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Em nosso hoje, o amanhã começa…
May 6th, 2010 by M.J. Ferreira

Quando remexo em papéis velhos, encontro pelo meio coisas novas. Confuso? Nem tanto.
Hoje andei a arrumar velhos cadernos dos tempos da licenciatura e fui dar com uma lista de ilustrações diversas no meio de um seminário a que assisti sobre “Ética Cristã”.
O texto de que quero falar hoje, embora já me tivesse sido fornecido há uns anos mais ao menos consideráveis, continua actual, sem grandes diferenças
Isto leva-me a pensar que, continuamos sem saber utilizar a sinergia que somos enquanto povo pro-activo, pouco tendo feito para mudar o que, então, como agora, já estava e continua mal na nossa sociedade.
Dizem que os portugueses são “comodistas”. Amigos das suas comodidades, parecem importar-se mais com o seu próprio nível de vida e esquecer de olhar à volta (excepto se há uma boa história para ouvir, coscuvilhar e intrigar). Para além disso, têm nas suas entranhas o chamado “fado do destino”, uma predisposição para a má sorte e pouca fortuna.

Não acredito nisso! Sei que na grande maioria das vezes, muitos estancam as suas energias e capacidades porque esperam que nada lhes vai acontecer e que o que é mau só acontece aos outros. Que engano. Temos que mudar. Deixar correr o nosso dizer, o nosso fazer, a eficácia de sabermos quem somos, o que estamos aqui a fazer e para onde vamos. Temos que dizer: Basta! Portugal é um país que todos têm que construir e não ajudar a destruir; todos têm que participar e não criticar sem apresentar alternativas; todos têm que proteger e não vandalizar através da corrupção, de negócios pouco claros, de improdutividade, de endividamento, …

O “fado do destino”, do meu ponto de vista, relaciona-se antes em alguma preguiça, alguma demora ou lentidão em agir por falta de visão, por ausência de uma missão e por uma propensão para, face a problemas estruturais que o país atravessa, preferir viver à custa do Estado. Um Estado que, por sua vez é a sombra negra que paira e tolera toda uma série de injustiças sociais numa sociedade cada vez mais sem escrúpulos, sem pudor, sem decência, sem educação.

O texto que encontrei, chama-se “Hoje” e diz:
Hoje existem edifícios mais altos e estradas mais largas, porém temperamentos pequenos e pontos de vista mais estreitos.
Gastamos mais, porém desfrutamos menos.
Temos casas maiores, porém famílias menores.
Temos mais compromissos, porém menos tempo.
Temos mais conhecimentos, porém menos discernimento.
Temos mais remédios, porém menos saúde.
Multiplicamos os nossos bens, porém reduzimos os nossos valores humanos.
Falamos muito, amamos pouco e odiamos demais.
Chegámos à Lua, porém temos problemas para atravessar a rua e conhecer o nosso vizinho.
Conquistámos o espaço exterior, porém não o interior.
Temos mais dinheiro, porém menos moral….
Há mais liberdade, porém menos alegrias….
Vivemos tempos em que há dois salários em casa, porém aumenta a falência das famílias.
Dias de casas mais bonitas, porém de lares desfeitos.
Por tudo isto, é proposto que, de hoje e para sempre…
Não deixesmos nada “para uma ocasião especial”, porque cada dia que vivemos é uma ocasião especial.
Possamos ler mais, sentar-nos na varanda e admirar a paisagem sem nos importarmos com as tempestades.
Passemos mais tempo com a nossa família e com os nossos amigos, comendo a nossa comida preferida e visitando os lugares que amamos.
Usemos as nossas “taças de cristal” e não guardemos o melhor perfume, É bom usá-lo de cada vez que sentirmos vontade.
Eliminemos do nosso vocabulário as frases “Um destes dias”, “Algum dia”.
Escrevamos aquela carta que pensávamos escrever “Um destes dias”.
Não percamos a oportunidade de dizer aos nossos familiares e amigos o quanto os amamos.
Não adiemos nada daquilo que torna a nossa vida em sorrisos e alegria.
Cada dia, hora e minuto são especiais… e nunca sabemos se será o último…
A vida é uma sucessão de momentos para serem desfrutados, e não apenas para sobreviver.
Se tem Deus na sua vida nunca Lhe diga que tem um grande problema; diga ao seu problema que você tem um grande Deus.


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