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25 quê?
Apr 25th, 2011 by M.J. Ferreira

Segunda feira, dia de sol, último dia de um avantajado fim-de-semana que começou na Quinta-feira Santa e acaba hoje, no feriado do 25 de Abril.  Praticamente quase uma semana de “férias” quando a Troika (do FMI) trabalha de sol a sol para nos tirar da crise… São prioridades…

Ao contrário de outros anos saí e tive a oportunidade de usar as duas pontes que “servem” Lisboa. Olhar para os carros “carregados” de pessoas e outros com cargas esborrachadas contra os vidros, não me pareceu que este dia da liberdade tivesse mais significado que um dia normal de regresso a casa depois de esticadas as pernas e esticado o orçamento nuns diazinhos fora da azáfama tradicional.

25 de Abril, Dia da Liberdade. A cada ano que passa e olhando para o estado da nossa democracia saída de Abril de 74, as conquistas ficam abafadas pelo estertor de uma liberdade abusada, violentada e fortemente corrompida.

25 de Abril, Dia da Liberdade. 25 quê?


“já murcharam tua festa pá…”

 

25 de Abril – II
Apr 26th, 2010 by M.J. Ferreira

“Abril de sim, Abril de Não
Manuel Alegre

Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.”

25 de Abril de 2010
Sessão Solene Assembleia da República

Verdes (Heloísa Apolónia) – A deputada lembra direitos previstos na Constituição, nas áreas da saúde, educação, cultura, trabalho.

PCP (José Soeiro) – O deputado comunista lembra revolução que deixou “marca de água” na Constituição, que entidades nem sempre estão empenhadas em promover.

BE (Fernando Rosas) – Fernando Rosas diz que guerra colonial foi “absurda e injusta” ecritica as políticas actuais que, na sua opinião, têm feito o país regredir.

CDS (José Manuel Rodrigues) – A democracia é aperfeiçoável. Dívida, défice, desemprego – “os novos 3Ds”. Temos o mais alto desemprego de sempre. Em cada 100 jovens, 22 não têm emprego. Uma sociedade assim não tem oportunidades.

PSD (Aguiar Branco) – Aguiar-Branco diz que “continuamos mergulhados em preconceitos ideológicos”. À esquerda, baniu-se “palavra pátria”. À direita, baniu-se “a palavra povo”. O cravo e a Revolução foram feitos para todos. É tempo de ter Constituição para o nosso tempo.

PS (João Soares) – João Soares relembra que há que evocar todos aqueles que lutaram contra a ditadura e saúda o próprio pai, Mário Soares que está também presente na sessão solene. Pede um “Portugal mais fraterno e solidário”.

Jaime Gama apela à “união” no seu discurso.

Cavaco Silva cita Sophia de Mello Breyner: “Salgueira Maia é aquele que deu tudo e não pediu paga”. A melhor lição de liberdade é a experiência de não liberdade.”
Cavaco Silva fala dos jovens que emigram por quererem estar “entre os melhores” mas que manifestam “desejo de voltar”. O Presidente da República criticou os bónus e salários dos gestores, no seu discurso. O mar é o activo económico maior do nosso futuro. Abraçando desígnio marítimo seremos mais fortes. Cavaco Silva vê o Porto como “novo pólo” que pode cativar indústrias culturais. O Presidente da República elogia dinamismo cultural do Porto e defende aposta cultural forte na constituição do Norte como grande região cultural europeia.

25 de Abril de 2010

Desfile junta vários milhares de pessoas que continuam “a querer Abril de volta.

25 de Abril de 2010

36 anos depois. Que país somos? Que tipo de democracia é a nossa? O que é a Liberdade? E a tolerância? E cidadania? Que tipo de justiça se faz neste país? Que tipo de educação é a que temos? Há cuidados de saúde para todos? É Portugal um país seguro? É Portugal um país viável económica e financeiramente? Que futuro espera os nossos jovens? Que tipo de sociedade é a nossa? Há riqueza? Há pobreza? Que classes sociais predominam? Há esperança? Há valores e princípios? Há respeito e respeitabilidade? Qual é a nossa imagem ética?

Ó Mafalda tu tens razão! Temos que nos aplicar a fundo.
Perguntas tu: “e se mudássemos tudo?” . Às vezes não há como recomeçar de novo. Mas mudar só por mudar não vale a pena. Mas se mudássemos, eu diria que, se calhar, essa era a melhor opção para os que estão a nascer agora e que daqui a umas duas, três gerações estarão a fazer este país andar para a frente. Que bom seria se eles fossem educados na família, na escola, nos contextos do dia-a-dia, na comunicação social, para serem cidadãos empenhados, honestos, íntegros, tolerantes e conhecedores dos seus direitos e responsabilidades.

Para isto Mafalda é preciso que a família seja espaço de conforto, onde amamos, servimos, ensinamos e aprendemos uns com os outros, partilhando alegrias e tristezas. É preciso que a família seja o lugar próprio e natural, onde toda a criança tem o direito a nascer e crescer. Olha Mafalda, a família é o primeiro lugar de todo o ser humano, onde cada um faz a primeira e principal aprendizagem de relacionamento com os outros. Por isso, Mafalda para se mudar tudo, a família tem que ser o pilar, o alicerce, a base da sociedade.

Precisamos de nos aplicar a fundo. Portugal precisa de todos. A esperança de Abril não pode ser um sonho que parece desvanecido e esbatido fazendo apenas sobressair as sombras mais funestas e espalhando o desalento, o descrédito, e a paralisia que nos impossibilita de reagir perante a melancolia da apreensão, a apatia do que não produz e o marasmo que se vê, que se ouve e que se sente no ar, colado à indiferença com que “deixamos andar”.

Obrigada pelo conselho Mafalda. É preciso olharmos bem para o fundo do que somos enquanto pátria de forma a fazer sobressair o melhor de cada um, mudar o que precisa de ser mudado, identificar erros e definir a visão que nos guie de volta aos desígnios que motivam, à determinação que recupera, à auto-estima que nos identifica enquanto povo e nos dá coesão.

Olha Mafalda, até o Presidente da República, no discurso que fez hoje parece concordar contido. A determinada altura, ele exortou que “não podemos perder tempo, porque a concorrência será implacável” e, quem ficar para trás, terá de fazer um enorme esforço de recuperação. Ele disse que “No mundo actual, não esperemos que os outros nos ajudem se não acreditarmos em nós próprios, se formos incapazes de fazer aquilo que nos cabe fazer”, acrescentou, sustentando que no dia de hoje se celebra a esperança dos que acreditaram, sobretudo em si próprios.”

Precisamos de nos aplicar a fundo e isto não podem ser só palavras da boca para fora. Cabe a cada um de nós, cabe às instituições públicas e privadas, cabe a cada sector da nossa sociedade e cabe ao Governo governar para que assim seja.

25 de Abril – I
Apr 25th, 2010 by M.J. Ferreira

Revolução dos cravos (in Saber.Sapo)
O golpe de estado militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante a revolta das forças armadas. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português (denominando-se “Dia da Liberdade” o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).” (para mais informação siga o link adicionado ao título)

O Poster do 25 de Abril 1974.

O povo saiu às ruas. Povo e mais povo a perder de vista.

Desde o Arco (da Rua Augusta) ao Quartel do Carmo as mulheres de Lisboa tomaram a seu cargo o abastecimento dos soldados em acção. Foram o povo e os soldados os heróis dos dias da libertação”.
Portugal Livre, Editorial O Século. Lisboa, 1974

Em cada arma um cravo vermelho, o símbolo da revolução sem sangue.

As crianças reproduziam o dia histórico para Portugal.

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