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Notas soltas
November 26th, 2013 by M.J. Ferreira

Aceitei no FB um desafio. Fazer parte da leitura diária do Livro de Provérbios durante o mês de Novembro. 31 capítulos, um para cada dia. Comecei já passava do meio do mês e tive que ler mais apressadamente os vinte primeiro capítulos. Tal não significa sem entendimento ou de forma descuidada. De maneira nenhuma.

O Livro de Provérbios é um Livro de Sabedoria e esta é algo necessário seja qual for o ano, o milénio, o século, o contexto em que vivemos. Devia ser estudado mais amiúde e aplicado na vida diária com tenacidade e constância.

Embora aos fins de semana não publique no FB, lá vou deixando as minhas impressões face a determinado versículo do capítulo diário. Ao fazê-lo, desafio-me a mim própria a sair da letargia do comodismo e a aceitar o que o Pai quer modificar na minha maneira de ser, estar e pensar que não lhe agrada. Mas também, espero, possa despertar outros de várias maneiras que até aí desconheciam ou, simplesmente, instalar neles o desejo de conhecerem o Livro. Nada é em vão.

Para mais tarde recordar, deixo aqui algumas das impressões postadas. Que cada um que aqui chega possa fazer uso delas de forma proveitosa.

“3:27 “Quanto for possível, não deixe de fazer o bem a quem dele precisa.”
Porque gostamos de complicar o que é tão simples?”

22:6-“Instrua a criança segundo os objectivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.”
Este versículo é praticamente um clichê mas o mandamento que encerra é das mensagens mais necessárias para o restabelecimento/renovação/fortalecimento da sociedade porque tem o poder de a modificar para a glória de Deus enquanto nos enche de esperança pela Sua provisão e graça. Começa em cada uma das nossas famílias.

<em>”25:21: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber.”
Reparei ao publicar que este versículo se tem repetido ao longo do dia de hoje. Provavelmente porque nos incomoda. Não só nos impele a prover para os que passam dificuldades, como nos incita a fazê-lo directamente àqueles que não nos merecem simpatia, não pensam como nós, não defendem o que defendemos e/ou que consideramos inimigos. Muitas vezes este “comer” e “beber” é simplesmente uma oração que tarda em sair do nosso coração.
Este versículo não só não tem nada de passivo, como não nos deixa indiferentes. O passo seguinte é começar a “treinar” este principio.
Penso que será um dos propósitos do desafio inerente à leitura de Provérbios durante o mês de Novembro: sermos ensinados a alcançar mais sabedoria, de forma a podermos exercer nos contextos em que estamos inseridos uma vida de testemunho cristão.”

“26.21: “O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira, o amigo de brigas é para atiçar discórdias.”
Hoje, ao ler sobre insensatez no capítulo 26 este versículo despertou a minha mente, alerta que está para o contexto da sociedade civil a passar por dificuldades ao nível moral, financeiro, económico, de justiça, saúde e ensino com consequências nefastas e devastadoras na confiança, na proactividade e assertividade necessárias para dinamizar e insuflar esperança num povo cansado.
Faz-nos falta pessoas “desamigas” de brigas. Pessoas que não pactuem com provocações, discórdia ou disputas. Faz-nos falta pessoas que não critiquem gerando divisões; antes tenham um discurso que congregue e una em torno dum objectivo comum, com alternativas viáveis e responsáveis.
Quando penso no que somos e no que temos enquanto cristãos, não tenho dúvidas que a solução passa por nós. No entanto, quantas vezes, discutimos baptismos, denominações, bla, bla, bla e nada acrescentamos à sociedade tão sem rumo. Assim soubéssemos lidar com o exemplo maior da própria Trindade que nos mostra comunhão e unidade no meio da diversidade.”

Depois acrescentarei outros comentários à medida que os for fazendo diariamente.
Cá estão. Promessa cumprida 🙂

“28:2 Os pecados de uma nação fazem mudar sempre os seus governantes,
mas a ordem se mantém com um líder sábio e sensato.”
Que versículo mais actual para os tempos que vivemos. Se por um lado temos governo eleito e com maioria no parlamento, por outro, temos meio mundo a querer pô-lo na rua.
Da maneira como a sociedade se encontra cheia de vícios e falta de moral e ética precisávamos mesmo dum líder sábio e sensato. Onde está ele? Como encontrá-lo?

“28:5 Os homens maus não entendem a justiça, mas os que buscam o Senhor
a entendem plenamente.”
Isto abona no que penso que os cristãos têm a solução. Já o escrevi aqui dias atrás. Mas, mesmo os cristãos, estão divididos e muitas vezes centrados em doutrinas de prosperidade rápida em vez de discipulado e humildade. No meio da diversidade, não comungamos união e unidade. Testemunhamos exactamente o contrário da Trindade.

Somos duplamente responsáveis. Não só somos cidadãos no contexto em que estamos inseridos como somos cidadãos do Reino e esta cidadania deveria ser suficiente para nos alertar, motivar e ajudar a reformar o que sabemos não faz parte da vontade de Deus para a Sua Criação.


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