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Estou mesmo fartinha
June 12th, 2013 by M.J. Ferreira

Estou mesmo fartinha de tanto ouvir falar de greves de professores. É greve para aqui, é grave para acolá… já não consigo ouvir tanto ruído. Apesar de reconhecer o direito à mesma, pessoalmente, não concordo com greves. Especialmente cá em Portugal onde são mobilizadas por sindicatos políticos e executadas por funcionários públicos a protestar contra o seu empregador que é o Estado. Infelizmente, neste tipo de greves “quem se lixa é o mexilhão”, isto é, quem sai prejudicado são sempre terceiros. Aqueles que não têm culpa absolutamente nenhuma.

É o que penso de mais esta greve dos professores. O Estado que é quem os grevistas pretendem atingir não é o principal prejudicado. Os alunos sim! Os pais dos alunos sim. Não venham para cá os sindicatos dizer que a data escolhida não tem nada a ver com os exames. Tem, sim senhor! Os exames, aliás, o calendário escolar está pré-definido desde o início do ano; por isso, os sindicatos que se deixem de iludir a opinião pública. Não venham para cá os sindicatos dizerem que o Governo podia muito bem adiar a data que estava previamente estabelecida. Era só o que faltava que tivéssemos um Governo  sujeito ao caos e a ser governado por sindicatos.

Tenho pena dos estudantes que se prepararam para o exame e estão sujeitos a um stress adicional. Por outro lado, tenho ainda mais pena de alguns estudantes, entrevistados pelos media, a dizerem que o adiamento por dois dias era bom porque assim podiam estudar mais porque não se achavam ainda bem preparados (são mesmo uma nódoa!!! se não estudaram o suficiente, não são dois dias que aumentam a sabedoria!!!).

Lamento pelas famílias que organizaram as suas vidas em função das datas que conheciam e estão a ver agora comprometidas as suas férias. Lamento que em Portugal que os professores, instrumentalizados por sindicatos, estejam organizados  num lobby intocável. Nem temos lugar para o número desmesurado de professores existentes (cada vez serão necessários menos; basta olhar para a demografia), nem precisamos de professores sem vocação para quem o aluno não seja o principal objectivo de sucesso.

A meu ver é preciso coragem para enfrentar este e outros lobbies instalados. Quanto mais depressa forem exterminados, melhor. As gerações futuras agradecerão.

Post Scriptum – Entretanto, chegaram hoje resultados sobre os exames do 4º ano (antiga quarta classe) sobre a prova de Português. Um rotundo fracasso.  Mais de metade dos alunos chumbaram. Precisam-se professores competentes e bem depressa. Mas não esqueço o papel das famílias que, em conjunto, com a escola, devem ser responsáveis pela educação e disciplina das suas crianças, jovens e adolescentes.


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