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Lições…
August 9th, 2011 by M.J. Ferreira

Este foi o “logotipo” de uma campanha muito divulgada há alguns anos que chamava a atenção para valores e questões fundamentais que têm a ver com a dignidade humana.

Lembrei-me dele a propósito de um convite que recebi e aceitei mas que, posteriormente recusei. Os motivos para tal prendem-se com a confiança, a convivência familiar, os valores que são realmente importantes e imprescindíveis.

No entanto, devo dizer que a recusa provocou-me um enorme dilema e, à primeira vista, a alternativa nem me pareceu uma opção satisfatória. Debati-me com os argumentos que me eram apresentados e, a minha “caixa da mioleira” esgrimia entre diversos tipos de ética: de valores, de prioridades, …

Por norma, não falto à minha palavra; mas, se esta foi dada e posteriormente detectei que estava enganada, tento proceder em conformidade. Quando decidi que a recusa ao convite era a única opção viável, ainda demorou um pouco até que uma vozinha horrível me deixasse de “picar os miolos”. Mas, ao sentimento de alguma frustração que o “aceitar” e o “recusar” me proporcionou, o tempo do fim-de-semana adicionou a certeza de ter procedido bem e uma lição para o futuro.

Somos todos diferentes. Existem muitas raças, etnias, culturas, tradições, religiões, laicismos, valores, éticas e muitas outras coisas de que fazemos parte, e onde naturalmente nos inserimos, que marcam formas de estar e de pensar que nos moldam ao longo dos anos.

Somos todos diferentes. Não há repetições e, mesmo os mais puros de todos os gémeos, têm diferenças que podemos não ver a “olho nú” mas existem.

De futuro, vou tentar lembrar-me que somos todos diferentes. Mesmo na mesma família, ninguém é extensão de ninguém e, o que agrada a uns, pode não parecer bem a outros. Há que gerir com sabedoria, amor e bom-senso todas as diferentes opiniões e ter em conta que a família é o pilar que colocamos e construímos na sociedade onde nos inserimos. Há que manter esse alicerce sólido, firme e robusto.

Apenas quanto tomamos consciência de que realmente somos todos diferentes e nos abstraímos de preconceitos, paradigmas, ideias pré-concebidas, da visão do nosso próprio umbigo, etc., e “honramos” o que distingue os outros de nós próprios, podemos vislumbrar a igualdade.

Fácil, não é. Às vezes é preciso abdicar de algo que queríamos mas que depois percebemos que afinal nem era assim tão importante. Outras vezes, acontece o contrário. Somos todos diferentes. No fundo, conviver com as diferenças, torna-nos todos iguais. A merecer a dignidade e o respeito que a nossa condição de Ser e Estar tem inserida em si própria.


2 Responses  
  • L E N A writes:
    August 10th, 2011 at 12:18 am

    Mas que “trilema” é este?

  • M.J. Ferreira writes:
    August 10th, 2011 at 2:25 pm

    Um dia destes conto-lhe os detalhes :0)


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