June 8th, 2010 by M.J. Ferreira
Hoje no Sol online leio uma notícia que, referindo-se ao Centenário da República, afirma que o Bloco de Esquerda considera inaceitável a evocação da Mocidade Portuguesa. Nas palavras do deputado Pedro Filipe Soares, a evocação da Mocidade Portuguesa numa cerimónia comemorativa do Centenário da República é “uma revisão inaceitável da História” e criticou o facto de a iniciativa envolver crianças.
Permito-me discordar. Como é que o passado pode ser uma revisão inaceitável da História?
De forma alguma podemos ignorar o passado. Ignorá-lo é não o perceber, é escondê-lo como de uma vergonha se tratasse. É nem tentar entendê-lo no contexto em que foi vivido. É apagar memórias, é extinguir sonhos e realidades, é diminuir todo um povo e fazer desaparecer as suas raízes.
Pessoalmente, por mais mau que o passado possa ter sido, é ele que nos permite viver o presente sem repetir os mesmos erros e construir o futuro que se deseja.
O futuro para ser sólido precisa de alicerces. Esses são todo o nosso passado, toda a nossa História com que diariamente estabelecemos as bases do presente rumo ao amanhã que se aproxima.