Coisas e loisas que é como quem diz, diversas coisas. Diversas porque fiquei de contar as novidades sobre o Cú da Mula e hoje, o dia, foi marcado por uma visita a Portugal da Srª Merkel, a Chanceler Alemã.

Pois sobre o Cú da Mula nada posso acrescentar. A fila para lá ir era tão grande, no Sábado, que optámos por deixar o Cú para um outro dia.

Sem Cú e com uma feira da Golegã cheia de gente e de feirantes descontentes com os novos locais para montarem as suas vendas, optámos pelo Restaurante do Simões que nos serviu uma Mão de Vaca com grão, junto com uma valente feijoada e, para não fugir à tradição, uma franguinho nas brasas. Até que a comida não estava nada má. Diferente da do Cú da Mula mas, igualmente, agradável e saborosa. Foi pouco para o que eu esperava da visita. Sinceramente, a visita à edição deste ano não me deixou saudades.

Mas, como acima mencionei, esta Segunda foi marcada pela visita da Chanceler Alemã que um monte de ignorantes teima em acusar de todos os males que assolam o nosso cantinho. Realmente, para quê assumir as culpas se é um alívio tão maior acusar alguém de todas as coisas que fazemos mal.

Alívio pois! Se culparmos a Srª Merkel pelos gastos excessivos de décadas que fizemos com os nossos cartões de crédito, pedidos de empréstimos sucessivos, nem sequer precisamos pensar em mudar de vida. Não foi culpa nossa…

Alívio pois! Se culparmos a Srª Merkel pelo esbanjar de governos sucessivos nas últimas décadas, nem sequer precisamos de perceber que a democracia que saiu da revolução de Abril pouco tem de liberdade e cheira, não a cravos, mas a putrefacção. Não foi culpa deles…

Alívio pois! Se culparmos a Srª Merkel por toda a austeridade que o país atravessa, nem sequer precisamos de parar de brincar às manifestações pacíficas e às greves que paralisam a precária economia que alguém depois há-de tapar os buracos que teimamos em manter abertos. Não é culpa nossa…

Alívio pois! Se culparmos a Srª Merkel por todos os impostos e contribuições que nos atormentam nem precisamos de pensar, falar e agir por conta própria e podemos continuar a viver no meio dos ruidosos comentários e notícias depressivas que nos baralham, pilham ou ludibriam a inteligência. Não é culpa nossa…

Alívio pois! Se temos alguém para culpar… para quê pensarmos que os culpados somos nós, só nós e mais ninguém?