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Consciência ou… falta dela
Mar 27th, 2014 by M.J. Ferreira

Há uma falta de consciência tão grande sobre valores essenciais transformada em filosofia de vida que transforma pessoas num enorme rebanho capaz de ser manipulado ao serviço dos mais variados interesses. Isto inibe grande parte da população de pensar por si mesma, ter opinião própria, bom senso e auto-estima suficiente para usar a cabeça quando o seu pensamento é discordante do de minorias que se querem impor como maiorias.
Mais que ser ponderado, honesto, trabalhador, honrado, com ética e moral a que não se renuncia com a mudança de ventos e marés, parece que a falta de consciência transformada em filosofia de vida mantém como muito importante que a pessoa para estar bem deve estar integrada em grupo como um todo, dizer mal do governo e das instituições, ser ruidosa o suficiente para não perceber o seu próprios caos. É a tal coisa do parecer ser sem ser nada na realidade.
Não sei muito bem onde isto vai levar. Acredito que tal como o amoral estilo económico-financeiro que o país adoptou em tempos e que nos conduziu nos últimos anos a alterações na nossa forma de estar e gastar, com um desequilíbrio marcante entre ricos e pobres; assim, a juventude que cresce neste tipo de ambiente, de preguiça mental e diarreia verbal, não terá um futuro saudável e próspero.
Haverão os ricos – aqueles que têm como exemplo famílias que independentemente de qualquer situação mantém estilos de vida condizentes com as suas possibilidades e no tempo de vacas magras conseguem andar de cabeça levantada e, haverão os pobres – aqueles que têm como exemplo famílias que a despeito de qualquer situação viveram (e continuam a querer viver) muito acima das suas reais possibilidades, sobrevivendo à custa de empréstimos e créditos sucessivos e em tempo de vacas magras culpam a crise pelas dificuldades que enfrentam.
A desigualdade entre ricos e pobres é muito mais que uma questão de dinheiro e oportunidades. Começa na consciência dos valores essenciais de vida que se transforma numa filosofia de vida que, independentemente de qualquer situação, conduz à resiliência perante a adversidade, à capacidade de enfrentar e superar as montanhas da vida, ao sucesso (com o seu tempo próprio) nos diversos empreendimentos que se vão construindo em todas as áreas da vida que vivemos.
A ausência desta consciência de valores transformada em filosofia de vida traduz-se numa vida sem esperança, num deambular por caminhos de oportunidades conseguidas muitas vezes de compadrios, depravação e subornos e, sobretudo, numa insatisfação que não se sabe gerir porquanto sem o resto do rebanho estas pessoas são ocas e vazias.
A consciência dos valores essências da vida começa na família. Toda a semente que lançamos a seu tempo se transforma. Depende do alimento que lhe damos e de como cuidamos dela o tipo de vida que ela irá ter. Assim sendo, está nas mãos da família a construção de uma sociedade melhor pautada por cidadãos com uma consciência dos valores essenciais da vida capazes de mudar o paradigma secular num estilo de vida que ofereça, num estado livre, o pleno gozo dos direitos civis e políticos a que todos temos direito.

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