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Rude
May 11th, 2012 by M.J. Ferreira

Dois dias seguidos no Pingo Doce com exemplos de ignorância e rudez na Caixa que atende os clientes prioritários (grávidas, com crianças ao colo, com alguma deficiência de locomoção) onde me incluo, sempre que vou com a minha pimpolha.

Não são apenas os clientes que “usam e abusam” da Caixa destinada a prioritários. A empregada que está encarregue de a gerir faz um péssimo trabalho não respeitando o tipo de Caixa onde está. De modo geral, atende toda a gente que para lá vai sem chamar a atenção dos clientes para o facto de ser uma caixa prioritária e, a maior parte das vezes, sem “ligar” aos prioritários que estão em fila.

São os próprios clientes “prioritários”, que têm de pedir o favor de o deixarem passar à frente porque aquela Caixa específica é destinada a determinado tipo de clientes. Enquanto há uns clientes que apercebendo-se de onde estão, imediatamente cedem a passagem, há outros profundamente indelicados que ruminam sons entre dentes, com maus modos e uma enorme grosseria.

Dois dias seguidos encontrei exemplos tristes de comportamentos rudes. Há pessoas muito toscas que não conhecem patavina de boas maneiras e cortesia. Há também profissionais que deviam ter um pouco mais de “savoir-faire”, isto é o know-how de como executar as tarefas que lhes estão destinadas.

Estou longe de ser perfeita mas tenho uma noção muito precisa de “regras” de desempenho, tanto pessoal como profissional que me fazem “ficar com os cabelos em pé” quando assisto ou vivo este tipo de experiência.

Simplesmente deplorável
May 2nd, 2012 by M.J. Ferreira

Ontem de manhã, porque foi feriado, o padeiro não deixou pão. Tanto nos dias festivos como aos Domingos, atravessamos a rua e compramos o pão no Pingo Doce que abre às 8h30 e permite, por isso, tomar o pequeno-almoço com pãozinho fresco.

Ontem, o meu marido honrou o hábito e lá foi ele, todo lampeiro, buscar o pãozinho para comermos. Regressou nem cinco minutos depois, sem pão e com a notícia que estava tudo doido no Pingo Doce.
Fomos à varanda ver e a rotunda estava completamente bloqueada com carros que não andavam nem para trás nem para a frente enquanto davam buzinadelas sonoras e irritantes.

Percebi que os buzinões com que tinha acordado algum tempo antes, não eram pessoas a festejar o feriado do 1º de Maio; antes, alguns esquizofrénicos que queriam entrar no parque de estacionamento do supermercado para a ganância do açambarcamento a todo o custo. Que maluqueira, que espectáculo simplesmente deplorável.

Viemos a saber mais tarde que até carrinhos de supermercado estavam a alugar por 5€ e que muitos corredores tinham produtos espalhados, estragados, vandalizados simplesmente. Os roubos foram à descarada e muitos não se privaram, mesmo na presença dos filhos, de comer o que encontravam nas prateleiras.

Comprar mais barato todos querem mas tem que haver um mínimo de organização por parte dos promotores dos eventos que não permita comportamentos infelizes, irracionais e ilegítimos por parte dos consumidores.

Enfim, o pequeno almoço não teve pão fresco; comeram-se torradas com pão da véspera. Deliciosas, por sinal! e, orgulhosamente, posso dizer: Eu não fui ao Pingo Doce! Gozei o 1º de Maio aconchegada no calor do lar, doce lar.

Para memória futura aqui fica o registo deste 1º de Maio de 2012. Não o Dia do Trabalhador porque esses desgraçados do Pingo Doce; de doce… nada tiveram; antes, trabalharam muito mais entre caos e confusão. Foi sim o Dia do Consumismo Maior e aconteceu num qualquer Pingo Doce perto de si…:

1 de Maio
May 2nd, 2011 by M.J. Ferreira

Ontem foi dia 1 de Maio, feriado nacional por ser Dia do Trabalhador e, por ser o primeiro Domingo do mês de Maio foi, igualmente, Dia da Mãe.

Em relação ao Dia da Mãe, o Domingo foi excelente. Começou de manhã na Comunidade Cristã do Algueirão onde tive a oportunidade de falar sobre as mães tendo por base uma passagem bíblica, no Livro de João, sobre as Bodas de Canã.

Foi muito gratificante poder estar no seio daquela comunidade alguns anos depois de ter sido professora (não gosto mesmo nada deste título) de muitos. Mais importante que as notas e classificações que obtiveram foi ver que cada um usou o que partilhámos, durante dois anos, de forma sábia e, hoje, são pilares e suportes fortes da comunidade em que estão inseridos. Isso é o verdadeiro sucesso da aprendizagem. Não os 13, ou os 15 ou os 18 valores e por aí adiante.

O verdadeiro sucesso da aprendizagem, pelo menos do meu ponto de vista, é medido pelo amadurecimento que o aluno revela face ao que foi transmitido. De certa forma, como a sua vida foi transformada, impactada. E, para essa avaliação ser completa, não tenho dúvidas que tem de ser acrescentado ao prato da balança, o quanto cada aluno impactou a vida do professor.

Para todas as partes envolvidas, ensinar/aprender não se limita a uma transferência de conhecimentos para que do outro lado haja um aumento de conhecimento. Para todas as partes envolvidas, o ensino/aprendizagem abrange todas as parcelas da existência de cada um dos intervenientes. Por isso é penetrante e é capaz de transformar.

O almoço decorreu em família e, este ano, a mesa das refeições foi composta por três gerações de mães e quatro gerações de filhos. Que alegria e que benção.

Sinceramente, para mim, ontem nem me pareceu Dia do Trabalhador no sentido do seu verdadeiro significado. Mas achei interessante a informação que o Pingo Doce distribuía aos seus clientes. Uma folha de papel cujo título apelativo destacava que Portugal precisa de trabalho e sentido de responsabilidade. Recordavam o momento especial que o país atravessa, especialmente a grave situação sócio-económica para justificarem terem “interrompido” a tradição histórica de encerramento das lojas no Dia do Trabalhador.

Falavam de uma greve para o dia que eu não sabia que tinha sido convocada e punham à vontade todos aqueles que livremente queriam aderir. Respeitavam cada um, embora não concordassem com a convocação que um Sindicato do sector tinha feito para o dia face ao contexto de dureza de condições de vida, onde existem mais de 600 mil pessoas no desemprego e se exige de todos mais trabalho e mais responsabilidade.

Recordavam a mais valia económica que representava para o trabalhador apresentar-se ao trabalho no dia 1 de Maio e consideravam que essa mais valia remuneratória era a forma que o Pingo Doce tinha para premiar todos os colaboradores que por “necessidade, vontade, solidariedade e espírito de serviço e de compromisso com o Cliente, com o Pingo Doce e com Portugal entendiam responder com o seu trabalho, com o seu espírito de sacrifício e com o seu sentido de responsabilidade, à dura crise económica e social que o País atravessa”.

Embora a mais valia correspondesse ao que a Lei manda pagar pelo trabalho em dias feriados e de descanso, não há dúvida que as palavras usadas pelo grupo Jerónimo Martins foram imponentes e a informação estava muito bem escrita. Aliás, terminavam com a convicção deste grupo empresarial sobre como a adversidade só poderá ser superada com espírito de sacrifício e sentido de responsabilidade, recordando que o direito à greve não se deve sobrepor ao direito ao trabalho.

Concordo e já tenho escrito várias vezes, por palavras com o mesmo significado, que a adversidade só poderá ser superada com espírito de entrega, responsabilidade, sentido de dever, zelo e empenho. E numa geração que se diz à rasca isso deviam ser qualidades que sobressaíssem em momentos de crise. Parece-me, algumas vezes, é que uma grande parte da geração à rasca nunca se habituou a grandes responsabilidades até agora.

Toda a gente sabe que a escolaridade portuguesa é uma desgraça enorme e a sucessão de anos de estudo, licenciaturas, mestrados e outros graus que estão na moda e que muitos jovens ostentam não correspondem, na prática, aos níveis atingidos. Muitos não sabem o que representa o esforço do trabalho para pagar despesas (habitualmente os pais sustentam tudo…) e contestam e fartam-se de protestar contra aumento de propinas quando se deslocam de popó para a faculdade e bebem uns copitos todas as noites com os amigos. Eu digo muitos e não todos porque, por acaso, conheço excepções.

Para não me esquecer do que estava a escrever, o melhor é focar-me novamente no Pingo Doce. Com a expansão internacional, sobretudo na Polónia, este grupo tem apresentado resultados fantásticos. Só tenho um comentário e é bem abonatório: o dito é do povo: em terra de cegos, quem tem um olho é rei. Perceberam quem são os cegos, não perceberam?

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