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Barista
Oct 13th, 2010 by M.J. Ferreira

Confesso que foi uma surpresa para mim o significado de Barista. Relacionei com Bar e, portanto, só podia ser alguém cujo trabalho estivesse relacionado com bares.

Pelos vistos, não sou só eu que comete este tipo de erro. De acordo com Luís Vilhalva, barista formador da Escola Grão Maior, em Campo Maior, a única no País nesta arte, “Ser barista é trabalhar o café e promover a cultura do café. Não é quem serve num bar”.

Uma notícia de hoje do DN dava conta que se realizou hoje, num hotel de Cascais um concurso de Baristas que iria escolher o nosso representante para representar Portugal no Campeonato Barista espanhol, que se realiza em Barcelona entre 6 e 9 de Novembro.

Para o 2.º Campeonato Baristas de Portugal, e de acordo com a mesma notícia, o desafio lançado aos dez candidatos é o de em apenas 16 minutos, cada Barista a concurso ter de preparar quatro cafés expresso, dois cappuccini arte, duas bebidas fantasia com álcool e duas bebidas fantasia sem álcool, tendo como base o café.

Pesquisei e encontrei várias fotografias do que é possível fazer numa chávena de café ou cappuccino, por exemplo. Uma arte mesmo. Fiquei de tal forma encantada que preparei um álbum de fotografias. Para aceder, basta carregar AQUI.

Um café não recomendo a esta hora mas um cappuccino até que calhava bem.

Ainda tomaremos um café
Apr 29th, 2010 by M.J. Ferreira

As redes sociais mudaram um pouco o conceito de estar com os amigos. Eu digo “mudaram” porque não quero pensar que possam ter substituído. Eu explico melhor.

Com as redes sociais, temos uma facilidade quase imediata de contactarmos os amigos, sejam eles novos, ou velhos amigos. Na verdade, muita gente encontra neste meio de comunicação amigos de que não sabia há anos. Nesse sentido mudaram alguma coisa.

Com apenas um clic adicionamos à nossa lista pessoas que passaram pela nossa vida em determinado tempo e local mas, da mesma forma, podemos adicionar outras que nunca vimos, mas que, de alguma maneira, se identificaram connosco, quando por acaso se cruzaram nalgum comentário deste emaranhado digital de amigos e amigos dos nossos amigos.

No entanto, o conceito de estar com amigos não pode reduzir-se às comunicações online. Embora satisfaçam alguma comunicação, não preenchem a necessidade do abraço quente que nos limpa as lágrimas ou do som das gargalhadas quando algo nos diverte. Não ocupam o prazer do beijo que acaricia ou da palmadinha nas costas que dá o incentivo que às vezes nos falta. Não demonstram o olhar cúmplice, o sorriso condescendente, a linguagem bela dos gestos que denunciam cumplicidades. E isso, não só não pode ser substituído, como é parte integrante e inigualável do nosso crescimento e amadurecimento enquanto pessoas.

Para alem dos amigos que encontramos diariamente nos muitos clics que damos, precisamos de amigos que se sentam connosco, que nos olham nos olhos e com quem partilhamos aquilo que nos vem à cabeça.

Eu temo que se eliminarmos esta parte das nossas vidas, possamos rapidamente tornar-nos pessoas mecanizadas, sem qualquer expressão física que saiba exteriorizar o que vai no coração. Eu temo, que isso se alargue à família e não há família que resista sem diálogo, sem uma comunicação eficaz. Não é futurista a imagem de uma família nos nossos dias que, mesmo estando a habitar a mesma casa, vive “separada” por refeições cheias de TV, tempos livres de cada um para seu lado, sem tempo de uns para os outros e o amor compensado em bens materiais.

É por isso que hoje vos quero contar a velhinha história, que já passou por mim em várias versões, do professor que, diante da sua classe de filosofia, sem dizer uma só palavra, pegou num pote de vidro, grande e vazio, e começou a enchê-lo com bolas de golfe.

Em seguida, perguntou aos seus alunos se o frasco estava cheio e, imediatamente, todos disseram que sim. O professor pegou então, numa caixa de berlindes e esvaziou-a dentro do pote. Os berlindes encheram todos os espaços vazios entre as bolas de golfe.

O professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio e voltou a ouvir dos seus alunos que sim. Em seguida, pegou numa caixa de areia e despejou-a dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda restavam e, como tinha feito anteriormente, ele perguntou novamente aos alunos, que responderam que o pote agora, sim, estava cheio.

O professor pegou num copo cheio de café e, com cuidado, derramou o líquido no pote humedecendo a areia. Os estudantes riram da situação. Foi quando o professor falou:

“Quero que entendam que o pote de vidro representa as nossas vidas. As bolas de golfe são as coisas mais importantes, como Deus, a família e os amigos. São as coisas com as quais as nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade. Os berlindes são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa bonita, o carro novo, etc. A areia representa todas as pequeninas coisas que vamos acrescentando à nossa vida . Agora, reparem: se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para os berlindes”.

O professor continuou: “O mesmo acontece nas nossas vidas. Se gastamos todo o nosso tempo e energia com as pequenas coisas nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes. Prestem atenção nas coisas que são primordiais para a vossa felicidade. Brinquem com os vossos filhos, saiam para se divertirem com a família e com os amigos, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos, busquem a Deus, busquem o conhecimento, estudem, pratiquem o vosso desporto favorito… Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas ocupem-se das bolas de golfe em primeiro lugar. O resto é apenas areia.”

Um aluno levantou-se e perguntou o que representava o café. O professor respondeu:

“Que bom que me fizeste essa pergunta, pois o café serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja a nossa vida, haverá sempre lugar para tomar um café com um grande amigo”

Já tomou café hoje? Então um dia destes ainda tomaremos um café. Está combinado!

Os amigos verdadeiros são aqueles que vêm compartilhar a nossa felicidade quando os chamamos, e a nossa desgraça sem serem chamados.
(Demetrio de Falera)

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