O fim de semana foi passado no Porto. Há muito que lá não ia e, embora tivesse feito uma cábula com locais que queria visitar, o tempo não ajudou – não só por causa da chuva que teimou em cair como, também, porque o Porto é rico em locais de interesse que merecem uma visita que não cabem nas horas de um fim de semana.

Contudo, consegui finalmente visitar a Livraria Lello. Extraordinário cenário de rara beleza arquitectónica onde livros (bastante) antigos repousam à vista dando a dianteira a edições actuais devidamente separadas por temas. O aroma que se inala desde que se entra é uma mistura de madeira, cera e papel que, aliado ao mobiliário, escadaria e mesmo ao vitral, estimula os sentidos e desafia-nos a procurar aquele título que há muito queríamos folhear.

Velhinho e igualmente imponente continua o Café Majestic. Muitos turistas e alguma da nata da cidade. Por um café pagam-se 2,5€ mas ainda somos servidos por empregados criteriosamente fardados com um sorriso nos lábios.

Idoso mas com a reforma adiada continua o Bolhão. Mesmo a cair aos bocados, “carago” que os vendedores não arredam pé. Frutas, peixes, petiscos, flores, carnes com as tripas em destaque e legumes onde não faltam as pencas continuam a ostentar um colorido de fazer inveja que contrasta com os andaimes que suportam os varandins e o andar superior onde compradores e visitantes curiosos se cruzam; uns, à procura dos melhores preços enquanto outros procuram os melhores ângulos, de máquinas fotográficas em punho.

Quando a chuva deu tréguas foi nevitável a paragem nas esplanadas da frente ribeirinha enquanto se fazem as contas a tudo o que ficou por visitar para conhecer ou relembrar.

Gostei muito do Parque da Cidade perto do Castelo do Queijo e da zona das praias. Um local ideal para passear, praticar desporto, relaxar ou simplesmente sentar e dar liberdade aos pensamentos e ao rabiscar dos sonhos.

Uma viagem que soube a pouco porque essa é sempre a sensação com que se fica quando se passeia na melhor das companhias: o maridão, é claro!