Aug 9th, 2010 by M.J. Ferreira
Há cerca de 30 anos nas paredes dos prédios ou nos muros que se erguiam por aí era comum verem-se uma série de frases assinadas com um “A” rodeado por um círculo . Eram frases anarquistas que a jovem revolução despertava. Uma delas era referente ao sol: “o sol quando nasce é para todos”.
Lembrei-me dela hoje. Não porque tivesse pensado em anarquias. Não porque estivesse numa de filósofa a destrinçar cada uma das suas palavras. Simplesmente senti-me “apanhada” pelo astro rei que quando nasce (e isso acontece diariamente) não escolhe idades, raças, cores, religiões, condição social, etc.. Quando nasce, é mesmo para todos.
Ser para todos é uma coisa boa. Ainda mais porque, por agora, está isento de imposto. Mas é melhor estar calada e não dar ideias aos políticos dos nossos dias. Ainda mais que começa a ouvirem-se muitos ruídos sobre um tal de imposto europeu que nos estará destinado para ajudar a Comunidade a ser mais autónoma.
Mas como ia a dizer, o sol ser para todos é bom. Ainda é grátis (isto se não contabilizarmos os protectores solares que temos de adquirir para protecção), é saudável quando tratado convenientemente, é luz, é calor e quantas vezes não serve os interesses dos apaixonados em frases tão quentes quanto a paixão que os move; mas… ou eu sou muito acalorada ou estou com um exagero de sol que, de certeza, não pode ser muito bom para a saúde; pelo menos para a minha.
A continuar, vou sair à rua (estritamente quando tem mesmo que ser) como há alguns anitos atrás faziam as senhoras para não estragar a pele: de guarda chuva bem aberto!
Mas, como o meu guarda chuva até é pequenino e não vai dar para me resguardar convenientemente tomei uma decisão!
Sabendo que o sol quando nasce é para todos, tenho uma porção só minha. Não quero ser egoísta e estou disposta a dar a minha porção a quem a quiser. Não é emprestado, nem vendido, é mesmo dado!!!!
Socooooorroooooo! Já não aguento o calor e as altas temperaturas.