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Quanto mais tempo?
February 12th, 2010 by M.J. Ferreira

Quanto mais tempo será necessário de “Sol” para fragilizar o que já não pode estar mais fragilizado?
Quanto mais tempo será possível aguentar o que, penso, já não se aguenta a si próprio?
Quanto mais tempo se poderá acreditar no que já não é credível?
Quanto mais tempo seremos pressionados para salvar o que não tem salvação?
Quanto mais tempo será violado Portugal na sua honra, produzindo escândalo atrás de escândalo?
Quanto mais tempo  teremos que esperar por uma intervenção presidencial ou partidária que nos tire desta vergonha colectiva a que estamos algemados pelos actos despudorados de alguns amantes do poder?
Quanto mais tempo seremos provados com factos e suspeitas que nos achincalham, minimizam e humilham enquanto povo?
Quanto mais tempo vai ser preciso para dizer basta de pouca-vergonha?

Pessoalmente, a situação do país entristece-me. Se por um lado, vejo um Primeiro Ministro com tantos “rabos de palha” que não há ponta por onde se lhe pegue em termos de credibilidade, por outro, não vejo um Presidente da República a agir no interesse da própria credibilidade da República (por muito menos o Presidente Sampaio dissolveu uma Assembleia e convocou eleições). Não sei que interesses levam uns e outros a aceitarem a podridão pestilenta em que a nossa democracia está perversamente enredada. Se é em nome da “estabilidade”, então será melhor olhar à volta e ver que existe apenas um falso equilíbrio que, não penso, seja suficiente para nos tirar do marasmo onde nos encontramos. Antes pelo contrário. Arrastar-nos-á por um  precipício.

Precisamos de uma liderança forte no país que seja carismática e nos motive à produção, ao sacrifício recompensado e não seja, ela própria, um exemplo de desnorte, corrupção, manipulação e mentiras.
Pessoalmente, penso que é preciso mudar rapidamente o que está mal e é um problema (o problema maior penso que se chama José Sócrates), penso que é preciso romper com este passado presente e penso que é urgente a união dos portugueses por um Portugal onde liberdade, mais que uma palavra, é um estado de alma, uma vivência, um manual de direitos e responsabilidades e a democracia é um governo onde a sinergia assertiva de todas as vozes contribui para o desenvolvimento e o progresso, combatendo a promiscuidade  e os interesses, sabendo distinguir os papéis das diversas instituições rumo a uma sociedade mais justa.


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