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De país em país
August 24th, 2010 by M.J. Ferreira

Ufa que isto de no mesmo dia ir de Espanha a Inglaterra e voltar ao ponto de partida é deveras cansativo. Fomos depois do desayuno (que por acaso hoje até foi muito british com o bacon e os ovitos) dar um pulinho até Inglaterra que é como quem diz… até Gibraltar.
Aqui fica a bandeira para terem a certeza que não estou a brincar.

Armados em Chico espertos lá nos preparámos para passar a alfandega no nosso coche . Apenas a longa fila de carros nos fez desesperar e resolvemos estacionar em Espanha e seguir outros que faziam o mesmo.

Como era um lugar novo para nós, escolhemos um parque público mas fomos surpreendidos com o nome do mesmo. Nada como uma fotografiazinha para vos surpreender igualmente.

Perdoem-me qualquer semelhança com o nome do parque e alguma palavra que no calor de grandes discussões futebolísticas se pronuncia, nomeadamente o seleccionador nacional quanto à sua opinião no embróglio que foi o controle anti-doping dos nossos jogadores. Toda a gente sabe que o Carlos Queirós utilizou uma palavra igual que aplicava à mãe do director dos testes para mandar o filho para lá… Mas adiante que já estou a ver que a linguagem é muito traiçoeira…

A fronteira é mesmo à moda antiga. Toca de sacar as identificações e no regresso mostrar saquinhos quando solicitado. Resolvemos e resolvemos (e bem) alugar os serviços de um mini bus que nos levou aos locais principais sem mais custos e com a explicação num inglês com pronúncia de Sir Antony Hopkins de toda a história do rochedo.

Vale a pena a visita. Pudemos ver o Norte de África mesmo ali em frente e o estreito onde o Mediterrâneo se junta o Atlântico.

Mas se a paisagem é fantástica a fauna ainda é mais agradável. Há macacos e macaquitos por todo o lado. Felizmente eu levei bolachinhas a contar com eles e assim que eles o descobriram tive um séquito real a acompanhar os meus passos. É claro que tive que proteger o meu saco porque os mais abelhudos fizeram dezenas de tentativas para o espiolhar. A mesma sorte não tiveram outros turistas que ficaram sem gelados, sandes e batatas fritas.

Ainda percorremos grutas e túneis da Grande Guerra e deixem que vos diga: não pensem que o rochedo não está bem guardado… é cada canhão…

O almoço foi num típico pub mas por acaso esqueci-me de tirar fotografias. Assim também não vos faço inveja porque a minha Jack Potato era de comer e chorar por mais.

Tivemos ainda tempo para no centro percorrer as muitas lojas tipo Ayamonte, o mesmo é que dizer, porta sim… porta sim. Ainda encontrei duas famílias de portugueses. Uma vinha atrás de nós e perante as dores nas pernas que a senhora sentia ouviu-se um alto: “porra logo hoje tenho estas dores…”. A outra estava bem encostada à banca dos relógios baratos. Um casal simpático de Portimão com quem ainda troquei umas palavritas. O resto da família lá estava à minha espera um pouco mais à frente mas eu sou mesmo assim… tenho que me meter com todos os meus compatriotas.

Atravessar ruas sem ser na passadeira é deveras arriscado. O veículo mais utilizado é a scooter e é vê-las fazerem autênticas gincanas pelas ruas. O policia sinaleiro ainda existe embora apenas o tradicional “chapéu” seja a referencia.

Da velha Londres, ainda as tradicionais cabines telefónicas, os autocarros e os caixotes do lixo.

Mas ao falar de ruas… fiquei mesmo espantada com o aeroporto. É que a pista de aterragem atravessa a rua principal e as filas intermináveis com que nos deparámos de manhã ficaram explicadas. Sempre que um avião vai descolar ou aterrar, o semaforo fica vermelho para os carros e peões e a espera às vezes é um pouco prolongada. Conclusão: quando se visitar Gibraltar ter em conta a hora dos voos ☺

No regresso lá fomos buscar o nosso carrito e não é que quando saímos descobrimos que afinal no Fo-Cona havia lavagens manuais. Ora aí está! Em Espanha se é fo **** , é sempre asseada.

Até amanhã
Buenas noches!


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