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Eu também concordo
May 15th, 2012 by M.J. Ferreira

A chamada oposição de esquerda deste país teceu duras críticas a Passos Coelho por ele ter proferido, há alguns dias, na tomada de posse do Conselho para o Empreendedorismo e a Inovação, no Centro Cultural de Belém, que “despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma, tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida, tem de representar uma livre escolha também, uma mobilidade da própria sociedade”.

Não concordo com a chamada esquerda deste país. Não desvalorizando a aflição que o desemprego está a causar, concordo com o Primeiro Ministro. A situação de desempregado pode ser uma oportunidade de mudança. Algumas vezes, mudança para melhor.

Conheço pessoas que, após o choque inicial, deram a volta e, como se costuma dizer, deram a volta por cima. O desemprego foi mesmo a oportunidade que a tão típica e cultural acomodação portuguesa estava a impedir que acontecesse.

Por isso, tal como Passos Coelho muito bem disse, o desemprego não tem que ser um estigma. Contudo, talvez tivesse sido preferível que Passos não tivesse apenas falado de um modo geral e tivesse igualmente algumas palavras para os que estão a sentir na pele o drama de estar sem emprego. Foi pouco sensível, reconheço.

O que acontece, muitas vezes, é que olhamos o “grande cenário” e esquecemos os inúmeros detalhes que o compõem. Somos humanos e o erro é algo que nos acontece. Não porque gostamos de errar; antes, porque não somos perfeitos.

O Primeiro Ministro também não é perfeito, Mas tem liderado uma equipa apostada em reconquistar Portugal para os portugueses e para todos os que escolheram aqui viver e trabalhar. Não está a ser fácil. Para ninguém. Os tempos exigem uma enorme união cúmplice e solidária entre todos nós. É necessário não perdermos o rumo e remarmos todos para o mesmo lado contra a maré que varre a velhota Europa.

Ainda temos muito caminho para percorrer. A situação a que o anterior Governo nos conduziu não vai lá com “aspirinas” para atenuar a crise. Infelizmente, o estado em que nos encontrávamos exigiu e exige terapia de choque. Devíamos mais dinheiro que aquele que estávamos a ganhar; não só a nível de Estado mas a nível das famílias.

Estas, há muito que estavam em crise, usando a terapêutica do “penso rápido”. Em vez de perceberem um uso adequado dos e para os seus rendimentos, preferiram uma escalada violenta de empréstimos e empréstimos para pagar empréstimos, a par de um uso desenfreado e descontrolado de cartões de crédito. Infelizmente, o exemplo vinha de cima. O anterior Governo, liderado por José Sócrates, foi um modelo negativo nas mais diversas áreas e o transtorno ainda está a ser suportado por todos nós!!! que o dito deu de frosques para estudos filosóficos…

Mas…com boa ou má comunicação verbal de Passos Coelho, eu ainda não perdi a esperança em Portugal. Ainda acredito que vamos dar a volta por cima.


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