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Obrigada por fazer parte da minha vida
Dec 30th, 2010 by M.J. Ferreira

2010 está a terminar e, amanhã por esta hora, já será 2011 em muitos cantos do mundo. Nunca é demais agradecer a todos aqueles a quem chegam as “Páginas em Construção”. Obrigada pela vossa paciência em ler, obrigada pelo feed-back que me fazem chegar, obrigada por fazerem parte desta “rotina” que, de Segunda a Sexta-feira, preenche algumas horas de partilha no meu quotidiano.

Não quero demorar. Este é um tempo onde nos devemos permitir, na correria que sempre representa, algum tempo connosco, com os sonhos que sonhamos, com os projectos que projectamos, com pensamentos que pensamos, com ideias que idealizamos e perceber o que foi feito, o que ficou por fazer… É tempo de percebermos, olhando a nossa intimidade, a empatia com que amamos, escutamos, falamos, toleramos,….

Obrigada por fazerem parte da minha vida e para todos em geral, e para cada um em particular, Carole King interpretando uma das minhas canções favoritas: You’ve got a friend (Tu tens uma amiga nestas Páginas). Até para o ano!


Letra de “You’ve Got A Friend” (se quiser cantar…) :o)

When you’re down and troubled
and you need a helping hand
and nothing, ooh, nothing is going right.
Close your eyes and think of me
and soon I will be there
to brighten up even your darkest nights.

You just call out my name,
and you know wherever I am
I’ll come running, oh yeah baby
to see you again.
Winter, spring, summer or fall,
all you have to do is call
and I’ll be there, yeah, yeah, yeah
You’ve got a friend.

If the sky above you
should turn dark and full of clouds
and that old north wind should begin to blow
Keep your head together and call my name out loud
and soon I will be knocking upon your door.
You just call out my name,
and you know where ever I am
I’ll come running to see you again.
Winter, spring, summer or fall,
all you go to do is call
and I’ll be there, yeah, yeah, yeah

Hey, ain’t it good to know that you’ve got a friend?
People can be so cold.
They’ll hurt you and desert you.
Well they’ll take your soul if you let them.
Oh yeah, but don’t you let them.

You just call out my name,
and you know wherever I am
I’ll come running to see you again.
Oh babe, don’t you know that,
Winter, spring, summer or fall,
Hey now, all you’ve go to do is call.
Lord, I’ll be there, yes Iwill.
You’ve got a friend.
You’ve got a friend.
Ain’t it good to know you’ve got a friend.
Ain’t it good to know you’ve got a friend.
You’ve got a friend.

Você

Aos amigos!
Mar 5th, 2010 by M.J. Ferreira

Os relacionamentos diferem uns dos outros. No tempo, no espaço, no grau de confiança. Alguns relacionamentos, apenas porque são especiais, irão ter um grau de familiaridade que outros não atingem.

Por exemplo, não vamos “depender” daquela pessoa que é caixa no supermercado da mesma forma que confiamos numa outra com quem já estabelecemos “relações de amizade”, com quem temos alguma intimidade, que resultou ou resulta de uma interacção que pressupõe diálogo, partilha de emoções, ideias, pontos de vista.

Apesar de todos termos amigos, colegas, companheiros ou até melhores amigos, é muito difícil conseguir darmos uma definição de amizade. A maior parte das vezes, acabamos por atribuir determinadas características que não discriminando, acabam por distinguir a amizade de outros tipos de interacções sociais.

Quando tentamos caracterizar a amizade utilizamos termos como  pessoal, informal ou voluntária. Temos consciência que implica a reciprocidade, facilita os objectivos que se queiram atingir, é positiva e habitualmente de longa duração.

Se estas características são de alguma forma utilizadas para a sua definição, cada um de nós acaba sempre por lhe acrescentar outras que têm a ver com o nosso conceito de amizade. Nos diversos relacionamentos que estabelecemos durante a nossa vida, também podemos definir níveis ou graus de familiaridade, como por exemplo, o de melhor amigo, o de colega, ou de “conhecido” que, habitualmente, traduz uma amizade superficial.

Outra coisa em que somos de alguma forma “pessoais” tem a ver com características que valorizamos, ou mais, ou menos, como a confiança, a lealdade, o carinho, etc. No entanto, todas as amizades envolvem reciprocidade, isto é, a existência de expectativas em relação a cada amigo. Habitualmente têm a ver com a sua defesa quando ausente; com a partilha de acontecimentos relevantes, com o apoio emocional espontâneo e voluntário sempre que seja necessário com a confiança e a certeza de não ter que se dizerem “meias verdades”.

Esta foi uma semana de um novo tipo de relacionamentos para mim. Aderi ao Facebook e a imensidão do ciberespaço acaba por ser deslumbrante e viciante. Deslumbrante, porque fascina a facilidade com que encontramos muitas das pessoas que se cruzaram um dia connosco e de que tínhamos perdido o rasto. Viciante, porque, qual crianças a quem foi dado um novo brinquedo interactivo, queremos descobrir tudo, muito depressa, antes que a sua fonte de alimentação se esgote.

Que tipo de relacionamentos são estes do Facebook? Como vou definir este novo conceito de amizade? Como vou caracterizar todos estes “meus amigos”? São amigos para a vida? Posso confiar os meus desabafos online? Até esse pequeno problema parece que está resolvido. Eu posso agrupá-los e determinar quem sabe “o quê” sobre mim; quem pode “ver” ou deixar de “ver” informações ou fotos da forma como eu bem entender. Existe uma série de regras que tentam salvaguardar a privacidade de uns e outros, tal qual uma “amizade de carne e osso” que habitualmente tem isso em conta.

Não quero pensar que “amigo” vai ser algo vazio e sem alma, nem quero admitir que seja uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada “clic”, desvirtualizando o conceito de amizade. Por isso mesmo, optei por ter uma amizade aberta. Um perfil onde todos podem ver a mesma coisa: amigos velhos, amigos novos, amigos de amigos que entretanto aceitaram a minha amizade, amigos dos amigos de que aceitei ser amiga e, até amigos dos amigos que apenas pretendem conhecer o perfil.

Ao ir para fim-de-semana, despeço-me com um até segunda e faço um brinde: Aos amigos!


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