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“Todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo.”
Oct 11th, 2010 by M.J. Ferreira

Para mim é um perigo fazer pesquisas. Começo com um assunto e arranjo sempre uma série de “tralha” que, não tendo muito relação com o tema de origem, fui desviando a meu belo prazer e, consequentemente, tenho que guardar porque não sei quando vou utilizar.
Às vezes, o meu “desktop” é um emaranhado de imagens que me deixam muito feliz, com a “caixa dos pirolitos” a 100 à hora mas, uma grande confusão para quem a possa ver.

Ao fim da tarde falei com uma amiga que já não ouvia há muito tempo. É um prazer falar com ela porque, embora ela me tivesse dito que tem andado destrambelhada de todo, tem uma capacidade incrível de rir e contagiar com as suas gargalhadas. Falar com ela, e à hora que foi, deu aquela sensação agradável de um fim de tarde feliz que nos enche o peito de ar e nos preenche com pensamentos de afecto e sentimentos que acariciam a nossa alma.

Lembrei-me de uma imagem que descobri há algum tempo e que vai finalmente sair do “Ambiente de Trabalho”. Tem a ver com amizade, com amigos.

É uma bênção ter amigos. Rir com eles, chorar com eles. Ouvir os seus silêncios. Partilhar desabafos. Dar e receber abraços. Sentir o sofrimento. Deleitarmo-nos com a felicidade.

Um amigo está sempre disponível e apesar de nem sempre nos conseguirem “levantar”, eles fazem de tudo para não nos deixar cair.

Não é só a imagem que vos quero mostrar. Há, também, uma história, penso que de autor desconhecido, que retrata o “verdadeiro” amigo. Reciclei-a ao meu jeito e vou contá-la. Passa-se em tempos de guerra quando um soldado ousa confrontar o seu comandante com o facto do seu amigo não ter regressado do campo de batalha.
– Meu comandante, solicito autorização para ir buscar o meu amigo que não regressou.
– Autorização negada – respondeu o comandante. O seu amigo a esta hora está morto e eu não quero perder mais soldados.
O soldado não podendo conter o sofrimento de quem espera o que é certo vir, ignorou a proibição e foi à procura do seu amigo. Voltou uma hora mais tarde, gravemente ferido, carregando o cadáver do seu amigo.
– Eu não lhe disse que ele estava morto? – perguntou o comandante. Acha que valeu a pena ir até lá para trazer um cadáver e regressar no estado em que se encontra?
– Claro que sim, meu comandante – pronunciou o soldado perdendo o movimento dos seus próprios membros. Quando o encontrei, meu comandante, ele ainda estava vivo e no abraço que trocámos, as suas últimas palavras foram: eu sabia que virias.

Um amigo está sempre presente. E mesmo se ausente fisicamente, a sua lembrança aquece o nosso coração.

“Todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo.” (Voltaire)

Pifei… mas estou em recuperação!
Jul 29th, 2010 by M.J. Ferreira

Em Outubro passado o médico disse-me que eu estava esgotada (descrição simpática para o termo que ele usou: esgotamento).

Uma das formas de minimizar efeitos secundários foi a elaboração de uma série de regras básicas que visam contribuir para a normalização dos “meus parafusos”.

Entretanto, algumas alterações na rotina dos últimos meses fizeram os neurónios derrapar e pronto! Confusão instalada! A caixa dos pirolitos pifou…

Bem, a caixa dos pirolitos pifou… mas… não se assutem, né? Não pifou de vez. Só necessita de alguns ajustes que se conseguem com calma e paciência.

Para esta calma acontecer é preciso parar um pouco e tomar decisões. Uma dessas decisões obrigou-me a suspender um trabalho que estava a fazer num projecto em que acredito profundamente em equipa com uma pessoa extraordinária.

Escrevo isto porque, de momento, um pouco fraquita física e emocionalmente, num tempo em que me ando constantemente a lembrar do que é que eu me esqueci, não quero que saia da memória escrita que são as Páginas em Construção a sensibilidade daquela pessoa, um colega, meu ex-professor que, apesar de “sofrer” o peso da decisão, não deixou de me apoiar com palavras de ânimo, de serenidade, de confiança e sobretudo, de esperança.

Bem sei que ambos somos cristãos, irmãos na fé, para quem o compromisso com Deus é importante, mas este tipo de virtude, enorme demonstração de amor fraterno, rareia tantas vezes, nestes dias egoístas que vivemos, mesmo no seio de grupos ou instituições cristãs. Ter um irmão assim, mesmo que esteja longe, torna a nossa vida mais preciosa.
Bem hajas TA pelo teu exemplo, pela tua amizade. Dizia Confúcio que para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.

Pifei…é verdade! Mas estou em recuperação!

Até amanhã!

#45
Apr 21st, 2010 by M.J. Ferreira

“Quando o amigo permanece em silêncio, que o vosso coração não deixe de ouvir o seu coração.”
(K. Gibran)

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