o excesso de produtividade durante os restantes dias do ano.

Admirados com o excesso de produtividade? Não estejam. É o que acontece quando se trabalha com gosto e responsabilidade, ética e competência, independentemente da profissão de cada um. Não há cá greves nem falta de humildade para reconhecer que a “crise” atinge todos.

Em relação às greves, penso que a mama está-se a acabar – desculpem a expressão. Deixem que aconteçam as privatizações que estão previstas e depois comparem-se atitudes, prejuízos e produção. Aliás será de todo elucidativa uma vista de olhos pela primeira página do DN de hoje para se constatar como a greve por parte dos trabalhadores da CP tem muito pouco de justa. Há anos que acontecem e demonstram apenas um enorme abuso de poder por parte dos sindicatos (que, bem visto, apenas o têm no sector público) e dos trabalhadores que sabem muito bem que cada uma das suas paralisações paralisa também o país e prejudica quem lhes paga o ordenado que são todos os utentes, cidadãos que querem trabalhar e não têm, em muitos casos, a terça parte das regalias daqueles. (clique nesta frase para aceder à primeira página do DN)

Bem fez uma utente do Norte que hoje se mascarou de palhaço para esperar pelo transporte público de que necessitava. De acordo com as suas palavras, é o que ela pensa que este excesso de greves provoca: os utentes são tratados como palhaços.