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Que infantilidade, senhores!!!
December 9th, 2011 by M.J. Ferreira

Este homem é um filósofo! Os estudos que está a cursar em França parece que estão a surtir efeitos. Pelo menos em Conferências sobre Ciências Políticas onde foi aplaudido de pé por uma assistência de estudantes aspirantes a um emprego na área que é como quem diz um “job 4 the boys”. Por cá, as consequências da Palestra entram no anedótico nacional sobre políticos ou ex-políticos que, a despeito do que fizeram pela Pátria, continuam convencidos da sua enorme inteligência que, pessoas com eu, apelidam de uma enorme bestialidade que apenas contribui para a estupidificação e dependência de uma massa de “Yessesmanes” que, de cinzenta, têm muito pouco ou nada.

Já sabíamos que Sócrates de Engenheiro tem nome mas não tem curso. Agora, sabemos que estudou Economia e os estudos que efectuou o elevam a um patamar de sabedoria muito superior ao dos comentadores económicos e, modéstia à parte, a um nível não mensurável se comparado com os Catedráticos, Jubilados ou não, que o nosso País à beira mar plantado se orgulha de ter.

Uma das suas últimas pérolas foi mostrada quando proferida numa Conferência há poucos dias e tinha a ver com dívidas. Não há dúvida que Sócrates sabe do assunto. A sua experiência como Primeiro Ministro de Portugal permitiu-lhe um amontoar ascendente das mesmas que o País não tinha como pagar. Por vezes, sabemos agora também, o crescendo foi tão excessivo que tiveram de se arranjar alguns buracos onde aquelas pudessem estar “arrumadinhas” de forma a não assustarem o português de qualquer cor/Q.I. diferente do seu e que, por isso mesmo, não compreenderia a enorme dimensão do inferno que começava a faiscar e chamuscar por todos os lados e que, ele, teimou em pintar com as cores do paraíso.

Sabemos agora que as dívidas de Estado, nas suas sábias palavras, não são para pagar porquanto são eternas. Pagá-las é brincadeira de crianças. Podemos, desta forma, tentar compreender um pouco – eu digo “um pouco” porque para mim dá-me para rir às gargalhadas e o entendimento fica tolhido – mas, como estava a dizer, podemos tentar alcançar o porquê de ele ter deixado Portugal nas lonas. Dívidas são coisas naturais que tendem a eternizar-se e, por isso mesmo, haja dinheiro que o resto são tretas.

De treta ficámos nós cheios. O mesmo não aconteceu com o dinheiro. Afinal, as dívidas têm de ser honradas e pagas. Surpresa maior! Pagar – e Sócrates até deu o exemplo de Estados como Portugal e Espanha – pagar, na opinião deste grande filósofo português, é uma ideia de crianças. Que infantilidade, senhores! Não se paga, gere-se!

Gere-se? É verdade. Mas uma dívida deve ser gerida de forma a ser minimizada. Não de forma a torná-la incomportável e incontrolável. Razão tinha o Teixeira dos Santos quando disse que 7% era o limite para pedirmos ajuda. No entanto, ter-se-á deixado enredar na rede das faculdades intelectuais do seu Chefe de Governo que aprendeu nas aulas de Economia conceitos, ao que parece, bem diferentes se não opostos.

Uma coisa sei. Se Sócrates como Primeiro Ministro tinha um EGO que não lhe permitia ver para além do seu próprio umbigo; agora, como palestrante o seu EGO assemelha-se a uma merdimbuca. Merdimbuca, sim senhora! Aprendi hoje. É a palavra do dia no Dicionário Priberam. Vem do latim merda in bucca, merda na boca. É um substantivo feminino e, em termos Históricos é um acto medieval altamente ofensivo, punido por lei, que consistia em colocar excrementos na boca de alguém.

 

Sobre o assunto gostei do comentário de João Pereira Coutinho, no CM.


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