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Principezinhos
Jan 6th, 2010 by M.J. Ferreira

Hoje é dia de reis, dia de comer o tradicional Bolo de Rei. Contudo, confesso que é coisa que nunca me apetece pois, habitualmente, tenho muitas sobras do Natal e Ano Novo. Este ano aconteceu exactamente a mesma coisa. Então, toca de aproveitar as sobras e fazer uma coisa nova e comestível. Saiu bem e o nome foi dado pela minha filha. Aqui fica então como fazer nascer “Principezinhos” do tradicional Bolo Rei:

Eu tinha cerca de 550 grs de Bolo Rei. Retirei as frutas de cima e guardei-as para fazer um bolo inglês um dia destes. Depois de retirar as frutas, esfarelei-o com as mãos e piquei na picadora as frutas que estavam dentro do bolo e os bocados mais duros.
Ao farelo juntei 2 colheres de sopa de margarina derretida, 4 colheres de sopa de mel, 150 grs de açucar amarelo, 2 cálices de vinho do Porto e 4 ovos inteiros. Mexi tudo para ligar muito bem. À massa que fica com um aspecto um pouco húmido adicionei umas duas mãos de farinha (o que fiz, foi mesmo polvilhar a massa, de forma a ela ganhar um pouco de consistência).
Finalmente, enchi os buracos de duas formas de queques (se antiaderentes, não é preciso untar) com colheradas da massa que levei a cozer a forno quente préviamente aquecido. Demoraram cerca de 15 minutos a estarem cozidas. Ficaram deliciosos e pronto o Bolo Rei se não se comer, de certeza, vai proporcionar-nos “Principezinhos”.

30 de Dezembro
Dec 30th, 2009 by M.J. Ferreira

30 de Dezembro. Falta um dia para o ano de 2009 terminar. Habitualmente, nestas alturas, faz-se sempre uma espécie de “inventário” e “balanço” de coisas e coisinhas de que nos lembramos e que nos foram ocorrendo ao longo do ano que vai findar. Acrescenta-se a tudo isto assim como que uma análise às “contas” e aos seus “saldos”, não as bancárias a bem dizer, que essas nos tempos que correm têm que estar bem controladinhas porque não se adivinha nada de muito fácil para os próximos mesinhos. Bem, com as “contas”, eu queria dizer uma espécie de “reconciliação” onde se lembra os registos positivos e negativos, ou seja, as coisas e coisinhas que precisamos continuar, desenvolver, investir ou repetir e as outras que precisamos modificar, desistir, inverter ou ignorar.
Mas deixemo-nos desta linguagem contabilística. Já não estou nessa “guerra” e com as alterações que vão acontecer daqui a alguns dias, tenho a impressão que o cursito de contabilidade (ainda do tempo em que se faziam monografias e lançamentos à mão com escrita inglesa e francesa) é algo do tempo da pré-história.

30 de Dezembro. Penúltimo dia do ano de 2009. Mas não são apenas os “débitos” e os “créditos” que merecem ponderação. Também é bom pensarmos um pouco sobre nós, ouvir a “voz da consciência” e, para isso, nada melhor que fazer uma análise SWOT (que grande palavrão!). Uma análise destas é um sistema simples que nos permite observar a nossa pessoa e escrever características nossas, avaliando-as ou classificando-as de 4 formas. Inclusive permite fazer um planeamento para os dias futuros ou analisar circunstâncias passadas. SWOT é apenas um acrónimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). Então, depois de honestamente registarmos as nossas observações debaixo de cada uma destas categorias, ficamos com uma percepção bem organizada sobre nós e sobre comportamentos/atitudes que nos podem ajudar ou dificultar para atingirmos os propósitos que tantas vezes prometemos a nós mesmos ao bater das 12 badaladas. Muitas vezes descobrimos que as nossas fraquezas são também as nossas forças e as ameaças podem ser oportunidades.

30 de Dezembro. Véspera do fim do ano de 2009. Vou deixar os balanços e as análises para amanhã de manhã e hoje quero ainda deliciar-me com as lembranças dos três meses de estadia da minha madrinha em Portugal. Já não a via há muito perto de 40 anos e nem pensava que ela me pudesse tocar tanto e tão fundo. Foi um prazer com ela conversar, sorrir, brincar e orar. Foi uma enorme satisfação celebrar o meu e o seu aniversário juntas. Foi uma alegria indescritível sentir vibrar toda a sua ternura e carinho na retribuição dos beijos e dos abraços que trocámos. Ontem ela regressou ao Brasil com a promessa de que voltará. Acredito que sim. Entretanto, ela já cá está no sorriso que esboço ao escrever estas linhas e que me aquece com memórias que provocam um enorme contentamento e uma infindável alegria. Um pouco como diz o diálogo entre a raposa e o rapazinho no “Principezinho”: “as coisas importantes são invisíveis para os olhos; só se vêem com o coração”.

30 de Dezembro de 2009. Hoje, como ontem e como será amanhã, é importante ouvir, escutar o valor das coisas, das pequenas coisas, dos gestos, dos olhares, dos prantos e dos sorrisos e perceber que tudo fala e se comunica connosco espalhando à nossa volta esperança, confiança e bom ânimo.

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