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416 d
Jan 4th, 2016 by M.J. Ferreira

Ano novo, vida nova; diz o saber popular e, realmente, esta altura do ano é pródiga em promessas, sonhos, desejos a concretizar ao longo dos meses vindouros. Não é esse o meu propósito ao reativar a minha escrita, os meus gatafunhos, as ideias que não quero perder, as memórias que quero preservar. 

416 dias. 

O tempo que o blog ficou às escuras. Tanto ficou por dizer através das letras que os dedos velozes identificam e clicam formando palavras, percepções, lembranças, saudades, planos, fantasias que se forma no espírito.

Pretendo que Janeiro seja o reinício e as páginas vão continuar partilhas de vida que deixo aos meus.  Julgava eu que era mais fácil “arrancar” de novo.  Necessito de criar o hábito, o desejo, o prazer de escrever. No FB nunca permiti que a intimidade da escrita fosse desenvolvida como aqui e inebriou-me a rapidez como um simples comentário se propagava e as reacções que produzia. O tempo ajudou-me a amadurecer neste campo e perceber a falta que o blog me estava a fazer. Mentalmente. Emocionalmente. Racionalmente. Como terapia. 

Lá vou eu. Perseverança. Em frente, toca a escrever 🙂

Hoje era o seu dia
Nov 13th, 2014 by M.J. Ferreira

Hoje era o seu dia pai.

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Saudades de si pai.
Por isso hoje dei graças a Deus pela sua vida ( hoje iria completar 91 anos). Agradeci o homem que foi, o exemplo que sempre procurou nos transmitir, o sentido de moral que nunca o abandonou. Dei graças pelo tempo que partilhamos e por tudo o que consigo aprendi. Obrigado pai e no sorriso que fez quando a mãe lhe leu Josué 1:7-9 tão perto de nos deixar fisicamente reside a certeza que o Pai o guarda na Sua paz.

Pequenos luxos
Aug 28th, 2014 by M.J. Ferreira

Sinceramente não sou uma pessoa que de muita importância àquilo que é entendido como luxo. Não sinto qualquer empatia com a necessidade ou o desejo de possuir o que não tenho condições de adquirir ou o que realmente me faz falta.
No entanto, sou dada a pequenos luxos. Passar tempo com a família, cozinhar sem bimby (estou a brincar 🙂 ), acordar na “barraquinha” das férias e vir para o alpendre apanhar os primeiros raios de sol no rosto enquanto “encomendo” o meu dia junto de Deus.
Escrever estas palavras na calmaria relaxada dos cantos matinais de rolas, gaios e pardalitos que esvoaçam gulosos pelas migalhas que deixei cair é um bem que pode não ser considerado necessário por muitos um luxo mas gera em mim conforto e prazer aliada à certeza que estou nas mãos do Pai. Sem pompa, sem ostentação mas com a certeza de ser amada.

Vento e mais vento
Aug 25th, 2014 by M.J. Ferreira

Que desagradável em férias o vento que se tem sentido este Verão que baixa as temperaturas até da água do mar. A compensar o coração está bem quentinho com a presença da família e a única aragem é a brisa suave dos risos e brincadeiras das netas.

Viagens de autocarro
Aug 22nd, 2014 by M.J. Ferreira

Antes desta semana já não me lembrava quanto tinha sido a última vez que andei de autocarro. Contudo, esta semana, no espaço de quatro dias fiz duas viagens na Rede Expresso de que gostei muito.
Ao ter optado pelo autocarro, poupei na gasolina, nas portagens, pude descansar da condução e apreciar a paisagem dum ponto de vista diferente.
No entanto, se a primeira viagem nada teve de muito extraordinário em relação a parceiros de viagem; a segunda, ficou pautada por uma das utentes da rede ter feito toda a viagem de telemóvel na mão partilhando, digo, impondo, as suas conversas ao seu redor.
Desde a “não sei quantas” que tinha mudado as fechaduras de casa quando se separou para logo a seguir ser vista com o “Cajó” até às conversas sobre o filho que andava com quem quer, o regresso a casa de forma antecipada porque o cão estava com saudades, as compras que tinha para fazer, o tempo que tinha estado e a tentativa de comprar bilhetes para o restante percurso que ainda a esperava após a chegada a Lisboa, foram cerca de três horas em que a ” bendita” senhora não se calou!!!
Livra! Até tive saudades de quando telefonar se fazia apenas no aconchego da nossa casa ou, em público, em cabines adequadas que davam privacidade a quem as fazia e a quem circulava por perto.

O silêncio de mim
Aug 21st, 2014 by M.J. Ferreira

“A contemplação não é uma sabedoria onde nos instalamos: é antes uma forma de exposição desarmada do olhar, uma colocação sem reservas, uma aprendizagem sempre a ser refeita, um despojaremos dos porquês” (Pd. Tolentino de Mendonça)

Despertou o meu interesse este pedaço de uma crónica escrita num conhecido semanário onde o autor apresenta a sua visão sobre a contemplação.
Desde os tempos da faculdade de Teologia, a contemplação passou a ser uma espécie de disciplina diária no meu quotidiano. Com ela aprendi, e ainda aprendo, a despojar-me dos meus preconceitos e ideias pré-concebidas sobre variados assuntos, a esvaziar-me de mim e a, completamente “desarmada”, perceber que mais importante que as perguntas que tantas vezes não sei fazer, as respostas existem sem que o caos as baralhe nas cartas que os sentidos nos apresentam.
“Esvaziar-me” para ficar cheia. “Dar-me” para humildemente receber as ofertas do Criador. Saciar-me com o infinito da Sua paz, aquela que excede todo o entendimento.
A contemplação consegue transmitir-me uma forma tão inebriante quanto doce e gulosa de conhecimento(s), possível(eis) apenas no/e com o silêncio de mim, que o ruído repetitivo e/ou estridente de todos os dias inibe ou faz fracassar.
Completa a meditação de forma harmoniosa e, no corre-corre das vidas que levamos, a consciência da necessidade de momentos contemplativos e a entrega aos mesmos (nem que seja por breves instantes) dá-nos a energia, a força, a esperança para esta peregrinação a que chamamos vida.

Como diz um provérbio aborígene “somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. O nosso objectivo é observar, crescer , amar… Depois, vamos para casa. ”

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Que pivete!!!
Aug 20th, 2014 by M.J. Ferreira

Morar na cidade dentro do campo pode ter surpresas que uma localidade mais cosmopolita desconhece. Falo de uns pequeninos animais que, olhados de uma certa perspectiva, até têm uns olhinhos bem simpáticos e despertam a vontade de muitos para os tentarem domesticar em “gaiolas” próprias nas suas residências.
Pois, de vez em quando, em casa somos visitados por ratinhos de campo que, por muita simpatia que possam inspirar, não são a melhor companhia para se ter à solta dentro de casa.
O dito cujo, desta vez, foi descoberto na casa de banho pelo meu marido. Chamou-me imediatamente para, quais “exterminadores implacáveis”, pormos termo à existência do roedor antes que o mesmo provocasse estragos ou contaminasse a higiene própria que nos previne contra doenças. Quer isto dizer que SIM! se temos um ratinho à solta, a nossa intenção é retirá-lo o mais possível de dentro de casa, o que significa o uso de ratoeiras ou vassouradas aniquilando a ameaça e eliminando os danos com o mínimo prejuízo.
Munidos de esfregonas não fomos lestos o suficiente para lhe impedir os movimentos que o levaram para debaixo da base de duche de onde dificilmente o expulsaríamos sem uma vigilância apertada que poderia demorar horas. Pensei como abreviar tal situação e só me ocorreu o Baygon que elimina formigas e baratas. Usei o spray por todas as frestas no intuito de o expulsar do seu esconderijo mas nada, nem o avistámos. Pensámos que a oportunidade tinha passado e teríamos que aguardar por melhor ocasião.
Contudo, uma surpresa aguardava-nos. Não contávamos ser surpreendidos com o desfecho da fuga para debaixo da base de duche e o uso do Baygon. A verdade é que o roedor não aguentou a dose letal capaz de matar formigas e baratas e sucumbiu intoxicado. O problema é que o acesso para retirar os seus restos mortais não estava disponível e um enorme pivete, de dimensões nauseabundas indescritíveis, invadiu a casa a partir da casa de banho. Bem!!! Bem, não, MAU!!!!
Rendidos à nossa sorte, usámos de todo o nosso melhor conhecimento no combate ao cheiro putrefacto que no dia seguinte à noite já não escondia, nem deixava dúvidas, sobre a sua origem. Recomendamos o uso de água com cebola como se faz para “comer” o cheiro das tintas e o uso de vinagre para “desinfectar” a área (no nosso caso, os arredores, porque não conseguimos chegar ao corpo em decomposição). Usamos uma ventoinha para difundir o maus cheiro e esgotámos as prateleiras do supermercado e da loja do chinês com “absorventes de cheiros” que colocámos estrategicamente pela casa para devorar a pestilência.
Ao fim de três dias vencemos o repugnante e nojento cheiro com que o roedor se “vingou” da nossa atitude e decisão. Que outros da sua família aprendam a lição. Porque o Baygon ainda está na despensa…

Dar um tempo…
Aug 19th, 2014 by M.J. Ferreira

Desde que iniciei o blogue num distante ano e mês de Novembro, tenho mantido um registo diário que não inclui feriados e fins de semana.
Quando comecei, esta foi a forma que “arranjei” para manter o meu espirito ocupado com a escrita, deixando os pensamentos fluir, a imaginação palpitar e exercitar a mente naquilo que é um dos meus hobbies preferidos: a escrita.
Confesso que nem sempre o “apetite” nos últimos tempos era o mesmo e à medida que a “fome” se saciava com os parentes deste blogue (as Páginas no FB que giro), deixei que alguma preguiça se instalasse nesta relação que já tanto me deu.
Como outras relações, decidi dar um tempo. Confesso que isto de dar um tempo à relação, às relações, nem sempre compreendo satisfatoriamente sem que pense em egoísmo. Egoísmo porque o “nós” se transforma em “eu” e os interesses próprios deixam de dar lugar a um interesse maior, o do empenho que não é indiferente ao valor de cada um mas o modifica, adopta e molda para que o todo seja muito maior que cada uma da soma das partes individuais
Enfim, à medida que tenho envelhecido, tenho descoberto que a maturidade se constrói com a humildade de percebermos as nossas fraquezas e transforma-las em oportunidades.
O tempo que decorreu desde o ultimo “post” até hoje vai terminar. Até porque o tempo, uma série ininterrupta e eterna de instantes se perdem com a facilidade com que o tempo engole o tempo sem deixar tempo para “gozarmos” a partilha e o registo dos mesmos.
Escrever o blogue como um testemunho do que sou e penso para a prole que se me seguirá não se pode dar ao luxo de “demoras”; até porque o tempo é implacável nas suas épocas e circunstâncias que tanto nos alegram como chicoteiam. Partilhar ambas é como uma “purificação” dos diversos estados de alma com que somos confrontados ao longo dos dias que constituem o percurso das nossas vidas.
Dar um tempo… A distância em relação ao blogue ajudou-me a ter mais clareza sobre o que ele representa e, durante esta “excursão temporal” avaliei melhor sentimentos, expectativas e valores que a ele confio. Durante este tempo, se me permitem, as Páginas em Construção “confiaram” que dar um tempo não foi o fim mas um novo princípio. Mais maduro, mais assertivo, resiliente e genuíno.
Não prometo escrever todos os dias como antigamente mas farei os possíveis para o tentar conseguir.
Não prometo nada mas farei os possíveis para que as Páginas em Construção sejam tudo aquilo para que foram criadas.
Não prometo simpatias mas farei os possíveis para continuar a escrever com amor. Umas vezes de forma moderada; outras acutilaste; mas sempre com a paixão que me move em tudo o que faço, penso e falo.

Para a semana …
Jun 27th, 2014 by M.J. Ferreira

Para a semana será em Vilamoura na habitual semana que gozamos que vou escrever no Blogue. O que será que nós espera?
Bom fim de semana ou boas férias 🙂

Com o rola da massa…
Jun 26th, 2014 by M.J. Ferreira

Com o rola da massa eu e a pimpolha damos asas à imaginação e brincamos enquanto cozinhamos a sério.
Hoje, foi tempo da pimpolha pegar no rolo da massa e mostrar as suas habilidades a manusear a massa como deve de ser. Que ricos pãezinhos /-)

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