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A semana do Natal – Segunda-feira
Dec 20th, 2010 by M.J. Ferreira

No Sábado é dia de Natal. Esta semana costuma ser de uma grande correria a Centros Comerciais e afins para comprar os presentes que, por força, não podem deixar de ser comprados… Mesmo em tempo de crise é espantoso como o consumo sobe em flecha.

No Sábado é dia de Natal. Aquele que é o verdadeiro espírito de Natal e que devia alimentar as almas humanas parece por vezes permanecer tão arredado do coração dos homens. Arredado e substituído pelo presépio quedo e silencioso de figuras inertes que a tradição manda construir ano após ano. Arredado e substituído pela árvore iluminada e pelas mangueiras de luzes que serpenteiam piscando nas decorações mais diversas.

No Sábado é dia de Natal. Ao longo desta semana, convido-vos a visitarem as Páginas em Construção no Facebook e mesmo que não seja assinante desta rede social, pode aceder clicando nesta página em cima à direita e depois em Mural, onde pode encontrar frases alusivas à quadra.

Estamos na semana do Natal. Hoje, Segunda-feira a mensagem que vos quero deixar é uma mensagem de verdade, de amor, de esperança. No início da semana, falemos do início, do princípio, de como tudo começou. O Natal existe e começou no coração de Deus; só está completo quando alcança o coração do homem. Já alcançou o seu coração? Pense sobre isso e sobre o vídeo que deixo:

Hoje é dia de Natal
Dec 25th, 2009 by M.J. Ferreira

Hoje é dia de Natal.

Na calma da manhã enquanto todos ainda dormem, é tempo devocional, de meditação e preparação para um dia em família. Pensando em todas as coisas que tenho de preparar, o “post” para o blog é já algo obrigatório. Não me ocorre outra coisa que não seja, na continuação da minha meditação e tendo em conta que hoje é dia de Natal,  uma oração.

É esta é a minha oração:

Obrigado Pai por toda a tua bondade  e hoje, muito em especial, porque tu me escolheste um dia para conhecer Jesus que transformou a minha vida e o meu viver.

Obrigado pela família. Obrigado porque tu nos tens ensinado a ultrapassar cada dia com paciência, com honestidade, com rectidão. Obrigado porque nos tens ensinado a amar uns aos outros com respeito, tolerância, carinho e cumplicidade.

Obrigada pelos amigos e como através deles se aprende que nenhum de nós é uma ilha isolada. Obrigada porque eles também nos fazem crescer e amadurecer em amor. Que tu  me continues a dar a inspiração para lidar com cada um, com gestos e palavras que os façam também crescer e sentir bem.

Obrigada também por todas as pessoas que não conheço e que Tu colocas em cada esquina do meu dia. Que eu possa olhar para elas da forma que Tu olhas. Com humildade, disponibilidade e ternura.

Neste dia, em que recordamos o nascimento de Jesus, chego a Ti pedindo uma benção especial para a minha e para todas as famílias espalhadas por toda a Terra. Mas Pai, não quero esquecer os momentos difíceis que atravessamos e por isso, eu lembro especialmente as famílias a passar dificuldades, as famílias problemáticas, as famílias que se estão a desfazer. Que no contexto em que estou inserida, Tu me ajudes a ser sal e luz através dos meus pensamentos, palavras e acções.

Mas Pai, quero lembrar os nossos governantes e os líderes de todo o mundo. Que Tu lhes dês a sabedoria para tomarem decisões assertivas e ponderadas de forma a poderem contribuir positivamente para se ultrapassarem situações de pobreza, de corrupção, de intriga, de falta de emprego, de indisciplina financeira  e tantas outras coisas que me e nos afligem.

Lembro, também, todos os que não conhecem Jesus. Que Tu capacites os teus filhos a serem testemunhas idóneas de vidas transformadas e que não se envergonham da tua Palavra.

Lembro ainda Pai todas as pessoas que estão a viajar. Que Tu providencies viagens tranquilas e que cada um cumpra as regras de segurança a que está obrigado.

Tudo isto te entrego e em ti confio.
Amén

E, porque hoje é dia de Natal, aqui fica também o cartão de Natal da Família Ferreira – é só carregar em cima de Família Ferreira que está com cor diferente e já está 🙂

A todos um bom Natal
Dec 24th, 2009 by M.J. Ferreira

Quem é Jesus neste Natal?
Dec 22nd, 2009 by M.J. Ferreira

Acabei hoje a compra dos presentes de Natal. Por causa disso, desloquei-me a uma das grandes superfícies onde desconfiava que ia encontrar o que me faltava. Deu certo. No entanto, sufoquei entre corredores apinhados de gente que, certamente, queria fazer o mesmo que eu. Outras, provavelmente iam apenas deitando “olhinhos” à espera que depois do Natal hajam promoções para se gastar o resto do que se não tem.
No meio de tanta lufa-lufa durante a tarde; agora que cheguei a casa, já de chinelos e roupão, alinhavo estes gatafunhos à medida que uma questão se levanta na minha mente: no meio de toda a azáfama da estação que vivi esta tarde juntamente com centenas de outras pessoas, será que o significado do Natal teve alguma influência?
Habituados que estamos a comprar, a consumir, quantas vezes a desperdiçar, quantos de nós, acomodados demais para responder, cansados para pensar, desabituados de examinar ou intimidados para arriscar, não preferimos, simplesmente atirar para trás das costas as coisas chatas e escolhemos alimentar o nosso desejo incansável de possuir, de evidenciar, de obter aceitação, numa sociedade que etiqueta pela “marca” que se ostenta.
Mas o Natal existe porque existe Jesus. O que me levanta outra questão: que tipo de relação temos com o Menino cujo nascimento iremos celebrar? Até que ponto o conhecemos? Até que ponto o queremos conhecer? Quem dizemos realmente que Ele é?
Uma vez ouvi uma história sobre um fã de Elvis Presley que coleccionou discos, milhares de fotos e até conseguiu duas folhas de uma árvore que havia na mansão do cantor. Na história que me contaram foi-me dito que essa pessoa se submeteu a uma plástica para se parecer mais com o seu deus. No entanto, a realidade desse jovem era terrível e espatifou-se no reconhecimento que fez no final duma entrevista quando confessou: nunca cheguei perto dele. Nunca o vi. Nunca o conheci.
Podemos parar para pensar porque celebramos o Natal ou, então, simplesmente, continuamos a azáfama da estação e vamos às compras:
Quero 3 euros de Jesus, por favor. Não quero muito pois pode engasgar a minha alma ou perturbar o meu sono. 3 euros é o suficiente para um copo de leite antes de adormecer. Não preciso de mais de 3 euros porque quero continuar com os meus preconceitos e julgamentos e não tenho tempo para mais ninguém que não seja eu próprio. Então 3 euros num saco de papel reciclável, porque até sou amigo do ambiente, é mais do que bom até que precise de mais para me satisfazer algum desejo. Eu quero é descanso, não transformação.
Que este Natal seja tempo de reflexão, de perguntas e de respostas acerca do que é realmente importante.

O Natal é tempo de presentes
Dec 9th, 2009 by M.J. Ferreira

Por todo o lado para onde nos viramos nota-se com muita intensidade uma correria frenética e desenfreada a locais onde se possam adquirir presentes de Natal.

Ainda que a crise aperte, ainda que o desemprego aumente, ainda que todos os dias alguma família perca a sua habitação por não ter orçamento para a pagar, ainda que as crianças em risco continuem a fazer crescer o número de meninos e meninas sem um projecto de vida; ainda que diariamente haja queixas de violência doméstica e a segurança seja insegura; ainda que grande parte dos nossos idosos continuem sem condições mínimas de assistência na velhice, ainda que as famílias se desmoronem; ainda que… e são tantas as situações que podem ser acrescentadas; a verdade é que nesta época muita coisa é esquecida e o consumo de bens que não são de todo essenciais aumenta e, com ele, aumentam os diversos “cancros” que minam a nossa existência quotidiana. Nada disto era preciso.

O Natal é tempo de Presentes  e, quer queiramos, quer não, o Natal tem uma personagem principal que é tão facilmente esquecida entre as listas de compras e o orçamento desorçamentado para cada uma. Essa personagem é Jesus.

Jesus é o maior e mais precioso presente que alguém algum dia pode receber.

Jesus, cujo nascimento celebramos no dia 25 de Dezembro, fez-se carne entre nós, tendo nascido, não para julgar o mundo, mas, para que o mundo fosse salvo por Ele. Assim, o verdadeiro Natal só pode acontecer quando JESUS nasce nos nossos corações.

Dessa forma, o  Natal é Fé, Luz,  Escolha, Perdão,  Reconciliação, Salvação, Esperança, Amor, Paz, Confiança, Desejos e Resoluções.

Por isso mesmo quando o medo nos assalta, a dor nos faz cair,  o sofrimento nos sufoca ou a ansiedade aumenta as nossas dúvidas a mensagem insiste, persiste, permanente sempre  à espera que o nosso coração esteja pronto a aceitar o menino cujo nascimento os anjos anunciaram dizendo: “não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: pois, na cidade de David, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.”

O Natal é tempo de Presentes e Jesus é o maior e mais precioso presente que alguém algum dia pode receber.

 

 

Quando se fala em Dezembro…
Dec 4th, 2009 by M.J. Ferreira

Quando se fala em Dezembro lembramos o Natal e as suas tradições. Aqui fica um conto de Natal, um pouco diferente do habitual, que escrevi há muito tempo:

O que sou? O que quero?
Não! O que eu fui e o que eu queria.

Agora já não sou nada. Repouso encostado a um contentor do lixo. Estas palavras são o meu último fôlego que transmiti à minha amiga chuva antes de adormecer definitivamente. Enquanto me embalava, pediu-me se podia escrever a minha história para que todos possam pensar um pouco sobre o que me aconteceu e acontece a milhares como eu.

Sabes? Tal como tu nasci e cresci rodeado de uma bonita família. Os meus pais, os meus irmãos, todos nós tão direitos em direcção ao céu, com as “agulhas” verdinhas a sorrir para o sol.

Lembro-me de brincar com o orvalho da manhã e cantar com o vento. Todos nós, os da minha família, constituímos abrigo, sombra e lar de famílias inteiras que nos procuram.

Mas um dia uns homens grandes apareceram. Traziam nas mãos umas coisas esquisitas, com dentes enormes. Sem que esperássemos, essas coisas começaram a fazer muito barulho e, de repente, grande parte de nós ficou sem raízes, separada da terra, com o tronco decepado. Senti-me cair. Lembro-me do meu pai ondular com mais força e a seiva da minha mãe brotar intensamente. Chorava.

Os homens falavam de dinheiro. Um dizia que aquilo apesar do dinheiro que rendia era um crime com tantos incêndios que tinham acontecido meses atrás. Outro falava em florestação, planeamento, tudo palavras difíceis que eu não entendia. Eu não percebia nada, estava assustado, empilhado com tantos amigos, numa coisa com rodas enormes que nos começava a levar para longe dali.

Quando chegámos a um sítio que eu nunca tinha visto, cheio de pessoas a andar de um lado para o outro, tão apressadas que nem se cumprimentavam, de rostos sisudos tão diferentes dos que eu estava habituado a ver, encostaram-nos uns aos outros numa parede, com um grande letreiro: “vendem-se árvores de Natal”.

Árvore de Natal. Que nome estranho. Os meus pais não me tinham falado disso. Tinham-me dito que eu cresceria forte e saudável. Do meu tronco extrairiam algo precioso para o homem, as minhas pinhas dariam um fruto seco  delicioso e a madeira seria útil para várias indústrias. Seria lar de muitas aves e contribuiria para a alegria inteira das famílias que me procurassem para os seus tempos livres. Fazia parte de uma riqueza, de um património, de um tesouro essencial que há de preservar e cuidar. De árvore de Natal eu não sabia nada. Comecei a sentir uma dor que me preocupou. As minhas agulhas sempre tão verdes e fortes começaram a perder energia.

Um dia escolheram-me. Levaram-me para uma casa. Nos meus braços, cada vez mais fracos, penduraram luzes, bolas, fitas de muitas cores e, à minha volta, colocaram embrulhos de vários tamanhos.

Para dizer a verdade, pela primeira vez na minha vida apeteceu-me chorar. Estava ridículo.
As pessoas que habitavam aquela casa achavam-me lindo mas que percebiam elas dos meus sentimentos?

Que saudades dos meus pais. Cada dia me sentia mais fraco. As luzes de várias cores que diariamente me iluminavam queimavam-me. Estava realmente a sofrer. No dia de Natal tiraram todos os embrulhos que eu tinha à minha volta e, alguns dias depois, percebi que ia acontecer alguma coisa. Mas estava muito fraco para pensar. Já quase não tinha força para respirar. As minhas agulhas eram agora de um verde descorado.

Uma manhã resolveram tirar tudo de cima de mim. Ouvi falar em limpar o lixo todo. Agora eu era lixo.
Tiraram as coisas de cima de mim, dobraram-nas e guardaram-nas e, com um puxão forte, arrancaram-me da areia onde estava enterrada; pegaram em mim e levaram-me.
Quando abriram a porta da rua uma brisa fresca saudou-me e eu ainda consegui sorrir. Atiraram-me para o chão, junto ao contentor do lixo e foram-se embora.

Que era feito do Natal? Do espírito que me tinha cansado de ouvir sobre serem bons e amigos uns dos outros; até trocavam cumprimentos e presentes com pessoas que nem conheciam muito bem mas, de outra forma, poderia parecer mal e, numa caixa que lá havia, a que chamavam televisão, tinham dito que muitas guerras tinham feito tréguas e ouviam-se hinos de que todos sabiam a letra. Também falavam que o Natal era a celebração de um milagre muito grande: recordava-se o nascimento de Jesus que tinha vindo ao mundo porque Deus amava de tal forma a Sua criação (e eu era parte dela) que se fez carne entre nós. Jesus foi enviado por Deus para que todo aquele que nele viesse a crer e depois seguir, pudesse viver em paz na Terra com todos os homens e com Deus por toda a eternidade.

Mas que mundo louco: um dia para serem muito bons e amigos e os outros todos para se insultarem, fingirem que não se conhecem e até se matarem. E que era feito de Jesus nas suas vidas?

O Natal tinha acabado e assim a minha utilidade bem como a minha vida.
Que saudades do campo onde nasci e cresci.

Uma humidade apoderava-se de todo o meu tronco. Percebi que chorava. Já não ia dançar mais com o vento, cantar com os pássaros, sorrir e sonhar nas noites de luar. Agonizava num mundo que não era o meu. Muito artificial, onde a vaidade se sobrepõe à necessidade e progresso é antónimo dos valores.

Foi quando uma chuva miudinha começou a cair. Ouviu as minhas lamúrias. Afagou-me num abraço muito profundo, cantou-me uma canção de amor e eu adormeci para sempre sonhando com a minha liberdade, embalado pelas lágrimas que aquela chuva não parava de deixar cair. Esperava-me a eternidade em paz com o Criador.

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